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domingo, 22 de dezembro de 2024

Recessões dos anos 80

 

O traço azul é desemprego, as barras cinzas são recessões. 

A 19 de fevereiro de 1980, a Comissão dos "Entorpecentes" decidiu pedir a todos os governos que aplicassem, na medida do possível, combate violento às drogas declaradas ilícitas, recomendando medidas de repressão: 3 (XXVIII) ...sobre ativos financeiros e transações relacionadas ao comércio ilícito... com equipamento subsidiado e assistência técnica a países proibicionistas.(link) Os jornalistas amarelos do programa 60 Minutes - que provocaram o pânico nacional depois de uma avaria no reator TMI não ter ferido ninguém - rapidamente espalharam a histeria contra extratos vegetais bolivianos que não criam hábito nem dependência.(link) A recessão de 1980--como a Grande Depressão causada em parte pelo proibicionismo da Liga das Nações--é assim claramente discernível no primeiro trimestre de 1980. A inflação subiu para 13%, depois 15%, e a Reserva Federal de São Francisco gerou uma teoria pouco convincente que lembrava a “explicação” de Herbert Hoover para a crise alemã de 1931.(link) (link) Na quarta-feira, 10 de outubro de 1979, um crash do mercado - o pior desde a reunião da Comissão de "Entorpecentes" de 1973 - arrastou redes de compra e venda de droga e confiscos de dinheiro.(link) Estes conduziram a quedas do mercado e à recessão em 1974-5.(link) À medida que bagulho e pó substituíram o álcool, as mortes no trânsito diminuíram. Mas ao passo que os opiáceos viciantes--como os que a proibição do álcool popularizou nos EUA na década de 1920--substituíam o LSD inacessível, os gráficos do CDC mostram que as mortes por envenenamento por drogas aumentaram constantemente. (DeepL.com facilitou essa versão)

nº de mortes v ano. Com o Bush filho as mortes por opiáceos aumentaram em 300%, pois não havia mais substância inofensiva. 

O governador Reagan da California proibiu o LSD e acirrou a repressão de plantas, nenhuma das quais é viciante ou causou uma morte sequer. Os opiáceos escravizantes, as anfetaminas e os estimulantes vegetais sul-americanos substituíram as drogas modernas relativamente inofensivas. As populações incarceradas acumularam-se rapidamente, cumprindo em média 5-6 anos, pelo que os criminosos sem vítimas condenados em 1981-82 continuavam presos em 1986-88. Logo, em 1986, havia cerca de 6 condenados por drogas sem vítimas na prisão para cada pessoa envenenada, após a heroína ter substituído o LSD, a mescalina, o MMDA e a psilocibina nos mercados negros. Veja como as condenações se multiplicam, salpicadas por crises econômicas. (O Crash de 1987 do Reagan não aparece) 

Recessões e prisões quando Reagan substituiu Carter: USDOJ (link)

A função do Sistema da Reserva Federal é de suavizar e disfarçar o impacto financeiro da legislação suntuária que faz crime da produção e comércio. Quando, em 1907, uma série de leis estaduais e federais proibiu bebidas alcoólicas e acrescentou regulamentações sobre drogas--e até mesmo alimentos como sardinhas--uma crise bancária paralisou o país. Banqueiros influentes improvisaram uma rede de câmaras de compensação para pagamentos interbancários para que os negócios pudessem continuar. As leis de proibição mais amplas impostas pela Convenção da Haia, quando a China fechou as suas fronteiras a esses carregamentos, provocaram superávit de ópio e guerra nos Estados dos Balcãs. A pressão para utilizar estas leis e a Lei de Harrison para retirar quota de mercado da Alemanha-- principal produtor de analgésicos locais, remédios contra catarrho e narcóticos refinados--provocou a 1ª Guerra Mundial. Precisamente porque o seu papel é de facilitar a expansão da coação proibicionista destruidora da economia, a Fed age nos bastidores. A Reserva Federal serve como uma espécie de anestésico para diminuir a dor da proibição e das guerras que destroem a economia, ao mesmo tempo que inventa formas de dissimular as causas coercitivas desse estrago. Assim sendo, a Fed é uma espécie de ópio para impedir que as massas se apercebam de que as proibições ao comércio geram pobreza. Então, porquê a recessão desde a segunda metade de 1981 até à maior parte de 1982? 

