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sábado, 22 de março de 2025

Emboscando a Alemanha, janeiro de 1931

 

Além de cobrar a repressão da cerveja como entorpecente tóxico, o governo Hoover insistiu na exportação de leis repressionistas de tudo quanto é coisa, em plena depressão econômica.

Você sabia que em fevereiro de 1931 o presidente Herbert Hoover perdoou um infrator da lei seca antibebidas? No mesmo mês, assinou um projeto de lei para deportar “infratores com drogas” e  logo, uma ordem presidencial impedindo que muitas mulheres se tornassem cidadãs mediante casamento? Você acredita que tornar a cerveja um crime de reclusão e confisco de bens e ainda pagar à Liga das Nações para alastrar as proibições da Lei de Harrison em coação globalizada nada teve a ver com o crash de 1929, os pânicos bancários de 1930-33 e a Grande Depressão? Prepare-se. Aqui você verá manchetes de jornais que qualquer um pode consultar, mas que foram omitidas dos meios acadêmicos  subsidiados que cobram assinatura. Passo a passo, cada movimento do jogo até a emboscada final da Alemanha por países que NÃO eram aliados dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial será revelado a olhos vistos.
(Esse fascículo de Emboscando deveria aparecer ANTES da edição de fevereiro já no ar. E sim, conto com a ajuda do DeepL.com e um tanto do Google)

Janeiro de 1931: Frank Nitti, cupincha do Al Capone, já cumpria pena por sonegação de impostos quando o tesoureiro do grupo, Jack Guzik, pegou 5 anos e o governo Hoover estava com Big Al na alça da mira. Crianças jovens demais para apresentar declarações de imposto de renda ou serem condenadas a participar de gangues administravam alambiques de álcool. Em 9 de janeiro, o Comitê Consultivo do Ópio da Liga das Nações reuniu-se em Genebra, na Suíça, para planejar a expansão da Convenção do Ópio da Haia de 1912 e da Convenção sobre Drogas Adicionais de Genebra de 1925 em baita rolo compressor para esmagar o setor farmacêutico da Alemanha--o mesmo que possibilitou que a Alemanha pagasse as parcelas de reparações de guerra aos Aliados (que nunca incluíram os EUA). Esse comitê da Liga também se empenhou em exportar leis para proibição do cânhamo para as Américas. Os EUA cobravam apenas o reembolso do dinheiro emprestado durante a 1ª Guerra Mundial. Os jornais norte-americanos pouco ligavam para a reunião na Genebra, mas noticiaram os movimentos dos sonegadores de impostos como Terry Druggan.(link) Quando Druggan e Lake foram acusados pela primeira vez, em 1928, houve forte liquidação na bolsa de valores.(link) Na verdade, quando surgiu notícia de o Supremo determinar que renda ilegal estava exposta ao IR, em maio de 1927, as bolsas de valores estrangeiras quebraram para nunca mais se recuperar.(link

Essa mania global de repressionismo começou em 1905, quando a China implorou aos EUA—que na época "pacificavam" os filipinos a rajadas—que da mesma forma impedissem o mundo de exportar opiáceos para a China, que já aplicara pena de morte (1839), e posteriormente confisco, multas e prisão (1844)—caso contrário, a China boicotaria os produtos dos EUA. Seguiram repressões e crise em 1906-7, piorando em 1909 e 1914 até que a cerveja, vinho, etc., foram proibidos nos EUA em 1920, sob pena de reclusão, multas e confisco, seguindo dali uma progressão lógica à colaboração internacional.(link) Os Crusaders com caras de coroinhas em Chicago, em 18 de janeiro de 1931 exigiram a nacionalização da indústria de bebidas alcoólicas sob uma economia planejada— justamente o plano sugerido pela China no ano anterior na Genebra—só que com monopólio planetário das drogas centralizado em Genebra, na Suíça.

