Afinal, o Texas entrou devendo até as calças para se transformar no Loan Star State, e acabou se enquadrando feito florzinha em ramalhete quadrado. Alaska e Havaí perderam essa chance pelo fato de o oceano Pacífico estar impensavelmente "outside the box". A minha solução ainda comportaria a adesão de Cuba se a ditadura comunista reconhecer que os EUA atuais já internalizaram quase a totalidade do totalitarismo recomendado pelo manifesto comunista de 1848 e pleitear pela adesão. No caso seriam duas estrelinhas juntas ali no Caribe.
Eu defendo a independência, como la própria Isla pediu em 1931 quando os gringos proibicionistas tiveram o desplante de querer que prendessem contrabandistas de rum! Enquanto Puerto Rico não cultivar um partido Libertário, seria apenas um fardo para a União (e vice-versa). Acredite se quiser mas os bobos preferiram Marco Rubio--martinete místico e proibicionista--como candidato. Pode uma coisa dessas? Aquele tamborete e alguns senadores ilhéus--metidos a Ceausescu--queriam proibir o aborto! Esse golpe, afinal já mais do que conhecido no Brasil, daria motivo para procurar a defesa dos direitos individuais da pessoa humana. No Canadá, nos EUA, ou Barbados.
Veja nesse trecho do meu livro Proibicionismo e a Crise de 1929 como era nos bons tempos, quando o meu povo borincua ainda tinha cojones:
Parte
4
Capítulo
133
Uísque artesanal e suco de uva
(...)
Na
Capital da nação, o diretor da proibição Amos Woodcock se distanciou das
batidas de Kansas City, negando estar planejando a repressão nacional de sucos
de frutas.[1] O deputado federal James Igoe, de Illinois,
nesse dia liderou uma revolta parlamentar contra a lei seca. Ele fez questão de que o Supremo Tribunal
apoiasse uma sentença do juiz federal William Clark de Nova York, anulando a
18ª Emenda. Ali estava um teste para
verificar a validez da previsão de H.L. Mencken – que tal coragem seria
recompensada por aclamação – e a previsão de Alexander Hamilton de que o poder
judiciário mitigaria a severidade das leis opressivas, limitando-lhes a
aplicação. Enquanto
isso o deputado Fiorello LaGuardia de Nova York assegurou à câmara que sem a
lei seca as pessoas voltariam a ter empregos e acabaria a assistência social a
título de subsídios agrícolas. O senador
estadual Walter A. Huebsch, de Illinois, advertiu os executivos que seus negócios
estariam seguros conquanto que o governo estivesse de pé. A vontade popular, disse ele, favorecia a
revogação, e os governos que desafiam a vontade popular são inevitavelmente
derrubados à força. Urgiu que o governo
se restringisse à manutenção da paz e defesa da propriedade.[2]
Esse parecia ser o sentimento em Porto Rico, onde o
supremo tribunal determinou em 19 de dezembro que o “Povo de Porto Rico” não
iria mais julgar as causas proibicionistas do governo americano. Na verdade, o povo de Porto Rico jamais
padecera do fanatismo proibicionista, e não queria rixa com os destiladores ou
contrabandistas. Os fazendeiros ilhéus andavam ansiosos por causa dos lucros perdidos e
queriam voltar aos bons e velhos tempos quando o rum fluía dos engenhos de fogo
vivo.[3]
O estado de Kentucky ecoou esse sentimento. Voluntários
da Cruz Vermelha lá descreviam a situação como “pior do que seca, fome”. Um voluntário disse que depois que a seca
matou a criação de milho e secou os córregos, a destilação artesanal em
Kentucky faliu feio. As restrições
federais sobre as atividades produtivas da Kentucky Alcohol em Louisville não
ajudaram.[4] As famílias cujo ganha-pão fora internado na
prisão antes da seca passavam por situação precária, redobrando o desespero
desse povo montês.[5]
Precisando de traduções juramentadas ou intérprete federal para livrar a cara de encrencas com a alfândega ou guarda costeira americana, pense n'eu, www.tradutoramericano.com.
** CT no rodapé é o Chicago Tribune online, que registra os assassinatos por "dry killers" e corrupção provocados pela lei seca americana nas décadas de 1930 e 1930.