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domingo, 30 de março de 2025

Alçapão para alemão, abril de 1931

A charge ignora o Partido Liberal americano de 1930 que exigia a revogação da lei seca e a extirpação da 18ª emenda constitucional, a que possibilitou tais leis com as crises econômicas e financeiras--até mesmo guerras--que elas acarretam.  

O governo Hoover em 1931 procurava eleger republicanos e coagir a Alemanha — isso enquanto assaltava e engaiolava seus eleitores por causa de cerveja, fins-de-semana interestaduais e drogas estrangeiras — tudo isso em um só ato de malabarismo após perder a maioria no congresso. Uma charge típica como essa dos pássaros é enganosa, fingindo que os "progressistas" (republicanos repressionistas) mudariam de política (link). A sua principal diretriz era ignorar o libertário Partido Liberal. Vejamos alguns eventos portentosos de abril de 1931.

Os jornais de março fecharam com artigos sobre as enormes fortunas acumuladas pelo Kaiser (vivendo na Holanda) e Frau Bertha Krupp von Bolen e Halbach, ainda a chefona do conglomerado de aço e armas Krupp, com fortuna de 283.000.000 de marcos.(link) A Alemanha andava investindo em novos navios de guerra. Enquanto isso, os americanos ficaram surpresos ao descobrir que as bebidas alcoólicas ilegais rendiam 5 bilhões de dólares isentos de impostos, enquanto os foros e prisões se enchiam de sonegadores de impostos, contrabandistas e destiladores indiciados em 1928.(link)

O tratado de extradição dos especuladores em droga que os EUA impuseram à Alemanha em julho de 1930 foi ratificado, proclamado de forma que os “infratores” de drogas em qualquer canto da Alemanha corriam risco de virar réu nos tribunais dos EUA a partir de 22 de abril de 1931. Para a maior fabricante de medicamentos do mundo, que investia pesadamente em empresas americanas--sendo ainda administrada em parte pelo Custodiante de bens inimigos dos Estados Unidos--aquilo era saia justa. Ocorreu enorme batida policial em Atlantic Highlands em 1929, com estação de rádio criptografada, observatório, estaleiros e estradas, tudo isso localizado entre uma oficina de submarinos e o império de contrabando da Atlantic City. Criptógrafos suavam pra decifrar as mensagens coletadas e diziam ter em mãos códigos para desembarque--não de bebidas alcoólicas--e sim de drogas mil vezes mais valiosas. (link)

Eis que os jornais de Nova York de repente noticiaram que 17 caixotes de entorpecentes pesando quase 200 quilos cada, valendo uns 3 milhões de dólares no atacado, foram agarrados no cais dos transatlânticos da linha Hamburg-American, descarregados do navio Milwaukee. Como no caso do Alesia, que foi pego descarregando morfina quando o Bank of United States faliu cinco meses antes, os detalhes vazaram lentamente. A partir de diversos artigos do NYT, os leitores entenderam que um transatlântico norte-americano da Hamburg-American carregava 1500 quilos de morfina e 230 quilos cada de heroína e ópio. Só que os números mudavam a cada dia, com discrepância típica de 1500 quilos da noite pro dia. Com tudo isso vinha apenas a mais nebulosa sugestão de que a droga estaria folheada em zinco e embalada em artigos de lã originárias “do norte da Alemanha”.

Esse constrangimento ocorreu quando o Comitê Consultivo da Liga do Ópio se preparava para sua 17ª sessão, bem financiado com verba americana e chinêsa, armando uma rigorosa convenção neoproibicionista contra entorpecentes, estimulantes e seus possíveis concorrentes que se reuniria na primeira semana de maio. A NORDWOLLE era uma enorme S.A. no norte da Alemanha--dona de município em escala semelhante à Anheuser-Busch, Argo ou Hershey--sendo essa a cidade de Delmenhorst, a cerca de 20 km da linha ferroviária de Bremen que ligava ao porto de Hamburgo, onde a droga evidentemente fora carregada para transporte. Todas as manchetes sobre esse carregamento de drogas desapareceram da imprensa. Mas a Nordwolle logo voltaria às manchetes, endividada com o banco Danat, ambos à beira da falência. *-*-*