A Reserva Federal desconversou e passou a divagar sobre as 981 suspensões bancárias envolvendo depósitos de 515 milhões de dólares ocorridas nos primeiros onze meses de 1930 sem mencionar a lei seca. Os gastos autônomos caíram em cerca de US$ 4 bilhões, um fenômeno passível de gerar sérios efeitos multiplicadores. Mas nessa situação bancária e econômica desesperadora o birô da Proibição nem reparou. A exemplo dos repressionistas do Anthony Comstock, que instituiu a censura dos correios, proibiu até publicar receitas sobre como fermentar suco de uva. Em 20 de janeiro, deu no Chicago Tribune notícias de Kentucky evelando dois fatos: 1) as pessoas estavam morrendo de fome e 2) 90% de todos os casos criminais eram por incorrência nas leis repressionistas. No dia seguinte, o presidente Hoover comunicou ao Congresso verba de US$ 35.000 em moedas de ouro para financiar a participação dos EUA na próxima Conferência sobre a Limitação da Fabricação de Drogas "Narcóticas" em Genebra (após a atual conferência de planejamento anda em andamento). Essas 1750 moedas de ouro de US$20 pesavam mais de 58 quilos de ouro, hoje valendo mais de USD 5 milhões. Na época, no entanto, esses US$35000 mal chegavam a 0,04% do custo anual da aplicação das leis repressionistas--já deduzida a perda de receita tributária—isso segundo o Comissário da Proibição Doran. Esse mês de janeiro rapiddinho ficou complicado, pois a Alemanha, financeiramente abalada—ansiosa sobre concorrentes empunhando o Tratado da Liga e Versalhes contra ela — foi obrigada a assinar um tratado de extradição com os EUA expondo as pessoas suspeitas de "ofensas" contra as leis anti-"narcóticos" a se tornarem réus em causas penais na América Seca.

Leitura relevante: Public Papers of the Presidents, Herbert Hoover.(link) Quando eu pesquisava dados para A lei seca e o Crash--Causa e efeito em 1929, encomendei a coleção completa dos Documentos Presidenciais de Herbert Hoover. Esses volumes cobriam os anos de 1929, 1930, 1931, 1932-33 em uma pilha de quase 30 centímetros de espessura. Comprei o conjunto por US$ 27 na Biblioteca Presidencial Hoover, em Iowa, por volta de 1993, antes de as versões em PDF aparecerem na inernet. As Proclamações e Ordens Executivas foram separadas, e de forma calculada. Ao separar a ordem presidencial que reproduzia o divulgado pelo presidente Wilson antes da guerra, declarando a aplicação do imposto de renda e expondo as declarações de IR das pessoas jurídicas ao escrutínio público, o derrotado Hoover destarte conseguiu ocultar a sua ordem presidencial de dezembro de 1932 que expunha ao escrutínio público as declarações de imposto de renda das grandes S.A.. Resultou que em 20 de janeiro de 1933, Hoover informou a imprensa que a maioria democrata no Congresso não revogara essa ordem presidencial específica. Com isso teve início o colapso de todo o sistema bancário dos EUA, culminando com o Banking Moratorium Holiday e o confisco de todo o ouro como medidas econômicas em 04MAR1933. Tudo isso consta da minha explicação do Crash e da Depressão.

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sexta-feira, 21 de março de 2025

Emboscando a Alemanha, fevereiro de 1931

A China e os EUA desde 1905 procuravam interferir com a produção alemã de drogas. Dos planos feitos em 1930 consta uma armação para redistribuir a fatia alemã desse mercado. A ratoeira fechará dia 13 de julho de 1931. Dívidas de guerra (reparações e empréstimos)  sobrecarregavam as economias da Europa trazendo recessão. O governo americano bolou como armadilha proposta para "guardar" essas malas sem alça.

Entre os eventos mais importantes de fevereiro de 1931 foi a visita de Hitler ao seu banqueiro pessoal na Merck Finck e Co.(link) August von Finck(link) no dia 3, para levantar 13 bilhões de Reichsmarks (US$ 3 bilhões, esse valor em moedas de ouro de US$ 20 pesava 307.328 quilos) para a campanha do partido Nacional Socialista. Por quê tanta verba?

