Crescimento do voto libertário com a defesa dos direitos individuais, inclusive da mulher. (link)
Em 1972 cobramos a revogação das leis que desde 1873 coagiam e censuravam as mulheres, que nem votar podiam. Na eleição de 1972, com mulher competindo para vice, os libertários tiveram menos de 4 mil votos, aparecendo nas cédulas em apena 2 estados. O supremo viu e derrubou as leis que permitiam escravizar mulher grávida--isso logo após a contagem dos votos eleitorais em 1973. O Canadá por sua vez aboliu essas leis que coagiam apenas mulheres. Veja o resultado em ganho de votos.
O zelote religioso Reagan nos ajudou a aumentar mais ainda os resultados pela sua insistência na compulsão das mulheres grávidas, declarando-as gêmeas siamesas sem direitos individuais por orientação dos televangelistas Billy Graham e Jerry Falwell. O nosso voto cresceu mais ainda (1ª imagem) mas aparecemos nos radares do nacionalsocialismo cristão e do internacionalsocialismo comunista. Essas hostes coletivistas e fanáticas trataram de infiltrar o partido, injetando verborréia e obscurantismo no programa e trocando aos poucos alguns direitos individuais por direitos coletivizados. Mesmo com a infiltração e sabotagem defendemos bem a nossa crescente fatia do voto, obrigando os saqueadores a revogarem várias leis nocivas.
Mesmo assim os republicanos quebraram a economia da América latina entre 1987 e 1992 e a mídia passou a nos rotular na mesma categoria dos nazistas e comunistas não alinhados ou independentes.
A nossa sangria de votos dos democratas, capturando 3.3% do voto popular, inesperadamente permitiu que Trump ganhasse. Afinal, os democratas também mandavam a polícia bater e baixar confiscos por causa de folhas de planta, e defendiam a corrente saqueadora. Muita gente rejeitou os dois socialismos e a cleptocracia agora nos via como ameaça. Houve arrocho na infiltração do partido libertário por grosseiros trumpanzés após a vitória do Biden. E finalmente no comício libertário apareceram Trump e o filho do Bobby Kennedy oferecendo liberar da prisão o Ross Ulbricht, rapaz cruelmente condenado a prisão perpétua por operar um site mercado de pulgas liberal em que até hippies participavam.(link) Os infiltradores que convidaram a oposição tiraram o nosso candidato do pleito em alguns estados, desviando verba para esses chupins no ninho. Trump passou triscando, mas gastou 20x mais para cada voto do que o libertário Chase Oliver.
Os democratas poderiam ter ganhado a eleição: bastava o Biden liberar o Ross da prisão na mesma hora em que o Trump o ofereceu como refém. Perderam o bonde, os republicanos ganharam por menos de 2% e Ross foi liberado para disfarçar a liberação dos vândalos rebeldes que acaram o congresso em tentativa de golpe. Olha o resultado.
Pois é...
E olha o resultado para os libertários infiltrados, enganados e traídos por trumpistas místicos. O nosso voto está minguando pra zero e o partido tem menos membros que em 1993!
Para mudar este quadro, apoie os verdadeiros libertários.(link) Afinal, temos até brasileira casada com senador nos EUA. Muita gente não gostou da instalação do Collor pelo Bush, ou da interferência no Panamá, Ecuador, Bolívia e afins provocando aquela hiperinflação. Esse Crash republicano de 2008 não ajudou nada, e menos ainda a mania de não permitir vistos.
Recomendo também a Associação Psicodélica do Brasil (link)
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Quer saber a causa do Crash de 1929 e da Depressão da década de 1930? Leia.
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Nos EUA os jornais mencionavam um pequeno partido da corrente saqueadora, ignorando o Liberal Party cuja proposta principal foi a legalização e desregulamentação das bebidas aloólicas. É fato que em 1931 os povos sofridos procuravam partido alternativo tanto nos EUA como na Alemanha.