Boa leituraElements of Applied Probability Theory, de Petr Beckmann, 1967.(link) Beckmann foi o meu patrão em 1981-82. Ao chegar à editora The Golem Press, comprei esse livro dele. Estou agora no meu quarto exemplar, ainda longe de assimilar as técnicas. Se a probabilidade de algo é zero, isso torna a coisa impossível? Não. E se acontecem duas coisas, como iremos saber se são independentes (pura coincidência) ou se há algum elo de causalidade envolvido? Se independentes: P(A|B)=P(A) ou seja, a probabilidade de uma crise econômica com crash e recessão só é indepente da multiplicação de leis repressionistas que proibem determinada produção e comércio se a sua probabilidade não se altera na presença de tais leis. Esse é o pé de cabra que procuro desde 1993 quando voltei à faculdade como intérprete bancário e de aulas de MBA para banqueiros brasileiros no Texas. Creio que já provei por indução que as proibições repressionistas  provocam crises bancárias e recessões. Só que por questões de religiosidade e apego às suas teses, nem nazista nem comuna acredita. Só que a partir dessa definição de independência há como desenvolver investigação matemática para averiguar a tenacidade dessa ligação causal, que é a Bayes' Theorem. Por causa disso os planejadores de programas de partidos políticos logo serão obrigados a reconhecer o que Richard Feynman disse. "Pouco importa a beleza da sua teoria, menos ainda o quanto você é inteligente. Se os experimentos a desmentem, está errada". Os experimentos de 1906-1907, 1920-1921, 1929-1933, 1986-1992 e 2008-2011 mostraram que são os violentos accessos de leis Torquemadistas organizados por fanáticos místicos que alucinam possessão demônica resultante de drogas desconhecidas que causam os crashes de mercado, crises de liquidez e recessões com elevado índice de desemprego.

*-*-*


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domingo, 29 de dezembro de 2024

Probabilidade e o seu voto

 

 Compre um desenho tipo nankim do Prof Beckmann numa caneca, camiseta ou o que seja...(link) Use o DeepL.com para traduzir o site, que está em tcheco. 

Petr Beckmann colocou um problema de probabilidade mais ou menos assim...
Um de três candidatos concorre às eleições numa comunidade em que 60% das pessoas têm um Quociente de Inteligência baixo, 30% têm um QI médio e 10% têm um QI elevado. As pesquisas mostram que 53% do grupo de QI baixo o rejeita, mas que 52% do grupo de QI médio votará nele. Qual é a porcentagem do grupo de QI elevado que teria que votar nesse não-libertário para que ele possa ser declarado o vencedor?
Palpite: cerca de três vezes a porcentagem média de votos que colocou na Constituição dos EUA a Lei Seca e o Imposto de Renda. Se metade dos eleitores inteligentes votarem pela liberdade e não para ajudar ou derrotar um filhote da cleptocracia, esse saqueador perde. Para se tornar viável, o seu partido teria que apagar do programa alguma cláusula coercitiva que ofende os eleitores inteligentes.

Na versão original havia dois candidatos, e assim a solução é direta. Os cabos eleitorais e os burocratas do censo classificam as pessoas pela renda, não pela capacidade de solucionar problemas ou de organizar partidos. Cleptocratas calculam probabilidades afins e investem nestes resultados. As eleições passadas envolveram muitos desses cálculos em nome de candidatos implacavelmente dedicados à força letal, cujos apoiadores apostaram polpudos valores nesses resultados. Mas se a fatia de votos de um terceiro partido atinge proporções nada triviais, a resolução das probabilidades eleitorais torna-se difícil. Eis como um velho político republicano--deputado, secretário da fazenda e senador durante meio século--retratou como o problema dos três partidos ameaçava a cleptocracia na campanha dum comparsa.

