segunda-feira, 22 de janeiro de 2018



Capítulo 12
A Liga das Nações
            No âmbito internacional, na Divisão dos Assuntos do Extremo Oriente do Departamento de Estado lia-se com aprovação a Convenção Internacional do Ópio de 1925, e ouvia-se com atenção as explicações do Esquema da Oferta Estipulada.  A idéia era de se valer das negociações no mercado de futuros para legitimar as aquisições de entorpecentes.  O efeito disto seria de coibir – e muito – a produção para o mercado negro. [1]  

A União Global contra os Narcóticos reuniu em noite de gala em inícios de março, obtendo apoio verbal do governador Al Smith, prefeito Jimmy Walker e ditador italiano Benito Mussolini – e ninguém fez nada.[2]  O Deputado Federal Stephen G. Porter fora desde 1924 figura importante nas negociações antidroga dos americanos com a Liga das Nações.  Só que Porter era místico, pedante, e alienava o pessoal da liga.  Aliás, foi por moção do Porter que a delegação americana se arrancou da conferência de Genebra em 1925 em gesto petulante.  

Ocorreu que os participantes da Índia, Turquia e Pérsia entenderam perfeitamente que toda intervenção súbita na produção do ópio acarretaria uma crise econômica aguda, trazendo instabilidade política aos seus países.  Porter não entendia nada disso e se arrancou da reunião, furioso com a evidente falta de sinceridade dos representantes estrangeiros.  Mesmo antes da Grande Guerra o poderoso setor químico alemão combatia as leis antidroga, e para isso tinha motivos de sobra.[3] 


Traduzo sim, documentos de imigração para os EUA, Canadá e Grã-Bretanha



[1]  (Taylor 1969  211, 228) (Eisenlohr 1934  129)
[2]  (NYT 8/3/28  8)
[3]  (Taylor 1969  178-9, 184; 193, 201, 107-8, 213) (Eisenlohr 1934  227, 231, 256-7)

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