Poucos repararam quando o governador da Califórnia Ronald Reagan proibiu o LSD em 1967. Uma meia dose facilmente transportada, feita em Austin ou Praga, bastava para cerca de 5000 experiências psicodélicas em qualquer lugar. Mas após a posse do Reagan como presidente presidente, o LSD já fora tão bem reprimido que drogas primitivas ocuparam o seu nicho de mercado, aproveitando redes existentes do comércio. Países do Oriente Médio, como o Afeganistão e o Irã, aumentaram a produção de narcóticos. Antigos campos de papoilas do tempo da Segunda Guerra em Sinaloa, no México, foram replantados. Dólares, espiões e soldados fluíram para o estrangeiro e as taxas de mortalidade por overdose aumentaram exponencialmente. Congregantes socialistas totalitários na América do Sul--empobrecidos pelas leis epressionistas impostas pelos EUA--aproveitaram as oportunidades de estimular apoiadores oferecidas pelas eleições fake compradas pelos políticos gringos. Eleitores americanos, cujos entes queridos estavam encarcerados ou mortos no IML, apoiaram candidatos do Partido Libertário para revogar essas mortíferas e economicamente desestabilizadoras leis de proibição. (Estou traduzindo isso com o DeepL e lixando)
Os políticos de ambos partidos saqueadores lutaram para ignorar a influência dos votos libertários que exigiam a revogação. Tal cegueira tornou-se impossível em novembro de 2016.
Comparação de produtos: Em 1981, um procurador do estado de Washington disse aos jornalistas que o LSD era vendido por 40 centavos de USD a dose.(link) A cocaína custava cerca de 1000 dólares a onça, divisível em 50 papelotes capazes de proporcionar algumas horas de entetenimento a 20 dólares cada. De fato, o pó era vendido por 25 vezes o custo eficaz do LSD. Assim sendo, podia organizar proporcionalmente mais malandragem, suborno, corrupção, propinas, financiamento de campanhas, chantagem e afins do que os mercados amadores de psicodélicos. A coca não levantava questões filosóficas desafiantes. Os adeptos do LSD questionavam a atribuição correta do governo e debatiam quando seria ético lançar mão da coação. Os ensaios do governo para usar o LSD como droga de lavagem cerebral revelaram o efeito oposto. Ver Blewitt, 38m (link) Quando o deram aos soldados, a primeira coisa que queriam fazer era sair do exército. Ken Kesey foi um desses cobaias de teste.(link)
Para os políticos proibicionistas e policiais americanos que formagam as quadrilhas de bebida no tempo da Lei Seca, a cocaína caiu do céu! Qualquer caipira com moitas, querosene, ácido muriático e água fazia pasta usando métodos primitivos--pra quê diploma de química? A coação pietística preparou, como antes, o terreno para a malandragem organizada--só que agora financiava o próprio comunismo que o Congresso americao definira--não como um partido, e sim como uma conspiração contra os Estados Unidos--isso em agosto de 1954.(link) O governo Quaker 2.0 do Nixon declarou guerra às coisas que nem têm como se render, destruindo novamente a economia e elegendo os Democratas, graças ao seu linchamento internacional de tudo o que é psicodélico.(link) Com esta exaltação cega e frenética contra “Psicotrópicos” em movimento, a oportunidade acenou. A URSS invadiu o Afeganistão, Cuba despejou criminosos na Florida e jovens nicaraguenses formaram bandos de guerrilha para repelir usurpadores estrangeiros, como antes fizeram Emilio Aguinaldo, Thomas Jefferson, George Washington e Gerônimo.
Maometanos, profundamente perturbados pelas conquistas libertárias do reconhecimento de direitos individuais das mulheres a partir de 1973, incendiaram uma embaixada dos EUA no Paquistão. Numa cena de romance da série Dune, um novo Mahdi --um tal Muhammad Abdullah al-Qahtani, rapidamente escorou a Cruzada do televangelista Billy Graham para eleger Ronald Reagan e colocar as fêmeas nos seus devidos lugares.(link) Esta Vitória da Fé desenrolou-se como um filme de Leni Riefenstahl, e o sítio a metralhadoras da Grande Mesquita de Meca cedeu espaço ao sequestro do pessoal da Embaixada dos EUA no Irã. Jimmy Carter, que não tinha legalizado nada, foi corrido a batatadas no pleito de 1980.