Fatos informam sem rodeios. Um deles é que os Crashes são o que acontece quando as pessoas que sabem o que passa em volta percebem que uma crise está a caminho. Imagine crianças brincando nos trilhos. De repente, pulam fora e logo passa o trem. Todos os Crashes ocorrem quando investidores vêem que um pavoroso desastre se aproxima e pulam fora. A Depressão ou recessão que se segue ao Crash é a verdadeira causa. O Crash é apenas o prenúncio. No nosso último episódio, Jimmy Carter herdou as consequências da Operação Intercepção e da Guerra às Drogas de Nixon de 1969 e da Guerra às Drogas de junho de 1971. Houve também a Comissão de Caça aos Zumbis dos Estupefacientes, realizada em Genebra no início de 1973 (link). Ninguém fala nisso. Qual foi a última vez que você ouviu falar do Comité Consultivo do Ópio da Liga das Nações, que se reuniu em Genebra de 17 de janeiro a 2 de fevereiro de 1929 para exortar os políticos de todo o planeta a contratar meganhas armados para roubar, matar ou enjaular pessoas por causa do ópio--e ainda de coisas que nem são nem formadoras de hábito ou causadores de torpor? Procure na internet! 

Em 31 anos de pesquisas nos acervos, a única menção deste importante movimento internacional, altruísta e subsidiado, na imprensa escrita dos EUA, foi a seguinte entrada no Almanaque da New York World de 1930, registrando os acontecimentos do ano anterior, 1929, o ano do Grande Crash da Bolsa

Genebra, 2 de fevereiro, na Comissão Consultiva da Liga das Nações sobre o Ópio, no seu relatório, revelou nomes das grandes empresas químicas que têm sido frequentemente apanhadas no tráfico ilegal, indica os membros da Liga que se recusaram a colaborar e revela que os fabricantes encontraram um jeito de contornar as restrições do tratado convertendo os narcóticos em sais químicos que podem ser facilmente alterados para a sua forma original. Declara que existe um movimento para o estabelecimento de mais fábricas de droga na Turquia, Hungria, Pérsia, Rússia ou Jugo-Eslávia, onde os narcóticos estão além do controle internacional e ópio é fácil de se obter. (NY World Almanac 1930 p.98)

Seguem mais alguns fatos que você provavelmente nunca viu nos jornais ou na televisão. 

15JAN1963: Por Ordem Executiva 11076, o presidente Kennedy criou uma Comissão Consultiva sobre Entorpecentes e uso de Drogas, que ficou de se desmanchar em 31 de dezembro de 1963.(link) Nunca se desmanchou. 

Pouco depois de Gerald Ford ter perdoado Nixon por todos seus crimes e delitos graves, com uma pensão de 60.000 dólares, 400.000 dólares em despesas de transição e 12.000 dólares para um camareiro, desenvolveu-se uma crise financeira na Bélgica--e em todo o mundo.


14 de outubro de 1974, Gadsden Times 13/35 Transações não autorizadas em moeda estrangeira podem custar milhões ao banco. Buxelas, Bélgica - O segundo maior banco da Bélgica disse hoje que espera perdas de US$ 15 milhões a US$ 37,5 milhões devido a transações não autorizadas em moeda estrangeira. O Banque de Bruxelles e o Ministério das Finanças belga informaram na segunda-feira que quatro dos dealers do banco tinham feito “transações cambiais irregulares, não registadas e não autorizadas” de dólares americanos e marcos alemães. O Ministério Público disse que os dealers estão  acusados de falsificação de documentos contabilísticos.(link). 