 Em Genebra, os especialistas em cartéis da Liga das Nações vinham se reunindo desde 1920, exigindo que a Alemanha fizesse pagamentos regulares em restituição pelos danos causados às nações “Aliadas” (EUA não participava) e proibisse uma crescente série de drogas. O Artigo 23 do Tratado de Versalhes era igual ao Artigo 23 da Carta da Liga das Nações, que repetia as exigências da Convenção de Haia de 1912 para que a Alemanha produzisse menos morfina e cocaína. Na primeira semana de 1929, essas exigências proibicionistas haviam se transformado em planos apoiados pelos EUA para fazer com que todos os países do mundo entrassem em uma combinação para limitar a produção à quantidade que os governos dos concorrentes achassem correta. É claro que eles teriam que dividir esse mercado de forma justa... Essa resolução consultiva foi aceita pela Liga na primeira semana de setembro de 1929, semana em que os títulos mobiliários dos EUA passaram de crescente para mingante. O ano 1931, assim como 1930, foi um desastre de depressão profunda nos EUA, na Grã-Bretanha, no Canadá, na França, na Holanda - em todos os lugares que, no passado, compravam e vendiam drogas sem compulsão. Os alemães entenderam essa nova onda de histeria como mais um ataque tipo Convenção do Ópio de Haia aos mercados e à soberania da Alemanha e enxergavam  com conhecimento de causa para onde caminhava essa tendência. Os lucros já estavam caindo em TODAS as farmácias familiares da Alemanha, segundo o New York Times

(Sim, estou usando o DeepL para fazer a minuta da tradução)

A lista negra. Um certo A.E. Sirks, chefe de polícia de Roterdã, autor de artigos estridentes espelhando filmes tipo a porta da loucura e cocainômanos em 1930, em 2 de fevereiro de 1931 exigia uma “lista negra” que identificasse as empresas insuficientemente zelotes em relação ao proibicionismo.(link) Na mesma data o New York Times se apinhava de relatos das dificuldades financeiras do Banco de Estados Unidos (BUS)--contas suspeitas e congeladas, nomes de juízes, políticos e figurões mortos... O relatório de 1000 páginas dos fiscais bancários citava nomes como Hearst, Smith, Zigfeld, Morrow, Tumulty, e a Corporação Soviética Amtorg--um certo juiz Manton, sozinho, endossou cerca de US$ 200.000 em notas desse BUS, revelados na  investigação minuciosa da quebra do grande banco. Nenhum jornal--da época ou hoje--chama atenção à interceptação de meia tonelada de morfina em Nova York na época da falência do BUS. A ideia da lista negra na Liga das Nações não apareceu nos jornais. O NY Times de 03 de fevereiro relatou uma enxurrada de batidas de entorpecentes no bairro chinês, Chinatown, e a edição de 11 de fevereiro noticiou novíssima lei contra o contrabando de “narcóticos”. Mas a agitação evaporou pois as 24 reuniões públicas e 2 privadas do Comitê Consultivo do Ópio da Liga das Nações, iniciadas em 9 de janeiro, terminaram em 2 de fevereiro, com a entrega do relatório ao Conselho da Liga das Nações em Genebra, programado novos encontros de 16 a 30 de março de 1931. O presidente Herbert Hoover já solicitara ao Congresso, em 21 de janeiro, uma dotação de US$ 35.000 para cobrir as despesas de participação americana em Genebra. Os planos, é evidente, já estavam feitos.

Em 19 de fevereiro de 1931, o Chicago Tribune noticiou que o Presidente Hoover havia assinado um projeto de lei que previa a deportação de estrangeiros condenados e apenados por incorrer nas leis de "narcóticos". No outro dia, a mensagem de Hoover para a Conferência Mundial sobre Educação sobre Narcóticos rezou: Eu simpatizo profundamente com as organizações que trabalham para estabelecer acordos internacionais para limitar a fabricação de drogas narcóticas e para energizar o poder de polícia dos vários estados da União para destruir o tráfico ilícito de narcóticos. O efeito disso foi associar estrangeiros apenados e drogas mal-definidas na mente coletiva da grande maioria. Por outro lado, fazia mais de década, os estrangeiros associavam os EUA com fanatismo racista e puritano, fato que levou o embaixador dos EUA em Paris, Walter Edge, a apregoar em defesa da cultura americana em fevereiro. Contudo, problemas profundos se arraigavam. Guerra civil assolava o Peru e 40.000 manifestantes desempregados protestavam na Alemanha, não faltando mortes. A Turquia, exportadora de opiáceos, reagiu à pressão instituindo “medidas drásticas” para impedir a exportação de drogas para os EUA--medidas que coincidiram com uma crise monetária nacional. Em março, tudo isso iria de mal a pior. *-*-*

