Capítulo 12
A Liga das Nações
No âmbito internacional,
na Divisão dos Assuntos do Extremo Oriente do Departamento de Estado lia-se com
aprovação a Convenção Internacional do Ópio de 1925, e ouvia-se com atenção as
explicações do Esquema da Oferta Estipulada.
A idéia era de se valer das negociações no mercado de futuros para
legitimar as aquisições de entorpecentes.
O efeito disto seria de coibir – e muito – a produção para o mercado
negro. [1]
A União Global contra os Narcóticos reuniu em
noite de gala em inícios de março, obtendo apoio verbal do governador Al Smith,
prefeito Jimmy Walker e ditador italiano Benito Mussolini – e ninguém fez nada.[2] O Deputado Federal Stephen G. Porter fora
desde 1924 figura importante nas negociações antidroga dos americanos com a
Liga das Nações. Só que Porter era
místico, pedante, e alienava o pessoal da liga.
Aliás, foi por moção do Porter que a delegação americana se arrancou da
conferência de Genebra em 1925 em gesto petulante.
Ocorreu que os participantes da Índia,
Turquia e Pérsia entenderam perfeitamente que toda intervenção súbita na
produção do ópio acarretaria uma crise econômica aguda, trazendo instabilidade
política aos seus países. Porter não
entendia nada disso e se arrancou da reunião, furioso com a evidente falta de
sinceridade dos representantes estrangeiros.
Mesmo antes da Grande Guerra o poderoso setor químico alemão combatia as
leis antidroga, e para isso tinha motivos de sobra.[3]
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