Nº de discursos dados pelo Adolf Hitler
A Alemanha andava apertada. Perder a guerra de 1914 na tentativa de se livrar da convenção antiópio da Haia a deixou endividada por reparações de guerra aos aliados e dívidas de empréstimos aos EUA. Em 1930 a Liga das Nações voltou a planejar o estrangulamento do setor farmacêutico alemão--a maior indústria do país. Só que agora os EUA prestavam apoio financeiro ao projeto dos proibicionistas internacionais, enchendo a comitiva em Genebra com seus próprios lobistas. Agora sim, a Alemanha precisava meeesmo de novos políticos. O nome de Adolf Hitler começou a pipocar na imprensa internacional.(link)O Comitê Consultivo do Ópio da Liga das Nações passou maio de 1931 elaborando a nova Convenção Limitadora de Drogas planejada ao longo de 1930. Os participantes alemães mantiveram seu governo a par dos planos, que equivaliam--nas palavras do próprio comitê--a uma economia planejada.(link) Os participantes, representando as nações produtoras, fizeram lobby para proibir drogas não tóxicas e nada viciantes, isso a fim de prejudicar a concorrência potencial a seus próprios produtos e turvar as águas, fugindo do tema principal. A coca sul-americana e o catha edulis africano - ambos estimulantes e exatamente o oposto de narcóticos--foram apontados juntamente com cânhamo para serem proibidos por especialistas que juravamam que a sua própria codeína não provocava dependência. Afinal de contas, o próprio Herbert Hoover não havia declarado que o liberalismo do laissez-faire seria “capitalismo selvagem”? Além disso, o Pacto da Liga e o Tratado de Versalhes, em seus respectivos artigos 23, confiavam à Liga das Nações “a supervisão geral dos acordos relativos ao tráfico de ópio e outras drogas perigosas”. “Outras”, de repente, significava cocaína, maconha, álcool, cigarros, cactos--tudo o que a Liga pudesse ser induzida a dizer que era perigoso. “Supervisão de acordos” significava como sempre o emprego da força letal.Aproveitando-se dessas versões desencontradas, o presidente repressionista instruiu ao Secretário de Estado Henry Stimson que despachasse os enviados americanos carregados de dinheiro para a convenção, orientando que “o projeto da convenção propõe estender algumas das disposições a outras drogas não abordadas pela Convenção de Genebra”.(link) Se uma máquina destruidora dessas fosse deslanchada, os fabricantes concorrentes da Alemanha teriam como estrangular as vendas desta e ainda sangrar o capital do país cobrando reparações de querra nos termos do tratado de Versalhes. Uma vez que a convenção repressionista já fora comprada pela oposição, a sobrevivência nacional dependia da eliminação desses tributos de reparações. As manchetes transmitiam demandas alemãs cobrando uma moratória antes mesmo de os planejadores do cartel internacional tomaram seus assentos.(link) Os leitores atentos com certeza irão reparar no artigo sobre Hitler, alguns centímetros mais embaixo na mesma coluna do jornal.A Alemanha se via ameaçada de confiscos, extradição, cobrança de IR das filiais nos EUA, paralisação dos setores primários e reprise das expropriações de 1923. As notícias do Bank of United States e de Al Capone publicadas em todos os jornais deixavam claro que os gringos usavam essas leis tributárias para espancar seus próprios cidadãos sem piedade por remessas de drogas. O pesado carregamento de opiáceos embalados industrialmente em “lãs do norte da Alemanha”, que acabara de ser interceptada em Nova York, deixou o clima ainda mais ameaçador. A hiperinflação fracassara em 1923. O que a Alemanha precisava mesmo era de um partido político truculento, xenófobo e vingativo; o partido do Adolf Hitler oferecia a contra-ameaça mais à mão. Outra alternativa seria formar uma união alfandegária com a Áustria, derrubando assim diversas barreiras alfandegárias locais.(link) A possibilidade foi divulgada em 10 de maio, e uma debilitante corrida bancária foi na mesma hora deslanchada contra a casa austríaca Kreditanstalt por mecanismos totalmente obscuros.O QUE SALTAVA AOS OLHOS era a correlação perfeita entre o fanatismo religioso e zelotes torquemadistas incendiadores de livros a percorrer os EUA proibindo o controle da natalidade, ensinamentos da evolução darwiniana, cerveja, vinho, drogas, cinema e jogos de bêisbol aos domingos--tudo esse repressionismo saía agora como produto de exportação! O julgamento do macaco no estado de Tennessee condenou um professor por heresia darwinista em 1925--e o tribunal superior reafirmou essa lei retrógrada em 1931!