Boa leituraManias, Pânicos, e Crashes de Kindleberger.(link) Ainda estou lendo a tradução. Na primeira folha, por puro azar tem erro tipográfico. (Que atirai a primeira pedra...), mas a tradução é boa e esse escritor é o primeiro a tomar conhecimento dos fatos da realidade no entorno das várias (e bota várias nisso) crises financeiras que examina. Mesmo assim, até onde li não reflete que, na crise de 1837 dos EUA, a China havia mandado embora os empresarios da ex-estatal East India Company que de fato arvorava em exército invasor na India e odiado bando de traficantes de entorpecentes na China. Essa série de guerras do ópio que resultou cala fundo no ideário chinês, como se fossem eventos do ano passado. O autor tampouco repara que ao estourar a 1ª guerra do ópio na China, os Americanos aproveitaram e invadiram o México, parceira comercial da China à época. Ninguém é perfeito... Recomendo com entusiasmo esse livro incomum. 

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domingo, 22 de dezembro de 2024

Recessões dos anos 80

 

O traço azul é desemprego, as barras cinzas são recessões. 

A 19 de fevereiro de 1980, a Comissão dos "Entorpecentes" decidiu pedir a todos os governos que aplicassem, na medida do possível, combate violento às drogas declaradas ilícitas, recomendando medidas de repressão: 3 (XXVIII) ...sobre ativos financeiros e transações relacionadas ao comércio ilícito... com equipamento subsidiado e assistência técnica a países proibicionistas.(link) Os jornalistas amarelos do programa 60 Minutes - que provocaram o pânico nacional depois de uma avaria no reator TMI não ter ferido ninguém - rapidamente espalharam a histeria contra extratos vegetais bolivianos que não criam hábito nem dependência.(link) A recessão de 1980--como a Grande Depressão causada em parte pelo proibicionismo da Liga das Nações--é assim claramente discernível no primeiro trimestre de 1980. A inflação subiu para 13%, depois 15%, e a Reserva Federal de São Francisco gerou uma teoria pouco convincente que lembrava a “explicação” de Herbert Hoover para a crise alemã de 1931.(link) (link) Na quarta-feira, 10 de outubro de 1979, um crash do mercado - o pior desde a reunião da Comissão de "Entorpecentes" de 1973 - arrastou redes de compra e venda de droga e confiscos de dinheiro.(link) Estes conduziram a quedas do mercado e à recessão em 1974-5.(link) À medida que bagulho e pó substituíram o álcool, as mortes no trânsito diminuíram. Mas ao passo que os opiáceos viciantes--como os que a proibição do álcool popularizou nos EUA na década de 1920--substituíam o LSD inacessível, os gráficos do CDC mostram que as mortes por envenenamento por drogas aumentaram constantemente. (DeepL.com facilitou essa versão)

nº de mortes v ano. Com o Bush filho as mortes por opiáceos aumentaram em 300%, pois não havia mais substância inofensiva. 

O governador Reagan da California proibiu o LSD e acirrou a repressão de plantas, nenhuma das quais é viciante ou causou uma morte sequer. Os opiáceos escravizantes, as anfetaminas e os estimulantes vegetais sul-americanos substituíram as drogas modernas relativamente inofensivas. As populações incarceradas acumularam-se rapidamente, cumprindo em média 5-6 anos, pelo que os criminosos sem vítimas condenados em 1981-82 continuavam presos em 1986-88. Logo, em 1986, havia cerca de 6 condenados por drogas sem vítimas na prisão para cada pessoa envenenada, após a heroína ter substituído o LSD, a mescalina, o MMDA e a psilocibina nos mercados negros. Veja como as condenações se multiplicam, salpicadas por crises econômicas. (O Crash de 1987 do Reagan não aparece) 

Recessões e prisões quando Reagan substituiu Carter: USDOJ (link)