Dez páginas antes, nessa mesma edição, uma súbita e inexplicável crise financeira com gráficos que mostravam a queda das bolsas de valores nos EUA, Alemanha, França, Hong Kong, Londres, Itália, Holanda, Austrália, Canadá e Japão.(link) Isto revelou-se oito meses depois de as rodas começarem a girar na terceira sessão da Comissão de Entorpecentes de fevereiro-março.(link) A Bolívia enviou observadores para o espetáculo desse circo. De repente, houve revoltas na Bolívia e na Argentina, as quais nada produziam ou transportavam senão produtos de coca nada formadores de hábito, tachados de “narcóticos” por decreto burocrático. A repetição deste comício da violência daria reprises em 1976 e 1978!

As revoltas violentas na Bolívia e na Argentina foram um indício de que o que quer que tenha saído da Bélgica para prejudicar a economia mundial teria que ter algo a ver com a cocaína. O Grupo de Trabalho para o Abuso de Drogas do Conselho Nacional, presidido pelo Vice-Presidente Nelson Rockefeller, concluiu num Livro Branco que a maconha era problema de pouca monta e que a cocaína nem problema era. “A cocaína”, dizia o relatório, ‘não causa dependência física... e normalmente não resulta em consequências sociais graves, tais como crime, urgências hospitalares ou morte.’(link) Os republicanos decidiram que isto--não o encobrimento do assassinato de JFK, o perdão de Nixon, ou Dole na pauta--fora erro. Pouco antes das eleições, surgiram notícias de que na Europa tinham deixado de consumir opiáceos. Os europeus preferiam tomar LSD, tal como os americanos em 1966-70 tinham largado das outras drogas, preferindo o LSD.(link) O governo Carter, atolado na crise do Irã, tentou desesperadamente aplicar leis de crimes sem vítimas, mas só conseguiu provocar outro Crash.(link) Os fanáticos maometanos ajudaram a eleger Reagan, ficando assim montado o cenário para uma mudança tão dramática nas populações prisionais como a que Herbert Hoover tinha feito quando a população mundial era de 2 bilhões.(link


A seguir: A lei alemã dos “estupefacientes” de 1981, aprovada numa repetição de 13 de julho de 1931; a recessão, Tylenol com cianeto e a mantra "só diga não" da Reaganjugend.

Leitura equivocada: 1931: Debt, Crisis, and the Rise of Hitler, de Tobias Straumann (link) Este é o único livro, tirando o Suplemento dos Documentos Presidenciais de Herbert Hoover sobre a Moratória, que finge oferecer uma explicação detalhada da crise que destruiu o sistema bancário alemão em maio, junho e julho de 1931.(link) Straumann, como  o Hoover e os seus secretários, omite menção dos trabalhos da Liga das Nações, no âmbito do Tratado de Versalhes, para levar a Alemanha a assinar uma Convenção de Limitação de “Narcóticos” mais abrangente e rigorosa que a Convenção do Ópio de Haia de 1912 e a Convenção de Genebra de 1925 juntas. De fato, a Alemanha era líder mundial da química e da indústria farmacêutica e contava com essa receita para pagar as indenizações de guerra aos aliados europeus da Primeira Guerra Mundial. Custa crer que Straumann ou o Presidente Hoover não compreendessem exatamente porque essas restrições iminentes destruíram a economia alemã. Na verdade, estas restrições iminentes e as cobranças contínuas eram precisamente o que, desde o início de setembro de 1929, preocupavam os investidores ao ponto de provocar a fuga de capitais da Alemanha. Straumann repete com rigor a história de Hoover, até às omissões e elisões que despercebem esta faceta mais importante do contexto político, financeiro e diplomático da ocasião. Qualquer membro do governo Hoover ou do conglomerado I.G. Farben, querendo tirar do escrutínio público todo esse aspecto da crise tendo a ver com a limitação do consumo de drogas, nada poderia fazer melhor do que recorrer a alguém como Straumann para corroborar a história de Hoover.

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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Como Funciona a MIGRA

 

Explicação dos direitos que o réu possui no foro da imigração nos EUA. 