(link) O presidente quaker Herbert Clark Hoover, agradeceu à Convenção bautista dos estados sulistas pela cobrança da lei pelo seu apoio no lavrar de nova raça mediante o repressionismo eugenicista naquele 16 de maio. Os comunistas--seita que se multiplicava geometricamente desde o crash de 1929--tendiam a se aliar a quem quer que os fanáticos apontássem como objeto de perseguição. Na Espanha, os socialistas espanhóis fitavam atentos a oposição reacionária, esbanjando sentimento antirreligioso. Como que para repreender o Hoover, os nacionalsocialistas cristãos na Alemanha obtiveram uma vitória sensacional nas eleições estaduais em Oldenburg. Alguns jornais norte-americanos se equivocavam, noticiando em 18 de maio que o partido "nacionalista" de Adolf Hitler obteve resultado notável nas eleições do Estado Livre de Danzig (link). Agora o repto estava lançado. Praticamente todo dia esquadrões de aviões de combate americanos sobrevoavam o país em shows aéreos como se fosse coisa corriqueira--só que não era.*-*-*Recomendações: todo americano adquire o vício do peanut butter, coisa que antigamente não se reconhecia no Brasil. Hoje a marca AmendoLoversfaz pasta de amendoim torradinho no estilo minimalista natural de um só ingrediente que dá para encarar. Os demais, ou são açúcar travestido, ou incorporam amendoins crus ou quase crus. Esse dá para indicar sem receio.Leitura: Terminei de ler Manias, pânicos e crises de Charles Kindleberger. Este autor, como os demais, sofre de antolhos que lhe cortam a visão, só que ele assume isso, e mesmo assim oferece uma visão mais panorâmica que a dos seus colegas e concorrentes. O contexto se limita a uma única questão, nomeadamente, se deve ou não existir um fornecedor de empréstimos de último recurso. Nas causas dos crashes, recessões, desemprego, falta de liquidez e guerras ele não repara senão de relance. O relance desse autor cala fundo, mas sofre da mesma limitação universal e endêmica à sua época. Os governos européus e americano fingem que as guerras do ópio que assolaram a China de 1836 até 1911 com 25 milhões de mortos nunca aconteceram. É a versão moderna do duplipensar da macacada antidarwiniana. Com esse ponto cego não há como acertar. O economista que mais se aproximou à compreensão, Clark Warburton, é apagado da história pela inquisição proibicionista. Foi ele que definiu o GNP, produto nacional bruto. Para apagar esse feito do conhecimento humano, os nacionalsocialistas inventaram e impuseram o GDP ou PIB. A importante diferença entre as duas é que Clark Warburton não formulou o PIB! O livro do Warburton, The Economic Results of Prohibition (1932) só foi reeditado após a publicação de "A Lei Seca e O Crash". Naquela época uma cópia usada nos sebos custava mil dólares. Das 17 livrarias achadas no Bookfinder.com, apenas 3 se encontram nos EUA. As demais vendem (a preço bom) dos países que participaram do cerco à Alemanha pela Liga em junho e julho de 1931.
Good reading: Quem gosta de ler inglês pode procurar na Amazon HERETIC, Jesus Christ and the Other Sons of God, por Catherine Nixey.(link) Essa autora e pesquisadora genial domina a língua inglesa e conduz o leitor como se fosse guia multilíngue em máquina do tempo. Seu primeiro livro, The Darkening Age, é igualmente fascinante. Ambos contam com a interpretação da artista e defensora da ciência Lalla Ward. Nada como ler inglês acompanhado da pronúncia perfeita e compasso profissional de artista de tamanho talento.
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O Supremo dos EUA em 1931 servia de capacho para o governo repressionista do Herbert Hoover--engenheiro que morou na China e desde então fez o possível para ajudar aquele império a exportar leis violentas. Pela enésima vez o Supremo decretou que a emenda da lei seca era a parte importante da constituição. A sentença é o martelo, e o tampão agora tapa a esperança de se revogar essa lei violenta.
Em março de 1931, juízes republicanos tornaram a insistir que a cerveja seria crime, pouco importando se dezenas de milhares seriam roubados, presos e/ou baleados para atingir esse nobre ideal. Os presidiários agora empatavam as populações de três estados da União. O que dizer, então, das esperanças alemãs de manter a codeína e a cocaína desregulamentadas para poderem pagar as reparações de guerra com os lucros da exportação? O recorte abaixo, de quando um centavo americano valia seis e um quarto MILHÕES de marcos de papel, explica como as outras drogas prosperaram quando a cerveja foi proibida.