A função do Sistema da Reserva Federal é de suavizar e disfarçar o impacto financeiro da legislação suntuária que faz crime da produção e comércio. Quando, em 1907, uma série de leis estaduais e federais proibiu bebidas alcoólicas e acrescentou regulamentações sobre drogas--e até mesmo alimentos como sardinhas--uma crise bancária paralisou o país. Banqueiros influentes improvisaram uma rede de câmaras de compensação para pagamentos interbancários para que os negócios pudessem continuar. As leis de proibição mais amplas impostas pela Convenção da Haia, quando a China fechou as suas fronteiras a esses carregamentos, provocaram superávit de ópio e guerra nos Estados dos Balcãs. A pressão para utilizar estas leis e a Lei de Harrison para retirar quota de mercado da Alemanha-- principal produtor de analgésicos locais, remédios contra catarrho e narcóticos refinados--provocou a 1ª Guerra Mundial. Precisamente porque o seu papel é de facilitar a expansão da coação proibicionista destruidora da economia, a Fed age nos bastidores. A Reserva Federal serve como uma espécie de anestésico para diminuir a dor da proibição e das guerras que destroem a economia, ao mesmo tempo que inventa formas de dissimular as causas coercitivas desse estrago. Assim sendo, a Fed é uma espécie de ópio para impedir que as massas se apercebam de que as proibições ao comércio geram pobreza. Então, porquê a recessão desde a segunda metade de 1981 até à maior parte de 1982? 

Fatos informam sem rodeios. Um deles é que os Crashes são o que acontece quando as pessoas que sabem o que passa em volta percebem que uma crise está a caminho. Imagine crianças brincando nos trilhos. De repente, pulam fora e logo passa o trem. Todos os Crashes ocorrem quando investidores vêem que um pavoroso desastre se aproxima e pulam fora. A Depressão ou recessão que se segue ao Crash é a verdadeira causa. O Crash é apenas o prenúncio. No nosso último episódio, Jimmy Carter herdou as consequências da Operação Intercepção e da Guerra às Drogas de Nixon de 1969 e da Guerra às Drogas de junho de 1971. Houve também a Comissão de Caça aos Zumbis dos Estupefacientes, realizada em Genebra no início de 1973 (link). Ninguém fala nisso. Qual foi a última vez que você ouviu falar do Comité Consultivo do Ópio da Liga das Nações, que se reuniu em Genebra de 17 de janeiro a 2 de fevereiro de 1929 para exortar os políticos de todo o planeta a contratar meganhas armados para roubar, matar ou enjaular pessoas por causa do ópio--e ainda de coisas que nem são nem formadoras de hábito ou causadores de torpor? Procure na internet! 

Em 31 anos de pesquisas nos acervos, a única menção deste importante movimento internacional, altruísta e subsidiado, na imprensa escrita dos EUA, foi a seguinte entrada no Almanaque da New York World de 1930, registrando os acontecimentos do ano anterior, 1929, o ano do Grande Crash da Bolsa

Genebra, 2 de fevereiro, na Comissão Consultiva da Liga das Nações sobre o Ópio, no seu relatório, revelou nomes das grandes empresas químicas que têm sido frequentemente apanhadas no tráfico ilegal, indica os membros da Liga que se recusaram a colaborar e revela que os fabricantes encontraram um jeito de contornar as restrições do tratado convertendo os narcóticos em sais químicos que podem ser facilmente alterados para a sua forma original. Declara que existe um movimento para o estabelecimento de mais fábricas de droga na Turquia, Hungria, Pérsia, Rússia ou Jugo-Eslávia, onde os narcóticos estão além do controle internacional e ópio é fácil de se obter. (NY World Almanac 1930 p.98)

Seguem mais alguns fatos que você provavelmente nunca viu nos jornais ou na televisão. 

15JAN1963: Por Ordem Executiva 11076, o presidente Kennedy criou uma Comissão Consultiva sobre Entorpecentes e uso de Drogas, que ficou de se desmanchar em 31 de dezembro de 1963.(link) Nunca se desmanchou. 

Pouco depois de Gerald Ford ter perdoado Nixon por todos seus crimes e delitos graves, com uma pensão de 60.000 dólares, 400.000 dólares em despesas de transição e 12.000 dólares para um camareiro, desenvolveu-se uma crise financeira na Bélgica--e em todo o mundo.