A clareza deste vídeo é excepcional. O advogado que disponibilizou prestou um valioso serviço aos que caem na malha fina dessa fiscalização. Muita gente imagina que todo e qualquer um pode entrar de penetra, pedir asilo e ser recebido como realeza com mil mordomias - mas não é nada assim. Existem centenas de regras que dependem de tudo quanto é circunstância. Para começar a acompahar essa apresentação em inglês é boa ideia dar uma lida nas leis da imigração brasileiras

A Lei n. 13.445, de 24 de maio de 2017, disciplinou a migração no Brasil e estabeleceu princípios e diretrizes para as políticas públicas para o imigrante. Também a nova Lei de Migração substituiu a Lei n. 818/49. Esse linguajar é o que os intérpretes americanos que facilitam a vida do réu lêem para traduzir os conceitos, comparando as leis americanas às do Brasil, Portugal, Angola e demais países lusófonos. (link

Advogados brasileiros também colocam online explicações sobre como funcionam e mudam essas leis. Vale a pena visitar esses sites. Quem quer saber de pedir asilo na condição de refugiado lá fora pode consultar o que se aplica aos de fora que vêm ao Brasil em situação semelhante. (link) A grande diferença é que pouca gente imagina que pode entrar de penetra no Brasil e ser acolhido com mordomias, pensão e emprego. Pelo fato de cinema, boatos, conversa fiada e lorotas transmitirem uma imagem inverídica dos EUA, aquele governo se sente quase que sitiado. (link) Na fronteira apinham retirantes de poucas letras e muitas crendices - e gente armada cujo serviço é de interceptá-los, mandar de volta ou colocar em processo.

Resultou mudança. Quem diz que quer fugir do pau-de-arara do DOPS e passa por Guatemala, Nicaragua, Honduras, México e afins antes de chegar à fronteira americana - sem pedir proteção de nenhum desses países - não convence os fiscais. Políticos e eleitores também suspeitam que nisso há arrivistas e aproveitadores que procuram não escapar de uma ditadura do tempo do Nixon e sim se valer das oportunidades de o que resta da liberalidade econômica dali. Essa liberalidade foi extinguída nos países que importaram as piores leis exportadas pelos americanos e europeus.  Poucos sabem que quem entra, é deportado e torna a entrar pode ser multado, julgado e condenado a pena de reclusão, e ainda deportado outra vez. 

Aproveite esses recursos antes de imaginar que basta afiançar a soltura do réu para livrá-lo desse aperto. Muitas causas na migra não são afiançáveis e outras tantas nem podem pedir asilo ou saída voluntária. E quem preenche formulário de asilo com mentiras recebe impedimento vitalício contra poder pedir visto ou outros benefícios dessas leis. Quem não entende esses fatos pode, sem querer, causar prejuízo aos parentes e próximos. Comprar passagem própria e ir embora sem ficha de deportado pode muitas vezes ser a melhor solução disponível. 

***

Leitura: A Moeda e a Lei, de Gustavo Franco conta a história monetária do Brasil de 1933-2013.  Tem na Amazon (link) e na Estante Virtual (link). O presidente americano Herbert Hoover usou com fanatismo os recursos do governo para confiscar, multar, incarcerar e balear o povo por causa da lei seca contra cerveja aguada, vinho e toda e qualquer coisa mais forte. O resto do mundo viu tal coisa na Russia, que decretou coisa semelhante em julho de 1914. Menos de 4 anos depois toda a família real foi massacrada e o país dominado pelo socialismo coercitivo e saqueador. Os EUA proibiram muitas drogas e bebida entre 1914 e 1920 com leis pra chinês ver. Mas com a cobrança ríspida dessas leis desde março de 1929, até março de 1933 toda a economia americana desabou e o comunismo aumentou em 700%. A economia alemã se despedaçou em hiperinflação em 1923, pois o Tratado de Versalhes interferiu com sua exportação de várias drogas, além de cobrar tributo de guerra.(link

Se lembra de alguém mencionar isso antes?

