New York Times, 9 de novembro de 1938, relatando notícias do dia anterior.
Na mesma hora o Chefe de Polícia de Berlin, o Conde Wolf Heinrich von Helldorf, divulgou que em função da atividade policial das últimas semanas, toda a população judaica de Berlin havia sido "desarmada" mediante o confisco de 2.569 armas curtas, 1.702 armas de fogo e 20.000 balas de munição.
Logo em seguida os alemães (soi disant altruístas e cristãos) começaram com o apresamento e extermínio dos judeus (tidos como egoístas e sem crucifixo). Essa lição da história é esquecida sempre que um analfabeto daquela mesma estirpe entra no meio de bobos desarmados e começa a fuzilar transeuntes ou congregantes de outra superstição.
Um dos primeiros desses ocorreu na cidade de Killeen, no Texas. Lá um cidadão de poucas letras teve desavença com os fiscais da burocracia de construção, que botaram defeito nuns consertos que fez na cerca. Faltam detalhes, pois a história só apareceu no jornal da cidade e nenhum outro. Mas dá para entender que o sujeito ficou uma arara. Como assim? Carregou duas pistolas e foi de picape até o restaurante Luby's perto da prefeitura, onde os burocratas costumam almoçar. Bateu com a camioneta na vitrine panorâmica e entrou disparando em 16 de outubro de 1991.
Lá dentro uma médica e dona de pistola americana, Suzanna Hupp, almoçava sem arma. O aviso na porta dizia para não entrar ali armado, e ela deixou a sua pistola no porta-luvas, e ela acabou se escondendo atrás de uma mesa. Seus pais foram mortos. Sem a interferência de uma concorrente treinada, o frustrado matou duas dúzias--até hoje não se sabe quantos teriam sido burocratas municipais.
Um libertário na época comentou o quanto foi cômodo para o assassino contar com o povo previamente desarmado ali dentro. Centenas de comunistas irados escreveram para o jornal, copiando a mesma carta mimeografada profetizando que se houvesse resistência, morreriam todos em fogo cruzado. Suzanna foi re-eleita deputada estadual em defesa do porte de armas várias vezes.
Agora outro místico vidrado em oferecer a agressão que 96% dos eleitores e políticos defendem matou número igual num enorme WalMart. Quem carregava trabuco saiu correndo pra longe do louco, pois aquilo ali não era um pequeno restaurante e havia como fugir. Os socialistas agora largaram a profecia do fogo cruzado. Insistem que só os Gestapo e KGB socialistas podem ter armas, e dane-se a segunda emenda que proíbe proibir as armas do povo. Afinal, se direito individual valesse alguma coisa os texanos armados se atirariam com pistolas em cima da espingarda semiautomática do fanático--dizem eles.
Esse filho de conselheiro altruísta de saúde mental postou um manifesto criticando o partido democrata pela importação de estrangeiros, e até mesmo as grandes empresas por serem pró-imigrante. O manifesto, dizem o New York Times e o Guardian inglês, é inspirado pelas falas to Trump, que por sua vez só repete o que está no programa republicano--que recomenda a agressão violenta por causa de folhas de planta e outras superstições. Acontece que no manifesto (dizem, pois ainda não vi) o cara se revela econazista de galocha. Reclama do uso de papel, plásticos, e ainda insiste que reduzindo o número de gente viva haverá menos peso na ecologia. Isso parece mais Beto do que Trump.
Esse mesmo produto do altruísmo cita (diz a mídia saqueadora) seu correligionário que matou muçulmanos desarmados em Christchurch na Nova Zelândia. Observe que todos esses fanáticos são místicos, altruístas e coletivistas que acreditam piamente em iniciar a coação por motivos políticos e sociais. São o contrário dos libertários que assinam o termo da não agressão formulado pela filósofa Ayn Rand em 1947:
"Para uma definição prática, se os homens simplesmente concordarem que nenhum homem ou número de pessoas possui o direito de iniciar o uso da força contra algum ser humano (e isto inclui o confisco de seus bens) – que eles não têm esse direito para qualquer que seja a finalidade, não importando a ocasião – seria tudo o que necessitamos, pois isto atingiria uma perfeita utopia na terra, e incluiria toda a moral e ética que necessitamos.”
Quem quer entrar como membro do partido libertário assina termo semelhante que diz:
Eu sou contra iniciar a agressão com intuito político ou social. (I certify that I oppose the initiation of force to achieve political or social goals.)Todos esses assassinos místicos, e os políticos e otários dos partidos saqueadores que inspiraram--dando exemplos--esse comportamento parasitário e nocivo são a mesma coisa. Podem fingir e dissimular, declarando-se chocados, mas essas versões modernas das guerras santas e dos assassínios altruístas são os vestígios da Idade das Trevas que esses partidos defendem--subsidiados com dinheiro arrancado de quem trabalha.
Observe que da boca deles o culpado é a Carta de Direitos da Constituição (segunda emenda) a internet (comunicação), videogames (coding), ou outros místicos da igreja errada!
Original no Sinfest.net |
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