14 de outubro de 1974, Gadsden Times 13/35 Transações não autorizadas em moeda estrangeira podem custar milhões ao banco. Buxelas, Bélgica - O segundo maior banco da Bélgica disse hoje que espera perdas de US$ 15 milhões a US$ 37,5 milhões devido a transações não autorizadas em moeda estrangeira. O Banque de Bruxelles e o Ministério das Finanças belga informaram na segunda-feira que quatro dos dealers do banco tinham feito “transações cambiais irregulares, não registadas e não autorizadas” de dólares americanos e marcos alemães. O Ministério Público disse que os dealers estão  acusados de falsificação de documentos contabilísticos.(link). 

Dez páginas antes, nessa mesma edição, uma súbita e inexplicável crise financeira com gráficos que mostravam a queda das bolsas de valores nos EUA, Alemanha, França, Hong Kong, Londres, Itália, Holanda, Austrália, Canadá e Japão.(link) Isto revelou-se oito meses depois de as rodas começarem a girar na terceira sessão da Comissão de Entorpecentes de fevereiro-março.(link) A Bolívia enviou observadores para o espetáculo desse circo. De repente, houve revoltas na Bolívia e na Argentina, as quais nada produziam ou transportavam senão produtos de coca nada formadores de hábito, tachados de “narcóticos” por decreto burocrático. A repetição deste comício da violência daria reprises em 1976 e 1978!

As revoltas violentas na Bolívia e na Argentina foram um indício de que o que quer que tenha saído da Bélgica para prejudicar a economia mundial teria que ter algo a ver com a cocaína. O Grupo de Trabalho para o Abuso de Drogas do Conselho Nacional, presidido pelo Vice-Presidente Nelson Rockefeller, concluiu num Livro Branco que a maconha era problema de pouca monta e que a cocaína nem problema era. “A cocaína”, dizia o relatório, ‘não causa dependência física... e normalmente não resulta em consequências sociais graves, tais como crime, urgências hospitalares ou morte.’(link) Os republicanos decidiram que isto--não o encobrimento do assassinato de JFK, o perdão de Nixon, ou Dole na pauta--fora erro. Pouco antes das eleições, surgiram notícias de que na Europa tinham deixado de consumir opiáceos. Os europeus preferiam tomar LSD, tal como os americanos em 1966-70 tinham largado das outras drogas, preferindo o LSD.(link) O governo Carter, atolado na crise do Irã, tentou desesperadamente aplicar leis de crimes sem vítimas, mas só conseguiu provocar outro Crash.(link) Os fanáticos maometanos ajudaram a eleger Reagan, ficando assim montado o cenário para uma mudança tão dramática nas populações prisionais como a que Herbert Hoover tinha feito quando a população mundial era de 2 bilhões.(link


A seguir: A lei alemã dos “estupefacientes” de 1981, aprovada numa repetição de 13 de julho de 1931; a recessão, Tylenol com cianeto e a mantra "só diga não" da Reaganjugend.

Leitura equivocada: 1931: Debt, Crisis, and the Rise of Hitler, de Tobias Straumann (link) Este é o único livro, tirando o Suplemento dos Documentos Presidenciais de Herbert Hoover sobre a Moratória, que finge oferecer uma explicação detalhada da crise que destruiu o sistema bancário alemão em maio, junho e julho de 1931.(link) Straumann, como  o Hoover e os seus secretários, omite menção dos trabalhos da Liga das Nações, no âmbito do Tratado de Versalhes, para levar a Alemanha a assinar uma Convenção de Limitação de “Narcóticos” mais abrangente e rigorosa que a Convenção do Ópio de Haia de 1912 e a Convenção de Genebra de 1925 juntas. De fato, a Alemanha era líder mundial da química e da indústria farmacêutica e contava com essa receita para pagar as indenizações de guerra aos aliados europeus da Primeira Guerra Mundial. Custa crer que Straumann ou o Presidente Hoover não compreendessem exatamente porque essas restrições iminentes destruíram a economia alemã. Na verdade, estas restrições iminentes e as cobranças contínuas eram precisamente o que, desde o início de setembro de 1929, preocupavam os investidores ao ponto de provocar a fuga de capitais da Alemanha. Straumann repete com rigor a história de Hoover, até às omissões e elisões que despercebem esta faceta mais importante do contexto político, financeiro e diplomático da ocasião. Qualquer membro do governo Hoover ou do conglomerado I.G. Farben, querendo tirar do escrutínio público todo esse aspecto da crise tendo a ver com a limitação do consumo de drogas, nada poderia fazer melhor do que recorrer a alguém como Straumann para corroborar a história de Hoover.