Mas foi apenas o começo. O governo Hoover em junho e julho de 1931 ajudou a Liga das Nações a interferir ainda mais na indústria farmacêutica alemã. Ações, debêntures, bancos e o marco alemão caíram feito viadutos. A indústria do país, no desespero, passou a financiar um partido xenófobo, religioso e briguento. Dezoito meses depois, Adolf Hitler foi elevado ao cargo de chanceler. Em 1986 Reagan, Bush e Biden exportavam esse mesmo tipo de proibicionismo, que levou à crise de 1987 a 1992 repetida na crise de 2008 a 2013. Ninguém esperava que novas leis proibindo a produção e o comércio com confiscos, multas, cárcere e tiros destruiriam as economias da América do Sul. Mas o livro do Gustavo Franco retrata a verdade de ano em ano desses colapsos. Repare que os colapsos acompanham a exportação da violência suntuária que levou às Guerras do Ópio e com tempo afundou a China na areia movediça comunista. Os EUA impediram e deportaram migrantes chineses também.



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sábado, 3 de abril de 2021

Cucarachês de cleptocrata

Jacqueline Kennedy falando espanhol em 1960


 Na frente de uma bandeira "trabalhista" que remete à época em que tal partido na Alemanha Nacional Socialista se chamava "Arbeiterpartei," a Primeira Dama dos EUA tentou maquiar seu discurso com três palavras de espanhol. Americano já teve Primeira Dama que debatia política em francês e fazia discursos em espanhol que deixavam o John F Kennedy arrepiado de orgulho. Hoje não temos disso não. E que atirai a primeira pedra o brasileiro entre vós que não estranha o verbo "lograr" usado pelos lusitanos e espanhóis.  

Advertência: Antes de visitar o link abaixo, saiba que sou eleitor libertário, contra a Cleptocracia socialista cindida em suas alas comuno-fascistas. E como sou de Austin, reconheço que InfoWars é criação da pior laia do socialismo cristiano-fascista. Mas na minha terra o Republicano e Democrata só não mente quando fala do outro, do concorrente. Graças a Nixon, esses saqueadores e assaltantes possuem recursos arrancados do erário para subsidiar as suas campanhas.  Azar do brasileiro essa mania ter sido exportada para arruinar as democracias do resto do mundo.

Sem mais, vejam agora num site Nacional Socialista Republicano a atual Primeira Dama tentando pronunciar três (03) palavras no antigo idioma dos atuais estados do Texas, Novo México, Arizona e Califórnia. Ouça a Jill Biden exercitando o seu domínio do espanhol: (link)

E cá está a mesma coisa na página do hospício do Alex Jones, radialista que só fala mal do Partido Libertário e lambe as botas do coletivismo nacionalista. (link)

Outra versão de jornal marrom enfatiza que o sindicalista César Chavez n\ao ficava devendo nada aos integralistas ou nacionalsocialistas em matéria de exclusão de indocumentados: (link)

Há uma certa ironia nesse fenômeno de republicano se meter a corrigir a pronúncia alheia de vocábulo "estrangeiro." 

Saiba mais sobre as crises político-econômicas dos EUA--leia para entender o que causou o Crash de 1929 e as crises bancárias mundiais de 1930 a 1933: 


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Na Amazon:  A Lei Seca e o Crash. Todo brasileiro entende rapidinho o mecanismo desta crise financeira de 1929. Com isso dá para entender as de 1893, 1907, 1971, 1987-92, 2008 e os Flash Crashes de 2010 e 2015.

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quarta-feira, 10 de março de 2021

Lysander Spooner, fascículo 17

Anarquia e secessão em 1861


 Spooner examina a validade dos compromissos que os políticos vociferam em apoio à Constituição na esteira da Guerra da Secessão. 

XI

         Com base em princípios gerais do direito e da razão, os compromissos que juram esses pretensos agentes do povo, de “defender a Constituição”, não são de valia ou obrigatoriedade alguma. E porque isso? Pelo seguinte, até mesmo inexistindo outro motivo, viz., que são feitos para com ninguém. Não há relação jurídica reconhecida na lei (como dizem os advogados) ‑‑ou seja, nenhum reconhecimento, consentimento ou convenção‑‑ entre os que assumem o compromisso e quaisquer outras pessoas.