O único perigo que encontrou foi no movimento acirrado do partido da proibição de bebida. Este partido elencou candidatos à parte, cujos votos, temia-se, viriam sobretudo do partido republicano. (link)

Prometendo vantagens, Sherman recitou um rosário de quixotadas nas quais os republicanos teriam aprovado toda sorte de violentas e repressivas leis abstemiosas, que passou a enumerar numa tentativa desesperada de levar os ouvintes a votar contra o que queriam, para que o seu partido pudesse manter intacto o seu progama comprado. Os correligionários da Lei Seca reagiram com sorriso de gato, sabendo muito bem que foram OS SEUS votos de sangria anteriores que levaram os republicanos a atacar os direitos dos concidadãos, justamente para escapar dessa sangria de votos. O erro fatal do Sherman, a seguir, é piamente papagaiado pelos proibicionistas até hoje:

Há apenas dois grandes partidos neste país, dos quais um será instalado no poder. O eleitor tem pleno  direito de votar no partido menor, da Lei Seca, e assim desperdiçar o seu voto, sabendo muito bem que será eleita uma legislatura republicana ou democrata, e que não será eleito um único candidato partidário da Lei Seca. Não seria melhor escolher entre estes dois partidos e dar a sua ajuda àquele que mais tem contribuído para o sucesso dos seus princípios? 

O republicano fingido perdeu para o democrata. Os proibicionistas, confiantes de que não teriam concorrentes defensores dos direitos, votaram naquilo que exigiam - e CONSEGUIRAM! Injetaram a sua emenda muçulmana e geradora de crises e colapsos na constituição--isso uma guerra depois de os comunistas injetarem ali a proposta nº2 do programa de Marx--tudo graças ás aplicações pioneiras dos legiferantes votos de sangria dos partidos minoritários.(link) Ambos os partidos saqueadores hoje apregoam o sermão de “desperdiçar o seu voto” às vítimas que procuram roubar, escravizar e assassinar. Fazem-no para preservar as roubadas e assaltos nas suas propostas e se valer da cobrança das leis violentas. É pra isso que apostam na covardia e estupidez do eleitor. O Partido Liberal, na sua plataforma de 1931, cobrou revogação da Emenda da Proibição e a legalização da cerveja. Os democratas adotaram este plano, foram eleitos e legalizaram a cerveja e o álcool. O Partido Libertário desde 1972 vem cobrando direitos da mulher, e revogação do IR das pessoas físicas. A equação logística de Fischer-Pry indica que cedo ou tarde terão esses sucessos.(link

Boa leitura: Elements of Applied Probability Theory, de Petr Beckmann, 1967.(link) Foi publicado três anos depois de Ian Fleming ter usado a mulher pelada em Goldfinger para atrair adolescentes malandros à aplicações remuneradas da teoria da probabilidade no Complete Guide to Gambling de John Scarne. O livro de Scarne quintuplicou a minha mesada no internato. Ao chegar à editora The Golem Press, estava mais do que ansioso para comprar o livro do Beckmann. Estou agora na minha quarta cópia desse livro delicioso, ainda longe de assimilar todas as suas delícias. Por exemplo, se a probabilidade de algo é zero, isso torna a coisa impossível? Não. De forma nenhuma.

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segunda-feira, 24 de junho de 2024

Caguetagem nas leis de imigração

 

Até parece uma máfia onde a lei da imigração é obscurantista a ponto de necessitar de advogado para entender que, se foi agarrado depois de entrar de penetra, vai ser expulso. Se fosse cinema todo mundo entendia. Nem mesmo o Lee Harvey Oswald estranhou que os homens entraram pra arrancá-lo do cinema onde entrou sem pagar à bilheteria. No linguajar deles, inadmissibility é escrito com um "L" só. Mas quando você entra no site oficial da Migra do Tio Sã, aparece no link como "inadmissibillity." Duvida? Pois olhe (link). Além de mal-soletrado, vem tarjado em vermelho que os dizeres  CADUCARAM  mas ainda estão ali expostos como peças de museu. Com isso, advogado espera cobrar cem mil reais pra fingir que acha um jeito de o lanterninha não te botar pra fora do cinema. Pode uma coisa dessas?

