sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Marcos nas consequências surpreendentes

 

Oitava lição na séria libertária sobre a economia no mundo real (link)

Parte Um: Custos de Habitação

O ano: 2021

O problema: o aluguel é caro em St. Paul, Minnesota!

A solução: limitar o aumento do aluguel residencial a 3% ao ano, mesmo que haja uma mudança na ocupação.

Parece uma ótima ideia, com a melhor das intenções. O que poderia dar errado?

A usurpação não levou em conta a inflação. E, ao contrário da maioria dos tramas para controle de aluguéis, a nova lei também se aplica a novos prédios de apartamentos, desincentivando a construção de moradias e afins. Resultou que as licenças de construção multifamiliares caíram mais de 80% em St. Paul, enquanto aumentam no resto do estado.

Isso até explica por que São Paulo é o santo padroeiro dos fabricantes de barraquinhos.

Parte Dois: Combustíveis Alternativos no Arizona

O ano: 2000

O problema: impopularidade do combustível alternativo no Arizona.

A solução: créditos fiscais polpudos para veículos novos para incentivar os compradores a adicionar um tanque de combustível alternativo.

O subsídio permitiu que dezenas de milhares comprassem furgões de passeio de luxo com acessórios completos a um desconto de quase 50%, desde que adaptados para adicionar um tanque secundário de combustível alternativo de quatro litros, que provavelmente nunca seria enchido. O plano acabou custando ao Estado centenas de milhões e só aumentou o consumo de gasolina.

Obrigado, mas assim não!

Parte Três: Acesso às Urnas da Geórgia

O ano: 1940

O problema: comunistas.

A solução: impedir que os comunistas apareçam nas urnas.

Parece... bastante inconstitucional, com intenções questionáveis. O que poderia dar errado?

Medidas restritivas das listagens nas urnas foram codificadas em 1943, exigindo assinaturas de 5% dos eleitores de um distrito congressional. Mais tarde, impuseram mais requisitos, incluindo a obrigatoriedade de reconhecimento de firma e a imposição de taxas de qualificação. Já está fazendo mais de 60 anos desde que um candidato de um terceiro partido superou as restrições para aparecer nas urnas para qualquer pleito de deputado federal na Geórgia.

(Logo... a Cleptocracia de uma nota só!)

Escrito e produzido por Meredith e Austin Bragg; narrado por Austin Bragg

***

Leitura que vale a pena: Programa original do Partido Libertário. (link)
A Constituição foi alterada para incluir as Emendas da Reconstrução só depois de uma guerra que matou 600 mil com número maior de aleijados e bens destruídos. Já a Lei Seca que falhou inúmeras vezes em diversos estados, foi injetada na Carga Magna por 1,4% dos eleitores ao longo de 11 pleitos presidenciais. Os mesmos eleitores foram induzidos a transferir do manifesto comunista o IR progressivo, com um ponto percentual adicional na média. Veja bem. 1,5% a 3% do voto tem o mesmo poder legiferante que uma guerra civil que MATOU 2,4% da população. Deu pra entender a força dessa alavancagem? Procure por Postagem mais recente ao pé de cada fascículo. 

Nos fascículos você aprenderá como os libertários - logo na largada - acabaram com o movimento que procurava despersonalizar as mulheres. Só que A Cleptocracia entende tudo isso e bem. Por isso mesmo mandaram infiltradores, provocateurs e cavalos de Troia nos infiltrar e corromper. Agora é hora de voltar ao passado e dar um reboot para reativar o ideário original do Partido Libertário. Repare bem que os anarco-fascistas como o Rafa e Brasil Paralelo nunca falam nesses aspectos democráticos do Happytalismo libertário. Já viu um deles ajudar a implantar um partido libertário aqui?

***

Quer saber a causa do Crash de 1929 e da Depressão da década de 30? Leia.