Fosse eu sair no logradouro do Boston Common e, na presença de cem mil pessoas, homens, mulheres e crianças, com as quais não tenho contrato algum que diga respeito ao assunto, jurar um compromisso de que farei valer sobre elas as leis de Moisés, de Licurgo, de Solon, de Justiniano ou de Alfredo, tal compromisso seria, nos princípios gerais do direito e da razão, de nenhuma obrigatoriedade. De nenhuma obrigatoriedade não apenas por ser compromisso intrinsecamente criminal, mas também por não ser feito para com pessoa alguma, e por conseguinte, dá a ninguém a minha fé. Seria um compromisso feito para com os ventos.

Tampouco alteraria o caso dizer que, dentre estas cem mil pessoas em cuja presença fora feito o compromisso, houvesse dois, três, ou cinco mil varões maiores de idade que tivessem, às ocultas ‑‑por voto secreto, e de maneira a se acocorarem de se identificar individualmente a mim ou às demais destas cem mil pessoas‑‑ designado a mim como agente seu para governar, controlar, saquear e, quando necessário, assassinar estas cem mil pessoas. O fato de me terem designado às ocultas, de maneira tal que me impedisse de conhecê-los individualmente, impede que haja entre nós qualquer relação jurídica reconhecida na forma da lei; tornando, por conseguinte, impossível que exista entre nós qualquer contrato ou compromisso de fé da minha parte para com eles, pois é impossível que possa me comprometer, em qualquer sentido jurídico, a um homem que não conheço, nem tampouco tenho como conhecer individualmente.

No que concerne a mim então, estas duas, três ou cinco mil pessoas formam um bando secreto de assaltantes e assassinos que, às ocultas, e de maneira a se furtarem de toda responsabilidade pelos meus atos, designaram a mim ser agente seu; tendo, por intermédio de algum outro agente, ou agente pretenso, revelado a mim os seus desejos. Mas por serem eles individualmente desconhecidos a mim, não havendo contrato aberto e autêntico comigo, esse meu compromisso seria, com base em princípios gerais do direito e da razão, de nenhuma valia como compromisso para com eles. Não seria compromisso com ninguém. Não passaria de um bafejo inconsequente. Quando muito, seria um compromisso para com um bando desconhecido de assaltantes e assassinos, cujo instrumento para a pilhagem e assassinato de terceiros eu publicamente, confessaria ser. E não acarreta obrigatoriedade alguma além daquela implícita em semelhante compromisso com qualquer outra corporação de piratas, bandidos e assassinos.

São estas as razões pelas quais os compromissos dos membros do Congresso,  para “defender a Constituição”, são, nos princípios gerais do direito e da razão, inválidos. Além de criminosos em si, sendo portanto sem efeito; também se invalidam pelo motivo adicional de serem compromissos para com ninguém.

Não se pode dizer, em sentido jurídico ou legítimo, que são compromissos feitos com “o povo dos Estados Unidos”; isto porque nem a totalidade nem mesmo grande proporção deste povo dos Estados Unidos designou ou nomeou, às ocultas ou abertamente, esses homens como seus agentes encarregados de levar a efeito a Constituição. O grosso do povo – isto é, homens, mulheres e crianças – nunca foi convidado, aliás, nem permitido manifestar, de maneira formal, às ocultas ou abertamente, sua opção ou seus desejos nesta questão. O máximo que estes membros do Congresso podem afirmar em defesa dos seus mandatos é o seguinte: Cada qual pode dizer:

Possuo evidência que me convence de que existe, espalhado pelo país, um bando de homens, que têm entre si um entendimento tácito, e que se chamam de “o povo dos Estados Unidos”, cujos propósitos são de controlar e saquear uns aos outros, bem como a todos os demais habitantes do país e, onde possível, até nos países vizinhos; e de matar a qualquer homem que tente defender contra essas tramas de pilhagem e domínio a sua pessoa ou propriedade. Quanto às identidades individuais destes homens, isso não tenho como saber com certeza, pois não assinam documentos, tampouco oferecem evidência visível e autêntica de sua associação individual. Mesmo entre si não se conhecem individualmente. Aparentam ter o mesmo receio de se desvelarem individualmente, entre si, que de serem reconhecidos por terceiros. Assim sendo, geralmente não têm como exercer ou manifestar essa qualidade de membro individual, a não ser pela votação secreta designando determinados prepostos para exercer sua vontade. Muito embora sejam estes homens individualmente desconhecidos, tanto entre si como aos demais, é de entendimento geral no país que podem ser membros apenas os varões maiores de vinte e um anos de idade.

