Não é jogo de futebol não, gente. Estamos analisando porque nos EUA -- que tanto interferem, intrigam e bedelham na política do Brasil -- ninguém se dá o trabalho de oferecer material traduzido em português.
Os motivo evidentes são dois. Quando a Microsoft estava lançando o DOS 3.3, com as páginas de código internacionais para digitar com acentuação gráfica em diversos idiomas, português significava alfacinha lisboeta. Eu vim morar no Brasil sem saber uma palavra de português porque a empresa disse pro meu pai: "Phillips, você sabe espanhol. Vamos mandar você pro Brasil!"
O segundo, e importante motivo, é econômico. Os EUA continentais possuem duas fronteiras, a mexicana e a canadense. Fanáticos irlandenses nos EUA invadiram o Canadá em 1866. Apanharam feio em várias investidas até largarem mão disso em 1871. Qualquer um vê que no Wikipédia nenhum brasileiro se deu ao trabalho de traduzir esse drama. Portanto, a estória é contada em francês.
Quando os ingleses foram deportados da China em 1837, por traficar em entorpecentes, os Americanos entraram numa depressão econômica. Isso ocorreu porque para atacar um país muito maior do outro lado do mundo, os ingleses liquidaram todo o seu investimento nos EUA para assim financiar a Guerra do Ópio. O objeto? Forçar a China a permitir os ingleses a ganhar com seu monopólio da exportação do ópio da colônia indiana para a China.
O azul é o tamanho relativo da Inglaterra comparada com a China.... |
Voltando à vaca fria de porque o México é importante a ponto de americano traduzir site em espanhol, mas não português. Basta olhar o Canadá. A população do Quebec é pequena, mas o seu PIB per capita dá U$36 mil. Logo, o PIB só daquela província equivale à metade do PIB do Brasil inteirinho--e Quebec faz fronteira com os EUA. Brasil fica no outro hemisfério e exporta muito para os países europeus.
Se os americanos nem se dão ao trabalho de traduzir nada para francês--coisa que TODAS as províncias canadenses fazem--imagine que vão perder tempo com português! E tem mais. Portugal se aliou à Espanha contra os EUA em 1898. Quem fala espanhol nos EUA somos nós, os puertorriqueños. Na isla linda não podemos sequer votar nas eleições federais dos EUA, e não ajuda muito o fato de a nossa representante de maior influência no congresso americano ter sido a Lolita Lebrón. (Essa, sim, aparece traduzida em português).
Se os brasileiros querem influenciar na leis da migra americana, o certo seria o naturalizado votar pelos candidatos do partido Libertário. E quem tem o visto de permanência devia doar um pouco de dinheiro para a campanha de algum candidato libertário. E podem sugerir o mesmo aos amigos. É lícito sim, pia só...
Leia no original...
Isso, eu garanto, mudará as leis dos EUA de duas formas. Uma é acabar com a exportação de subsídios aos caudilhos da repressão (interferência gringa nas eleições alheias, que provoca êxodos). A outra é desarticular o apoio às mesmas correntes nos EUA. Veja a evolução do único partido americano que está crescendo:
Procuro matemático para encaixe mínimos quadrados com o modelo Fisher-Pry
O partido libertário, fundado em 1971, não odeia imigrantes. Ajudou o Supremo americano a revogar leis cruéis que proibiam o controle da natalidade em 1973. Hoje o nosso programa impede que a polícia arruine as carreiras dos jovens por causa de folhas de plantas! Portugal tem um partido libertário e lá as coisas melhoraram muito.
E precisando de traduções para emigrar, procure o tradutoramericano e tradutorabrasileira.
Para entender a Grande Depressão dos EUA--basta ler.
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Na Amazon: A Lei Seca e o Crash. Todo brasileiro entende rapidinho o mecanismo desta crise financeira de 1929. Com isso dá para entender as de 1893, 1907, 1987, 2008 e os Flash Crashes de 2010 e 2015.