Em 19 de fevereiro de 1980, a 891ª reunião da Comissão de drogas narcóticas reuniu-se na terra natal de Hitler para instigar todos os governos a cobrarem inúmeras leis coercivas contra algumas drogas, na sua maioria inofensivas, que os republicanos achavam inconvenientes. Para tanto, solicitaram ao Secretariado que exigisse o confisco de ativos financeiros a nível mundial (XXVIII) (link) A mesma máquina mediática de economia mista que antes difundia a propaganda anti-ácido logo entrou em cena com alarmantes "documentários" difamando os produtos dos países andinos.
No dia 1 de março de 1980, o tendencioso “60 Minutes” da CBS colocou a Bolívia na alça da mira, alegando que Arce Gomez teria ligações ao tráfico, repetindo ainda alegações contra ele feitas pelo então chefe da DEA, Peter Bennsinger, e pelo senador americano Dennis DeConcini, D-Ariz.(link) Foi esta mesma equipe da mídia que irradiou mentirosa reportagem sobre o trabalho da Illinois Power para construir o reator Clinton para gerar energia elétricia. A Illinois Power filmou a equipe do 60 Minutes e veiculou o seu próprio documentário, expondo as mentiras e calúnias.(link). O importante aqui é que as centrais nucleares civis dos EUA--tais como o peiote, a maconha e o LSD, nunca mataram ninguém. A revista Time ostentou cocaína na sua capa de 6 de julho, revelando que aquilo não era narcótico e que fora vendida ao balcão em drogarias a papas e pobres a quem quisesse até 1906.(link) No trecho mais agourento, o artigo cita um policial dizendo que se o dinheiro da droga sumisse do sul da Florida, “a economia entraria em colapso total”.
Nessa mesma hora, instalou-se uma recessão que durou mais de um ano. Sem dar indícios sobre a verdadeira causa, um especialista da Reserva Federal de Richmond afirma que “a recessão de 1981-82 foi a pior recessão econômica nos EUA desde a Grande Depressão. De fato, a taxa de desemprego de quase 11% atingida no final de 1982 continua a ser o ápice da era pós-Segunda Guerra Mundial.”(link) Nenhum destes economistas se atreve a admitir que o Crash de 1929 e a Grande Depressão tiveram tudo a ver com a proibição de algumas drogas e do álcool, que dirá que a pressão política para forçar a Alemanha e o Japão a abandonarem os seus mercados de cocaína em 1930-1932 teria levado diretamente ao financiamento industrial do partido de Hitler e à retirada de ambos os países da Liga das Nações.
Boa leitura: Manias, Pânicos, e Crashes: uma história das crises financeiras, de Charles P. Kindleberger.(link) O original está tão caro que investi na tradução--até mesmo para, ajudar com esse meu blogue em português. Já estou vendo que a minha primeira impressão estava errada. Das dúzias de escritores que explicam o Crash e a Depressão, apenas Peter Temin, Tobias Straumann e Herbert Hoover parecem ter compreendido corretamente, mas optaram por mentir--por omissão ou abertamente. Kindleberger, por outro lado, evitou, nos primeiros capítulos, os habituais sermões socialistas que tanto incomodam neste âmbito. Em vez de fugir aos temas tabu, Kindleberger procura por todo lado pânicos, colapsos, depressões, recessões e calamidades estranhas e mal compreendidas--muitas das quais novidades para mim. A sua abordagem é cética; contrasta as más explicações de modo a que os pontos fracos de uma chamem a atenção aos problemas de outra.
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Quer saber a causa do Crash de 1929 e da Depressão da década de 1930? Leia.
Para melhorar o seu inglês, nada como a minha polêmica tradução de O Presidente Negro (O Choque das Raças) de Monteiro Lobato: America's Black President 2228. Na Amazon (link)
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