“É evidente que a geração de sentimento mundial contra a droga é a tremenda tarefa na qual o nosso governo se empenhou.(link)” Dali a 8 meses submarinos de contrabando foram fotografados no rio Hudson.(link) O mesmo jornal de Norwalk conta na p.4 que frequentadores de boteco de Connecticut apedrejaram agentes antidroga.
Na 1ª semana de fevereiro, o Comitê Consultivo do Ópio da Liga das Nações encerrou suas 44 reuniões. Apenas duas delas foram secretas. Até hoje, a Liga não é muito aberta sobre os detalhes pautados. No entanto, as sessões de 1930, amplamente documentadas, detalham todos os planos para piorar uma crise de mercado global existente, com reação em cadeia de pânicos bancários de efeito dominó e colapso de liquidez de sistemas bancários de reserva fracionária. Tudo isso foi graças à legislação existente que proibia cerveja, vinho, bebidas alcoólicas, opiáceos, enteógenos, estimulantes e até complicando os analgésicos hospitalares, aumentando de forma geral os preços de venda em 400%. Realizavam-se planos para voltar a exportar o fanatismo chinês e perturbar as economias da Europa Central a ponto de garantir uma segunda Guerra Mundial. O mesmo processo que tornou a Primeira Guerra Mundial inevitável a partir de 1912, seria implementado em 1931, agora agravado por conflitos jurídicos, concorrentes aproveitadores e planos para sufocar TODA a concorrência da Alemanha e arredores.
Em 01MAR1931, o Chicago Tribunerelatava plena guerra civil no Peru, com quatro mortos na primeira batalha. A Alemanha era cliente importante para esse país andino, cujo mercado fora tomado por enormes plantações de coca nas colônias holandesas de Java e Sumatra. Os holandeses substituiram o plantio de entorpecentes viciantes com arbustos de coca a partir da década de 1890--isso como medida de reforma cristã. Nos EUA, depois que o álcool foi proibido na Geórgia, uma empresa de vinho de coca mudou os produtos, adicionando uma pitada de pó a um refrigerante nada alcoólico chamado Coca-Cola. Os proibicionistas que promulgaram a repressão do vinho agora queriam que a lei desse batida nesse refrigerante substituto. A ilha de Formosa, atualmente Taiwan, virou colônia japonêsa com plantações de ambos os tipos de culturas comerciais. Regular a vida alheia no entanto se transformou em uma caça às bruxas por proibicionistas americanos que buscavam novas coisas para reprimir. Cruzadas anteriores para prender peão por cigarros ou beisebol aos domingos não entusiasmaram os eleitores
O governo Hoover pressionou a Liga das Nações para copiarem como a Haia as proibições americanas de coca, resultando a desordem no Peru. O cartel de ópio indiano da Grã-Bretanha e a Receita Federal egípcia queriam que a cannabis fosse proibida por ser barata e não gerar dependência. Já a cocaína, cara e estrangeira, causaria, temiam, um desequilíbrio comercial tal como arruinou a China durante as Guerras do Ópio. O sal os britânicos apreciavam como habituante o suficiente para fazer dele um monopólio de receita governamental na Índia e em muitas colônias africanas. Seus agentes da receita prendiam com afã Gandhi e comerciantes árabes por coletar e transportar sal natural!
As manchetes de março berravam denúncias dos oficiais do "Banco dos Estados Unidos", chefiada por russos. A Rússia Soviética não era vista com bons lhos por excesso de liberalidade com bebida e drogas. O filme de 1929 de Dziga Vertov, Um Homem com Uma Câmera, mostrava garçonetes soviéticas destampando espumantes garrafas de cerveja, um passageiro cheirando um enorme papelote em plena estação de trem e flashes de bandejas de que só poderiam ser entorpecentes (isso na versão original). Americanos com preparo técnico, desiludidos com o zelo religioso travestido de capitalismo, entraram numa onda de emigração para a União Soviética. Pode uma coisa dessas?!