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terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Bilhetinhos do Jânio, intrigas na Alemanha

 

Se Jânio Quadros estivesse vivo...

Jânio mandava bilhetinhos dando palpites para os governantes, como fazia o presidente Wilson antes de comprar briga na primeira Grande Guerra.  Talvez hoje, horrorizado pelo que os computadores danam a fazer, ele rabiscaria: 

Para que Insolência Artificial? Já não basta a dos homens? 

E se ao abrir uma janela para deixar entrar um arzinho, fosse assediado pelos berros da gritaria amplificada de mascates motorizados, quiçá escrevesse: 

Para que carros de som? Não bastam as buzinas de carro, motos sem miolo no escape, rojões e bombinhas de artifício e festanças com som alto? 

Naquele tempo ainda dava para abrir janela e pegar uma correntinha de ar sem arriscar a surdez ou aterrorizar o cachorrinho!

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Leitura e vídeoThe Splendid Blond Beast: Money, Law, and Genocide in the Twentieth Century está na Amazon Brasil só em inglês do autor Christopher Simpson e que data de 1995, só agora reeditado e em formato eletrônico. (link)
Cadê Insolência Artificial a traduzir este fascinante relato de como os europeus--e sim os americanos também--não apenas ajudaram a subida do Hitler ao poder. Também facilitaram a evasão de grande parte da elite industrial nacionalsocialista cristã que o apoiou na guerra e no extermínio de milhões de pessoas menos cristãs, menos brancas e menos transformáveis em preservacionistas da supremacia ariana. Falta ver, pois não terminei, se como os outros, o livro irá omitir menção do fanatismo proibicionista dos presidentes americanos Teodoro Roosevelt, Howard Taft, Woodrow Wilson, Warren Harding, Calvin Coolidge, o deputado Hamilton Fish, e acima de todos, Herbert Hoover.

Como assim? A China foi explorada com ópio de dormideira pelos estrangeiros industrializados a ponto de algo parecido com genocídio interno movido a guerras e revoltas. Boicoteou produtos americanos até a ganância mercantilista destes estimular a cobrança de leis proibicionistas. Essas leis provocaram crises econômicas a partir de 1907, culminando nas guerras dos países balcãs produtores de papoula e na Grande Guerra de 1914. As tréguas e o tratado de Versalhes continham cláusulas proibicionistas encarregando a Liga das Nações a levar adiante o proibicionismo que começou com as convenções da Haia. A Alemanha antes e depois desta guerra exportava opiáceos industrializados. Só que seus concorrentes usavam as reparações e restrições de Versalhes para tirar vantagem da Alemanha, que ainda tomava empréstimos dos EUA. Hoover em 1930 nomeou e extremista Harry Anslinger com poderes letais para taxar tal comércio de "tráfico", travar combate político, jurídico e econômico. Acuada, a Alemanha assinou uma convenção de "limitação" desses produtos enquanto sua bolsa e sistema bancário desmoronavam.(link

A partir daquele 13 de julho de 1931, os cartéis sobremaneira químicos e farmacêuticos dos alemães reagiram, financiando o partido do sermonizador coletivista Adolf Hitler. Dali a dezoito meses esse caudiho de Deus, feito chupim, expulsou os demais partidos e já enchia campos de concentração antes mesmo de outubro de 1933. Nos jornais online do Google aparecem buracos orwellianos -- edições faltando em junho e julho, páginas ilegíveis... Só que nos registros da Liga na Genebra sobrevivem as atas das reuniões que desenvolveram essas restrições. Ao mergulhar nas duas fontes somem dúvidas acerca de o que aconteceu. Mesmo se omitir tudo isso o livro casa bem com um seriado holandês que passa na Amazon, legendado em português como Os Arquivos Mentem.(link

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terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Agressão sonora

 

Disco voador alienígena gerando poluição sonora?