ALeiSeca0619

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sábado, 30 de julho de 2022

Policiais assaltantes

 

Contrabandista vira assassino

Palpiteiros metidos a economista "expricam" - sem entender - apenas uma uma das várias crises econômicas e financeiras da lei seca dos EUA, todas elas vergonhosas para os partidos que disputavam o poder e cobravam impostos e obediência. (link) É como se a causalidade entre proibir o comércio e ver desabar a economia fosse crimidéia orwelliana.(link)

A lei seca nacional foi criatura do Partido da Proibição formado em 1869 e reforçada por doações anuais do Rockefeller, Vanderbilt e Morgan a partir de 1880. Durante 11 campanhas presidenciais o fanatismo antietílico obteve em média 1,4% do voto popular, mas bastaram esses votos, alavancados pela acirrada concorrência das mesmas facções que travaram a guerra, para colocar na Constituição uma ditadura mística determinada a proibir não a violência, mas sim a produção, o comércio e o transporte de cerveja, vinho e destilados.(link

Hoje o setor vale 1,65% do PIB (link), que a preços ilegais com 400% de ágio dariam quase 7%. À época o economista Clark Warburton (inventor do termo Gross National Product) calculou que o mercado informal somava 5% do PIB. Nada disso incluía a proibição de cânhamo, dormideira e folhas de coca. Estas cobriam enormes plantações na Índia, Burma, Cochin-China, Slovênia, Croácia, Sérvia, Macedônia, Grécia, Bulgária, Turquia... e ainda Peru, Ecuador, Bolívia, Colômbia, Java, Sumatra e Formosa (hoje Indonésia e Taiwan)--e enchiam os laboratórios da Áustria, Hungria, Alemanha, França Escócia, Suiça. Imagine esmagar de um dia para outro 5% do PIB.

Tão logo o povo se deu conta de que A Teocracia cleptocrata desfechara o golpe atroz que a Grande Guerra antes ocultava, houve gambiarra.  O jornalista H.L. Mencken explicou a reação em O Apogéu da Lei Seca

Tão logo perceberam o que havia ocorrido, aplicaram ao problema o talento nacional de corromper e dali a seis meses estava solucionado. (Rui Castro traduziu melhor esse trecho em O Apogeu da Proibição, link)

Policiais, xerifes, fiscais da alfândega e meganhas da lei seca formaram quadrilhas para lucrar salvando a economia--e conseguiram. Mesmo assim a adesão ao partido comunista aumentou em 300% por um tempinho com a recessão. Aliás, no programa do partido democrata apareceu em 1924 um item reclamando da epidemia de narcodependência à heroína entre a juventude. A Alemanha exportara comunismo desde 1848, e morfina (heroína tb é morfina) desde a mesma época. Derrotada e devendo a todos, a Alemanha exportou os entorpecentes e estimulantes industrializados cujos mercados foram o objeto disputado pelas Guerras dos Bálcãs, que se transformaram na Grande Guerra de 1914-1918. 

A guerra não resultou no controle alemão desse mercado e sim na cobrança de reparações. As drogas vendiam bem no mercado americano onde todas as alternativas (exceto reza e abstinência) também foram proibidas, e a Alemanha dominava esse mercado informal. Ainda multiplicou dinheiro de prelo até atingir hiperinflação pra nenhum político brasileiro botar defeito.(link)


Foi a procuradora federal Mabel Willebrandt que prosseguiu contra os Chefões Policiais no Supremo. Conseguiu o Nihil Obstat constitucional para confisco de papéis, grampos, e ainda reformando sentença inocentando um cachaceiro que recusou a se auto-incriminar fazendo declaração do IR dos lucros ilegais. Essa vitória, em maio de 1927, expôs sociedades estrangeiras--que operavam com estimulantes e entorpecentes--ao IR americano. Imediatamente as bolsas da França e Alemanha começaram a perder valor. Ela também conseguiu obrigar os oficiais e meganhas da lei a dedurar os colegas.(link)

O resultado disso tudo aparece em A Lei Seca e O Crash. Mas o George Waffen Bush tentou alistar os meganhas que transformam vícios em crimes oferecendo-lhes oportunidades para assaltar o povo mediante confiscos proibicionistas sem necessidade de acusar a vítima.(link) Disso resultou confisco de lares e imóveis de outros tipos até que em 2008 o mercado de títulos lastreados em títulos hipotecários desabou por completo. (link) Nunca as "expricações" mencionam os confiscos de bens e de contas bancárias. Isso seria crimidéia.(link)

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segunda-feira, 4 de julho de 2022

Independência para principiantes

 

O primeiro passo para sair da nossa fria atual, acabar com a Lei Seca, Menos Interferência do Governo, Menos Leis, Menos Impostos, De Volta à Real


Jefferson, independência que dá para entender

Henry Louis Mencken, autor de “The American Language”, achou que o governo desprezava os direitos dos cidadãos porque o cidadão não entendia mais o inglês do Século XVIII. O que diria o membro do povão de uma frase como esta: “Convocou os corpos legislativos a lugares nada usuais, inconvenientes e distantes dos cartórios em que se guardavam seus registros públicos, com o único fito de arrancar-lhes, pela fadiga, o assentimento às medidas que lhe conviessem.”?