Pelo visto, pode. Todo juiz entrou na migra como advogado, desculpe, colega advogado antes de ganhar toga, como em qualquer democracia. Eu nunca fiz isso, mas sou obrigado a entender boa parte do palavrório que utilizam. Uma das palavras mais diretas é conviction como substantivo jurídico. Significa condenação do tipo "consta sim decisão judicial condenatória com trânsito em julgado" na Certidão de Antecedentes Criminais do SINIC, só que tem mais.  Na versão dos advogados do DHS reza que se no Paraná te agarraram e condenaram por um só baseado, nunca mais para o resto da vida você escapa de ter sido marcado com ferro e fogo -- nem mesmo se o Estado voltar atrás e apagar o registro da decisão condenatória. Diz aqui (link): 

Tanto o Conselho de Recursos da Imigração como o Tribunal Superior do Nono Circuito interpretaram a definição que vale na imigração de forma abrangente, sustentando que qualquer conclusão ou admissão de culpa num processo penal constituirá uma condenação perpétua para efeitos de imigração. (Isso na definição da pág 1 de 3)

Isso, diz um site de advogados de defesa, significava (em 2018) que mesmo se você foi agarrado com um baseado na Califórnia (que fica nesse 9º Circuito) em 1969 quando o Nixon foi empossado, se declarou culpado e escapou com multa ou pena menos onerosa que durante anos ser apelidado de Escadinha pelos assassinos e assaltantes do calabouço, SUPONDO QUE ainda apagaram o registro depois de revogada a lei que criminalizava o bagulho, a migra federal pode te taxar de ter sido "convicted" E INADMISSÍVEL. Aquele abuso, mesmo revogado e arrependido pelo Estado ou município da Califórnia, Paraná, Alagoas... vale aos olhos da USCIS como pretexto para te mandar embora deportado. Mesmo assim acenam na página 3 com uma versão "lavada" de termo de confissão que (dizem) talvez sirva de vacina de imunização. Só que mais parece bula de remédios do que coisa realista. 

Estes advogados não mencionam nessa isca de ratoeira: droga, folha de planta, ou CIMT (o famigerado Crime de Motivo Torpe) que - segundo o site oficial da Embaixada dos EUA - significa "inadmissível em caráter permanente", ou seja, no linguajar dos advogados, "a conviction in perpetuity for immigration purposes". No formulário oficial i601 aparece a chance de você confessar com tic na caixinha:  ☑ Já fui envolvido em contravenção com substância controlada conforme consta das leis de algum estado, dos EUA, ou de país estrangeiro, só que uma só vez e por simples posse de não mais de 30 gramas de maconha. Parece limpeza, não parece? Isca boa é isca de aspecto inofensivo. Até os advogados repetem essa fórmula pra boi dormir, só que nunca apontam um único caso de trouxa ticar aquela caixinha e conseguir green card. 

Aliás, tudo o que você confessar em pedido de asilo ou suspensão de deportação pode gerar ação penal com multas enormes e décadas na prisão. E se você voltar atrás e dizer que foi mentira o bicho pega, pois mentir no pedido gera impedimento vitalício contra poder solicitar qualquer tipo de benefício existente nas leis da imigração.  Isso consta, preto no branco, nas instruções traduzidas que estou oferecendo por um dólar. Descubra que os partidos e políticos subsidiados pelos quais você é forçado a votar são os que te taxam de inadmissível por causa de folha de planta. É como disse muito bem o Bezerra: "Ele hoje pede o seu voto, amanhã manda a polícia te bater."

