quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Falsos libertários

Estamos cansados de saber que os comunistas no México, Peru e Chile saem travestidos em disfarces meio libertários para trolar as vítimas dos partidos saqueadores e seus políticos apadrinhados. 



Mas pode acontecer uma coisa dessas nos EUA? Circulam vídeos nacionalsocialistas da PragerU fingindo que há importantes diferenças entre o nacionalsocialismo deles e as demais aberrações da corrente comuno-fascista. No filme aparece a cédula de votação com brancos apenas nas alternativas fascista ou socialista de sempre: 

Não falam do controle de natalidade!
Não seja otário da EsquerDireita! 
O filme em si nem seria tão ruim como propaganda libertária, pois só fala de algumas das coisas que os libertários defendem (liberdades econômicas). Só que a narradora, Gloria Álvarez, é libertária de verdade, inclusive defende os direitos reprodutivos da mulher contra as depredações coercitivas dos pederastas de Roma e Nashville. Mas a narrativa omite assuntos como a proibição armada da folhas de plantas e a intromissão coercitiva nas decisões reprodutivas das mulheres. Esse filme poderia--dos dentes pra fora--atender ao fascismo de Perón ou Fujimori com pouca alteração. 

Gloria Álvarez recentemente apresentou na Reason TV, convidada de John Stossel, com legenda e roteiro acompanhando a língua inglesa que ela domina razoavelmente bem. Este canal libertário é bem diferente da PragerU (uma ONG de conservadores e fascistas travestida de escola). 

Como distinguir os Libertários e fascistas então? Para entrar no partido Libertário (ou mesmo doar, quem tem visto de permanência) o proponente assina um termo de anti-agressão: 

Sou contra lançar mão da agressão com intuito político ou social. 

Isso é bem parecido com o princípio Primum non nocere, que é o princípio da não maleficência da profissão médica. Esse e aquele são princípios que o médico nacionalsocialista Mengele violou.

O princípio da não-agressão foi posto no papel por Ayn Rand numa carta em abril de 1947 e reproduzido em "The Letters of Ayn Rand", às pág. 367 e 378. Os americanos tiveram uma Liberal Party of America formada em 1930, adotando programa anti-proibicionista publicado por Samuel Hardin Church em 1931. Foi esse partido Liberal que deu aos democratas a coragem de assumir a oposição à lei seca que--aliada ao IR--destruía a economia. Desde então os conservadores cospem a palavra "liberal" dando a ela matizes de comunismo e nunca de direitos individuais e livre comércio. 

O Partido Libertário propôs proteger a mulher grávida e seu médico da coação pelos partidos da Proibição, pelos democratas sulistas do ku-klux-klã e pelos evangelistas que controlam o Partido Republicano desde 1928. O Supremo adotou nossa proposta na causa Roe v Wade em 1973, logo após ganharmos quase 4000 votos. Propomos parar de matar gente por causa de folhas de plantas (o que já é realidade no Canadá), e acabar com a escravidão militarista.

Desde então os conservadores engasgam na palavra "libertário" cientes de que continuaremos a defender as pessoas da violência das leis supersticiosas e anti-científicas. Não confunda com nazistas e conservadores cristãos que coagem as mulheres, matam ou aprisionam a juventude e destroem as economias com confiscos de bens. Não somos da "direita" mística nem "esquerda" saqueadora, e sim pelos direitos da pessoa individual. Nossos votos alavancados realmente bloqueiam as leis nazifascistas e comunistas. Isso sim, é ganhar!

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