Também é de entendimento geral que pode ser membro todo varão nascido no país, desde que de determinada cor e possuidor, (em alguns locais) de determinado acervo de propriedade, admitindo-se (em alguns casos) até pessoas nascidas no estrangeiro. Mas ao que parece, geralmente não mais da metade, dois-terços ou, em alguns casos, três-quartos da totalidade de pessoas permitidas a se juntar ao bando chegam a exercer, ou por conseguinte manifestar, sua qualidade de membro da única maneira pela qual se pode manifestar ou prová-la, viz., dando seus votos, às ocultas, aos oficiais ou agentes deste bando. O número bruto desses votos secretos, ao menos no que é divulgado como tal, varia muito de ano em ano, fato que tende a provar que o bando, em vez de ser uma organização de caráter permanente, não passa de coisa pró-tempore aos que optam por colaborar com ele por enquanto. O total bruto de todos esses votos secretos, ou o que é apresentado como tal em diversas localidades, é publicado de vez em quando.

Se corretas ou não estas relações, não temos como saber. É geralmente suposto que, nada raro, cometem-se grandes fraudes no depósito destes votos. Presume-se também que são recebidos e contados por determinados homens, encarregados desta função pelo mesmo processo secreto mediante qual é feita a seleção de todos os demais oficiais e agentes do bando. Segundo os relatos destes depositários dos votos (cuja honestidade e apuração não posso garantir), e segundo o que sei quanto ao número da população varonil “no meu distrito,” aos quais (supostamente) fora permitido o sufrágio, parece-me que a metade, dois-terços ou três-quartos realmente votaram. Quanto aos indivíduos que cravaram esses votos, não tenho conhecimento algum, pois foi tudo feito às ocultas. Mas dos votos secretos cravados a favor do que chamam de “membro do Congresso”, os apuradores informaram que obtivera uma maioria, ou pelo menos um número superior ao de qualquer outro indivíduo. E em virtude apenas desta designação, aqui estou para agir em conjunto com outras pessoas selecionadas mediante procedimentos afins em outras regiões do país. 

O entendimento entre as pessoas que me enviaram para cá, é de que todas as pessoas assim selecionadas deverão, ao se reunirem na cidade de Washington, prestar compromisso, na presença dos demais, “de defender a Constituição dos Estados Unidos”. Referem-se a um documento lavrado há oitenta anos, que nunca recebeu assinatura de ninguém, e parece não ser, como nunca foi, de obrigatoriedade alguma como contrato. A bem da verdade, são poucos os que já o leram, não restando dúvida de que o grosso dos que cravaram seus votos a meu favor, e a favor dos demais, nunca sequer o viram e tampouco representam entender o seu significado. Todavia é referido no país como “a Constituição dos Estados Unidos”; e por um motivo ou outro, os que cá me enviaram, parecem esperar que eu, e todos com quem ajo, nos comprometamos a levar a efeito esta Constituição. Estou, portanto, preparado para afirmar esse compromisso e cooperar com os demais, igualmente selecionados, que se dispuserem a afirmar o mesmo compromisso.

Aí está o máximo que qualquer membro do Congresso pode dizer para provar que tem eleitores; que representa alguém, que seu compromisso de “defender a Constituição”, seja prestado para com pessoa alguma, ou que dê fé a pessoa alguma. Não dispõe de prova cabal, escrita ou autêntica, conforme é exigida em qualquer outra situação, de que alguma vez já fora nomeado agente ou representante de alguém. Não tem procuração escrita de um indivíduo sequer. Não dispõe de conhecimento jurídico, requisito em qualquer outro caso, pelo qual possa identificar um indivíduo sequer como sendo daqueles que manifestam tê-lo nomeado para representá-los.