Leitura: A Lei Seca e O Crash não é sobre um copo de cerveja na estrada. É a saga na qual proibiram bilhões de dólares em comércio pelo equívoco de dizer que aquilo não é comércio, e sim tráfico! Foi o que derrubou a bolsa europeia em 1927, a bolsa americana em 1929, e trouxe o colapso geral dos sistemas bancários do planeta graças ao fanatismo da China e dos EUA no sentido de exportar tais leis. Para combater fanatismo com fanatismo, os alemães reagiram financiando o partido nacional-socialista do Hitler após o golpe azarento da Liga em 13 de julho de 1931. Dali a bem menos de dois anos, o Hitler entrou como segundo caudilho de Deus europeu, antes mesmo de os eleitores americanos trocarem Herbert Hoover por Franklin Roosevelt.(link

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Lysander Spooner, fascículo 2

Dizem que o direito de as pessoas entregarem cartas nas rotas dos correios será decidida em juízo. O New York Express diz que o sr Spooner, chefe da American Letter Mail Company, transmitiu ao Departamento em Washington, declaração expressa do seu porte de cartas, etc., com os fatos relevantes, para que a questão seja puramente jurídica, de modo que ao administrador dos Correios nada resta senão levar a causa até o Supremo tão logo possível.(link)

 Continuando com a análise da Constituição da União americana pelo advogado anti-escravagista em plena ocupação militar dos Estados que tentaram restaurar a antiga Confederação após a alta nas sobretaxas alfandegárias votada 4 meses antes da posse de Lincoln.

…        E assim foi com os que adotaram, inicialmente, a Constituição. Qualquer que possa ter sido o seu intuito pessoal, o significado jurídico de seu texto, no que toca à sua “posteridade”, foi simplesmente que a sua esperança, as suas motivações ao convencioná-lo, foram de que este acordo se provaria útil e aceitável a eles e à sua posteridade; de que serviria para promover-lhes a união, segurança, tranquilidade e bem-estar; e que talvez tendesse a “garantir a eles os benefícios da liberdade.” O que consta ali não assevera e tampouco implica direito, poder ou disposição alguma por parte dos participantes originais do acordo, de compelir que a sua “posteridade” se sujeitasse a ele. Fosse essa a sua intenção, a de forçá-los a viver sujeitados, teriam dito que seu objeto seria não o de “garantir a eles os benefícios da liberdade”, mas sim fazer deles escravos; pois, fosse a sua “posteridade” forçosamente obrigada a viver sob aquilo, nada mais seria que a escravaria de avôs tolos, tiranos e defuntos.

Não há como dizer que a Constituição fez do “povo dos Estados Unidos,” uma pessoa jurídica permanente. Não fala do “povo” como corporação, e sim como indivíduos. A pessoa jurídica não se descreve como “nós”, como “povo” ou como “nós mesmos”. Tampouco vem ser a pessoa jurídica dotada, em termos jurídicos, de “posteridade”. Supõe que tenha, e refere a si como se tivesse, existência perpétua, como individualidade única.

Além do mais, não é lícito uma corporação de homens de qualquer que seja a época, constituir uma pessoa jurídica perpétua. A pessoa jurídica passa a ter perpetuidade na prática apenas pela adesão voluntária de novos integrantes em substituição dos antigos que morrem. Sem esta adesão voluntária de novos membros, a pessoa jurídica se acabaria com a morte de seus constituintes originais.

Do ponto de vista jurídico então, não há na Constituição vírgula sequer que professe ou vise constranger a “posteridade” daqueles que o estabeleceram.

Se os autores da Constituição não tinham procuração para obrigar, e tampouco fizeram menção de sujeitar a sua posteridade, cabe indagar se a posteridade teria se sujeitada, coisa que só poderiam ter feito de uma ou da outra maneira, senão pelas duas, ou seja, pela votação e pelo pagamento dos impostos.