Russos nova-iorquinos dominavam o "Banco dos Estados Unidos" que Milton Friedman imaginou ter falido por causa da discriminação antijudaica. O BUS primava por atender a grandes réus traficantes, apenados, juízes comprados e testemunhas-presunto como depositantes e tomadores de empréstimos. Sua quebra ocorreu quando agentes federais vigiavam meia tonelada de morfina no cais nas proximidades do transatlântico francês Alesia. Friedman e Schwartz deviam ter considerado o confisco da carga, e não apenas as armações do ku-klux klã. De fato, um artigo do NY Times de 7 de janeiro comparou a Lei Seca e a intolerância soviética como praticamente a mesma coisa. Uma série de março no jornal de Berkeley descreveu sombriamente a ditadura bolchevique. Enquanto isso, agentes do tesouro prendiam cidadãos russos por falsificação, no meio de uma onda de falências bancárias. A cobertura diária de notícias popularizou o julgamento por fraude bancária do BUS e as acusações fiscais contra membros do grupo Capone. As preocupações alemãs aumentavam ao passo que esses artigos apareciam na mesma página.
Para a alegria do comissário antidroga Harry Anslinger, o presidente Hoover, em 02 de março enviou ao Congresso uma Estimativa Complementar de alocação de verba de USD 35.000 em ouro para financiar a participação dos EUA na Conferência da Liga das Nações sobre Limitação da Fabricação de Drogas e Entorpecentes. O ex-presidente do Reichsbank, Schacht, exigiu no dia seguinte a revisão de todas as dívidas de guerra e a restituição das antigas colônias da Alemanha na África.(link) Os jornais de Chicago de 7 e 8 de março relataram que os europeus deviam 29 bilhões de dólares aos EUA--juntando-se isso ao prejuízo de outros 4 bilhões por tentar impor as leis repressionistas. A Rússia, irritada, ameaçou boicotar todos os produtos made in USA. Os enviados de Hoover à convenção antidroga de Genebra, marcada para 27 de maio de 1931, seriam Harry Anslinger e John Caldwell, do Federal Bureau of Narcotics, esse um eugenista encarregado das “fazendas” reconcentrando apenados por contravenções com entorpecentes, e mais um burocrata antidrogas.
Os jornais de repente jorraram pela primeira vez tendenciosa propaganda de "conscientização" anti-cannabis. Henry Ford, Thomas Edison e Harvey Firestone garantiram aos leitores que "a lei seca é uma coisa boa" e que "a suposta depressão é o resultado da desonestidade". Os socialistas nacionais e internacionais alemães começaram a balear os companheros enquanto apenados ateavam fogo a uma prisão lotada de Illinois. Um pequeno artigo na mesma edição revelou novas pesquisas sobre o gás mostarda.(link)
Como clarim de alvorada para americanos e alemães, o Dr. Nicholas Murray Butler da Universidade de Columbia disse na Califórnia que as leis secas geraram uma indústria de USD 4 bilhões livre de impostos e sugeriu a revogação. Muitos americanos refletiram que foram evangelistas não tributados que deram início a esse proibicionismo. Os alemães por sua vez recordaram de o Supremo americano ter decretado a cobrança de IR nos lucros ilegais. Isso, em maio de 1927, esfriou de sopetão a maioria dos mercados de valores mobiliários europeus.(link) Com o recente tratado de extradição por drogas agora em vigor, os magnatas farmacêuticos alemães nos EUA não escapariam da cobrança das leis proibicionistas mesmo retornando à Europa.
Já um terço de todos os suicídas na Europa eram alemães. Logo, para aumentar a pressão, um filme bilíngue de propaganda em alemão e inglês, "The Seas Beneath" foi lançado a título de nostalgia da Primeira Guerra Mundial. Nele, uma escuna Q-boat, munida de canhão disfarçado, reboca um submarino americano para atrair e emboscar um submarino alemão.(link) Mais de 95% de todo o álcool consumido na América era, em 1929, feito de glicose de açúcar de milho nacional. Desde 1924 os jornalistas já sabiam que estimulantes e entorpecentes eram entregues aos navios da Rum Row para complementar aqueles 5% restantes de fatia de mercado de bebidas alcoólicas. Afinal, um submarino alemão trouxe drogas para os EUA neutros em 1916, furando bloqueios de guerra. Havia centenas de submarinos europeus em funcionamento e capazes de entregar drogas adicionais aos navios da Rum Row, mesmo estando o rio Hudson agora fora dos limites por causa daquelas fotos do mesmo ano.(link) Título no jornal: ALIENS AND DRUGS COME FROM RUM ROW.