É claro que esse seu compromisso, professamente para com eles, de “defender a Constituição”, com base em princípios gerais do direito e da razão, é um compromisso para com ninguém. É uma promessa de boa fé para com ninguém. Se faltar ao compromisso, não há pessoa que possa lhe chegar e dizer-lhe; o senhor me traiu, ou agiu de má fé comigo.

Não há quem possa chegar e dizer a ele: eu lhe dei a minha procuração para agir no meu lugar. Exigi de você, enquanto procurador meu, que vos comprometêsseis a defender a Constituição. O senhor me prometeu fazê-lo; e agora não cumpriste esse seu compromisso comigo. Não há um indivíduo sequer que possa dizer isso.

Nenhuma associação visível, reconhecida ou responsável, ou corporação sequer, pode se aproximar e dizer a ele: Nós o nomeamos nosso procurador, para agir no nosso lugar. Exigimos de você, enquanto procurador nosso, que vos comprometêsseis a defender a Constituição. O senhor nos prometeu fazê-lo; e agora não cumpriste esse seu compromisso conosco.

Nenhuma associação aberta, reconhecida ou responsável, nem corporação alguma pode dizer isso a ele; pois não existe tal associação ou corporação. Se há quem queira asseverar que exista tal associação, que venha provar, se for capaz, quais as pessoas que a compõem. Que produza, se é capaz, qualquer contrato visível, escrito, ou válido de outra forma como contrato, assinado ou convencionado por estes homens; formando entre si uma associação; se anunciando como tal perante o mundo; nomeando-o seu agente; assumindo, individualmente ou enquanto organização, toda a responsabilidade pelos atos deste, praticados com autorização sua. A menos que tudo isto seja demonstrado, não há quem possa dizer, em sentido legítimo, que exista tal associação, ou que seja seu agente; ou que tem qualquer compromisso para com eles; nem tampouco que a eles deu fé alguma.

Apoiado nos princípios gerais do direito e da razão, bastaria ele dizer a todos esses indivíduos, bem como qualquer pretensa associação de indivíduos que o acusasse de ter agido de má fé:

Nunca tive conhecimento de vocês. Onde está a evidência de que, individual ou coletivamente, me deram procuração sua? de que fizeram com que me comprometesse a vocês, enquanto procurador seu, para defender a Constituição? ou que agi de má fé para convosco? Talvez sejam, talvez não, membros daquele bando secreto de assaltantes e assassinos, que agem às ocultas, designam seus agentes por voto secreto; que se mantêm incógnitos, mesmo aos agentes que destarte designam; e que não podem, portanto, assegurar terem agentes; nem que qualquer desses pretensos agentes assumiu algum compromisso, ou a eles deu fé. Repudio a vocês todos. Meu compromisso é com outros, que nada têm a ver com vocês; isso se não feito à toa, para o vento. Sumam! 

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Obs.: Durante a guerra da secessão, a França se mexeu no sentido de abocanhar um pedaço do México, o Reino Unido vendia naves aos confederados e os portugueses nos Açores muniam essas embarcações com poderio bélico que fez um bonito estrago no comércio da União. Os latifundiários escravagistas do Brasil se deram muito bem obrigado fornecendo algodão aos teares da Europa e Delano enchia navios com o ópio que outrora vendia aos chineses para uso analgésico nos soldados feridos. 

Spooner, na sua retórica hermeticamente isolada, nem tomava conhecimento do resto do mundo. Novamente nesta oração ele se apoia nas cobranças dos impostos que custeavam a guerra declarada pura e unicamente para levar a cabo a cobrança de sobretaxas alfandegárias protecionistas, doa a quem doer. O Major General da União Fremont em 1861 proclamou a liberdade de todos os escravos no Estado de Missouri. A reação do Presidente Lincoln foi de revoga a tal proclamação e destituir tão ousado general do seu posto. 

Continua...

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