***

(Continua no 3º…)

Obs: Nos argumentos do Jackson, em cuja presidência a Carolina do Sul legislou proibindo a cobrança federal de tarifas alfandegárias nos portos, ele interpretou "a fim de formar uma União mais perfeita" como significando mais coesiva, indivisível, não sujeita às interferências de facções ou regiões que existiam sob os Artigos da Confederação. A Constituição, afinal,  formou a União alfandegária cujos proventos (junto com a venda de terras indígenas conquistadas) custeavam o Estado político. Uma cláusula impediu que os Estados impusessem sobretaxas fratricidas. A proclamação de Jackson eliminou a alternativa legislativa, restando apenas o apelo à secessão para os latifundiários dos Estados mais coloniais se livrarem de sobretaxas alfandegárias protecionistas naquele sistema neo-mercantilista dali a 29 anos. 

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domingo, 6 de dezembro de 2020

Congresso Americano vota legalização

 
Antes de a barata da vizinha, em 1935...

Custa crer que a terceira onda do repressionismo está começando a cair. Com o arrocho nas penas em 1929, a economia foi esmagada entre o repressionismo constitutional e o IR. A cerveja foi legalizada em 1933 mas o IR copiado do manifesto comunista ficou. Isso não surpreende pois o repressionismo nunca passou de lei religiosa dourada com fina camada de ciência fake e coletivismo racial. (link)

No final do Governo de Hoover já acelerava o crescimento do partido comunista que acompanha as crises econômicas. Para o povão, a recuperação fora muito lenta mas ninguém ousava culpar a emenda de Marx. Só que as cervejarias, depois de tanto apanhar, se tornaram lobistas em auto-defesa, e com certeza apelaram para o protecionismo empurrando leis estaduais contra folhas de planta. A coisa tomou vulto federal em agosto de 1937, disfarçada de imposto, e nem assim a economia recuperava do repressionismo, banho de comunismo e calote dado nas dívidas dos empréstimos da Primeira Grande Guerra aos europeus. 

Não se sabe se por coincidência, a Judy Garland cantara sobre a planta em 1935 aos 13 anos no La Cucaracha em La Fiesta de Santa Barbara. Já no Mago de Oz tornou a se referir indiretamente a outras folhas pichadas pela pseudociência. A novela só mudou de canal quando Timothy Leary recorreu em 1969 e o congresso mexeu a sopa de letrinhas no ano seguinte. Só agora voltaram à ideia de cobrar um imposto, agora 300 vezes menor.

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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Meu Bom Juiz...


Pois é. Peão é grampeado na fronteira, ainda molhado da travessia, lá pelo México... e agora? Samba do Bezerra? 

Não dá pra dizer que veio pelo México, pois assim não pode pedir asilo alegando receio de ameaça de morte sem antes provar que preencheu pedidos de asilo lá, na Guatemala, etc. Se disser que pulou de pára-quedas ou voou de asa delta por cima do Rio Grande, pra se entregar na fronteira, diz a lei que estrangeiro arrivista não pode sair afiançado da cadeia. 

Se imaginar que vai desistir e pagar a própria passagem para não ter ficha de deportado e tentar de novo, também não. Retirada voluntária é só para quem passou mais de um ano nos EUA sem dar bandeira e cair na mão da migra. E tem um detalhe. Quem passou um ano sem dar na vista já estourou o prazo de poder pedir asilo. Essa contagem regressiva de prazo-limite começa no dia que atravessar a fronteira. É um Catch-22.(link)

Só que agora apareceu uma oportunidade de plagiar nova lorota. Essa queima de arquivo na Bahia de cabo mandatário do Rio abre uma brecha para quem quer que juiz acredite que a cana dura é tão eficiente que quem dedurou o sargento Jeca na margem do Chuí vai ser agarrado lá longe nas praias do Iapoque, mesmo de peruca e bigode falso. Basta dizer que matou alguma política petista a mando de filho do Presidente e pronto. Se duvidarem, mostra os recortes, com tradução em inglês.

Agora... se não funcionar, aí existe a possibilidade de ser processado por calúnia e falsidade ideológica.


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