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Leitura relevante: CONVENÇÃO PARA LIMITAR A FABRICAÇÃO E REGULAR A DISTRIBUIÇÃO DE DROGAS NARCÓTICAS, DE 13 DE JULHO DE 1931. Genebra, outubro de 1937. Comprei de um vendedor na Holanda faz uns 15 anos. Consta um detalhamento, parágrafo por parágrafo, dessa internacionalização da Lei de Harrison que os EUA, a China e a Liga das Nações suaram para impor à Alemanha e ao Japão. Andrew Jackson teria brincado: “Bem, conseguiram lá a sua convenção; vejamos agora como irão cobrá-la”. A contracapa identifica como revendedora no Brasil a "Livraria Allemã" Frederico Will, rua da Alfândega 69, no Rio de Janeiro.
INTERNATIONAL NARCOTICS CONTROL, de L.E.S. Eisenlohr, é uma análise “informativa” da história e dos antecedentes da era Reagan no intúito de resgatar a legislação de Comstock e represionista após a ratificação da 21ª emenda e chegada do voto libertário. Ambos esses livros ignoram completamente a possibilidade de que as leis que confiscam bancos, armazéns, navios, imóveis, casas e outros ativos possam afetar de forma alguma os mercados de valores mobiliários, o sistema bancário de reservas fracionárias e a estabilidade monetária--sem falar em causar guerras mundiais!
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Além de cobrar a repressão da cerveja como entorpecente tóxico, o governo Hoover insistiu na exportação de leis repressionistas de tudo quanto é coisa, em plena depressão econômica.
Você sabia que em fevereiro de 1931 o presidente Herbert Hoover perdoou um infrator da lei seca antibebidas? No mesmo mês, assinou um projeto de lei para deportar “infratores com drogas” e logo, uma ordem presidencial impedindo que muitas mulheres se tornassem cidadãs mediante casamento? Você acredita que tornar a cerveja um crime de reclusão e confisco de bens e ainda pagar à Liga das Nações para alastrar as proibições da Lei de Harrison em coação globalizada nada teve a ver com o crash de 1929, os pânicos bancários de 1930-33 e a Grande Depressão? Prepare-se. Aqui você verá manchetes de jornais que qualquer um pode consultar, mas que foram omitidas dos meios acadêmicos subsidiados que cobram assinatura. Passo a passo, cada movimento do jogo até a emboscada final da Alemanha por países que NÃO eram aliados dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial será revelado a olhos vistos. (Esse fascículo de Emboscando deveria aparecer ANTES da edição de fevereiro já no ar. E sim, conto com a ajuda do DeepL.com e um tanto do Google)
Janeiro de 1931: Frank Nitti, cupincha do Al Capone, já cumpria pena por sonegação de impostos quando o tesoureiro do grupo, Jack Guzik, pegou 5 anos e o governo Hoover estava com Big Al na alça da mira. Crianças jovens demais para apresentar declarações de imposto de renda ou serem condenadas a participar de gangues administravam alambiques de álcool. Em 9 de janeiro, o Comitê Consultivo do Ópio da Liga das Nações reuniu-se em Genebra, na Suíça, para planejar a expansão da Convenção do Ópio da Haia de 1912 e da Convenção sobre Drogas Adicionais de Genebra de 1925 em baita rolo compressor para esmagar o setor farmacêutico da Alemanha--o mesmo que possibilitou que a Alemanha pagasse as parcelas de reparações de guerra aos Aliados (que nunca incluíram os EUA). Esse comitê da Liga também se empenhou em exportar leis para proibição do cânhamo para as Américas. Os EUA cobravam apenas o reembolso do dinheiro emprestado durante a 1ª Guerra Mundial. Os jornais norte-americanos pouco ligavam para a reunião na Genebra, mas noticiaram os movimentos dos sonegadores de impostos como Terry Druggan.(link) Quando Druggan e Lake foram acusados pela primeira vez, em 1928, houve forte liquidação na bolsa de valores.(link) Na verdade, quando surgiu notícia de o Supremo determinar que renda ilegal estava exposta ao IR, em maio de 1927, as bolsas de valores estrangeirasquebraram para nunca mais se recuperar.(link)
Essa mania global de repressionismo começou em 1905, quando a China implorou aos EUA—que na época "pacificavam" os filipinos a rajadas—que da mesma forma impedissem o mundo de exportar opiáceos para a China, que já aplicara pena de morte (1839), e posteriormente confisco, multas e prisão (1844)—caso contrário, a China boicotaria os produtos dos EUA. Seguiram repressões e crise em 1906-7, piorando em 1909 e 1914 até que a cerveja, vinho, etc., foram proibidos nos EUA em 1920, sob pena de reclusão, multas e confisco, seguindo dali uma progressão lógica à colaboração internacional.(link) Os Crusaders com caras de coroinhas em Chicago, em 18 de janeiro de 1931 exigiram a nacionalização da indústria de bebidas alcoólicas sob uma economia planejada— justamente o plano sugerido pela China no ano anterior na Genebra—só que com monopólio planetário das drogas centralizado em Genebra, na Suíça.