Acontece em vários lugares. Juíz da imigração chama intérprete para explicar a um preso coitado como entrar com pedido de asilo, fiança, ou chance de ir embora sem ficha de deportado. De repente a janela começa a buzinar com a vibração de um gerador de ruído arrotando som que ninguém consegue entender. O juiz não consegue ouvir o intérprete por causa do ruído incômodo e o coitado do réu é deportado sem possibilidade de pedir visto por mais dez anos.

Nem dá para anotar quem contrata essa pestilência para reclamar ou pelo menos evitar prestigiar a loja, circo ou comício que contratou. Os carros passam com rapidez para evadir fotos, filmagem ou mesmo anotar o anúncio para identificar quem contratou ou gerou a poluição. Isso de fato dificulta a formação de boicotes e lavratura de delações - só que anula toda e qualquer vantagem auferida por quem contrata alto-falantes volantes achando que isso atrai freguês

Existe até lei que proíbe a agressão sonora. (link) Essa aí com 2500 palavras faz tudo menos proibir essa agressão. Parece redigida por fabricante de alto-berrantes, pois entra com desculpas: Art. 20 - São circunstâncias atenuantes: I - menor grau de compreensão e escolaridade do infrator... Quanto menos tiver noção, mais barulho pode fazer. Mas tem mais: Art. 21 - São circunstâncias agravantes, entre elas a reincidência: 2º - No caso de infração continuada caracterizada pela repetição da ação ou omissão inicialmente punida, a penalidade de multa pode ser aplicada diariamente até cessar a infração. Só que ao que parece nunca ninguém reincide pois nunca foi punido de forma a transitar em julgado e constar em cartório

Talvez seja porisso mesmo que a lei sonora que mofa durante 11 anos foi "alterada" em 2015 pela repetição, por outro prefeito, daquilo que já dizia: (link)  

§ 1º Os fiscais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente podem solicitar o auxílio das autoridades policiais e da Guarda Municipal no desempenho da ação fiscalizadora.

§ 2º Fica a Secretaria Municipal de Meio Ambiente autorizada a firmar convênio com as autoridades policiais e a Guarda Municipal para realização da fiscalização da poluição sonora nos logradouros públicos."

Isso aconteceu nesses 8 anos desde a repetição? Quem não é surdo não conseque comprovar efeito algum. Mas existe a possibilidade de algumas pessoas do bem, de livre e espontânea vontade, contratarem desses carros de som para circular na frente da casa do prefeito e dos vereadores enquanto rodam também pelo resto da cidade. O que você acha?

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Leitura: Remédio Amargo, de Arthur Hailey.(link) Esse autor, que descobri em tradução de outra obra desenvolve trama e ao mesmo tempo revela as entranhas de setor farmacêutico. Fala muito sobre a Thalidomide que provocou pavorosas deformidadees nos bebês, mas sem mencionar que a perigosa droga foi colocada no mercado como calmante.(link) Isto é, foi desenvolvida por ex-nazistas e vendida para substituir o cânhamo indiano proibido desde 1937 pelo frustrado fanatismo proibicionista dos EUA antes da 2ª Guerra. Tudo isso ocorreu após séculos de uso natural do cânhamo, evidentemente sem deformar uma única criança. Apesar de ser excluído dos EUA em 1960, o teraógeno ainda circulava em outros países em 2008. A lei americana que provocou esses desastres desde 1937 hoje foi abolida por 31 dos 50 Estados americanos, mas ainda não foi revogada a nível federal. Muitos efeitos nocivos do proibicionismo exportado--inclusive crises financeiras e hiperinflação--provocam enorme estrago fora das fronteiras dos EUA. O proibicionismo até parece ser teratogênico por si só. 



 Quer saber a causa do Crash de 1929 e da Depressão da década de 1930? Leia.

ALeiSeca0619

Para melhorar o seu inglês, nada como a minha polêmica tradução de O Presidente Negro (O Choque das Raças) de Monteiro Lobato: America's Black President 2228. Na Amazon (link)

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