A Reserva Federal desconversou e passou a divagar sobre as 981 suspensões bancárias envolvendo depósitos de 515 milhões de dólares ocorridas nos primeiros onze meses de 1930 sem mencionar a lei seca. Os gastos autônomos caíram em cerca de US$ 4 bilhões, um fenômeno passível de gerar sérios efeitos multiplicadores. Mas nessa situação bancária e econômica desesperadora o birô da Proibição nem reparou. A exemplo dos repressionistas do Anthony Comstock, que instituiu a censura dos correios, proibiu até publicar receitas sobre como fermentar suco de uva. Em 20 de janeiro, deu no Chicago Tribune notícias de Kentucky evelando dois fatos: 1) as pessoas estavam morrendo de fome e 2) 90% de todos os casos criminais eram por incorrência nas leis repressionistas. No dia seguinte, o presidente Hoover comunicou ao Congresso verba de US$ 35.000 em moedas de ouro para financiar a participação dos EUA na próxima Conferência sobre a Limitação da Fabricação de Drogas "Narcóticas" em Genebra (após a atual conferência de planejamento anda em andamento). Essas 1750 moedas de ouro de US$20 pesavam mais de 58 quilos de ouro, hoje valendo mais de USD 5 milhões. Na época, no entanto, esses US$35000 mal chegavam a 0,04% do custo anual da aplicação das leis repressionistas--já deduzida a perda de receita tributária—isso segundo o Comissário da Proibição Doran. Esse mês de janeiro rapiddinho ficou complicado, pois a Alemanha, financeiramente abalada—ansiosa sobre concorrentes empunhando o Tratado da Liga e Versalhes contra ela — foi obrigada a assinar um tratado de extradição com os EUA expondo as pessoas suspeitas de "ofensas" contra as leis anti-"narcóticos" a se tornarem réus em causas penais na América Seca.
Leitura relevante: Public Papers of the Presidents, Herbert Hoover.(link) Quando eu pesquisava dados para A lei seca e o Crash--Causa e efeito em 1929, encomendei a coleção completa dos Documentos Presidenciais de Herbert Hoover. Esses volumes cobriam os anos de 1929, 1930, 1931, 1932-33 em uma pilha de quase 30 centímetros de espessura. Comprei o conjunto por US$ 27 na Biblioteca Presidencial Hoover, em Iowa, por volta de 1993, antes de as versões em PDF aparecerem na inernet. As Proclamações e Ordens Executivas foram separadas, e de forma calculada. Ao separar a ordem presidencial que reproduzia o divulgado pelo presidente Wilson antes da guerra, declarando a aplicação do imposto de renda e expondo as declarações de IR das pessoas jurídicas ao escrutínio público, o derrotado Hoover destarte conseguiu ocultar a sua ordem presidencial de dezembro de 1932 que expunha ao escrutínio público as declarações de imposto de renda das grandes S.A.. Resultou que em 20 de janeiro de 1933, Hoover informou a imprensa que a maioria democrata no Congresso não revogara essa ordem presidencial específica. Com isso teve início o colapso de todo o sistema bancário dos EUA, culminando com o Banking MoratoriumHoliday e o confisco de todo o ouro como medidas econômicas em 04MAR1933. Tudo isso consta da minha explicação do Crash e da Depressão.
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