No tempo do Fico, até com isso a gente dava um jeito:
“Consideramos estas verdades por si mesmo evidentes, que todos os homens são criados iguais, sendo-lhes conferidos pelo seu Criador certos Direitos inalienáveis, entre os quais se contam a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade. Que para garantir estes Direitos, são instituídos Governos entre os Homens, derivando os seus justos poderes do consentimento dos governados. “

Mencken então traduziu a Declaração para o vernáculo americano em defesa da liberdade e dos direitos da pessoa humana, em 1921. O que segue serviu como inspiração para a formação do primeiro Partido Libertário.

SEMPRE que as coisas ficam tão emboladas que o povo de determinado país tem que cortar os laços que o ligavam a outro, e ficar na sua, sem pedir licença a ninguém, exceto quiçá o Todo-Poderoso, é correto esclarecer porque fizeram isso, para que tudo mundo possa ver que não estão aprontando nem armando nada.
O que temos a dizer é o seguinte: primeiro, tanto tu como eu valemos o mesmo que qualquer outro, aliás, quem sabe até mais; segundo, que ninguém tem direito a burlar nenhum dos nossos direitos; terceiro, que cada um tem o direito de viver, de ir e vir como quiser, e de se divertir do jeito que bem entender, desde que não interfira com outra pessoa.
Que o governo que não garante esses direitos não presta para nada; e mais, que as pessoas deviam escolher o tipo de governo que querem, sem que ninguém de fora se intrometa no assunto. E se o governo não fizer assim, cabe ao povo o direito de botá-lo na rua e instalar outro que cuidará dos seus interesses.
É claro que isso não implica em montar revolta todo dia mode aqueles bobocas da América do Sul, ou sempre que algum político ficar à toa, sem cargo. Mais vale acomodar um pouquinho de corrupção, etc., do que ficar toda hora montando revoluções mode aqueles ladinos, e qualquer um que não seja anarquista, ou desses comunas da vida, diria o mesmo.
Mas quando as coisas ficam tão ruins que o cidadão quase que não tem mais direito nenhum, faltando pouco para ser chamado de escravo, aí todos deviam unir as forças e botar os sem-vergonhas na rua, e instalar outros cuja roubalheira não dê tanto na vista, e marcar cerrado em cima destes.
Taí a situação que o povo dessas Colônias encara, que já está de saco cheio, e vai dar um basta nisso.
O governo desse Rei atual, George III, nunca prestou desde a largada, e sempre que peão reclama, lá vêm os meganhas dele, impondo tudo goela-abaixo.
Vejam só algumas das agressões que ele armou:

  • Entrou vetando na Legislatura as leis que todos favoreciam e que quase ninguém achava ruins.
  • Não permitia a aprovação de nenhuma lei a menos que antes passasse pelo cunho dele, e logo metia no bolso, fazendo de morto, e não estava nem aí para as reclamações da gente.
  • E quando o pessoal trabalhava direitinho, pedindo a ele que aprovasse um projeto de lei sobre esse ou aquele assunto, ele forçava a barra: ou eles fechavam a Legislatura, deixando ele legislar sozinho, ou não podiam ter essa lei.
  • Ele forçou a Câmara a se reunir em vilarejos lá nas cucuias, de modo que quase ninguém conseguia chegar lá e a liderança ficava em casa, deixando ele fazer tudo como quisesse.
  • Ele mandou a Legislatura às favas, e dispensava os deputados sempre que ousassem criticá-lo ou falar grosso com ele.
  • Depois de abolir a Legislatura, ele não permitiu que mais ninguém fosse eleito, de modo que não havia quém tocasse as coisas, e aí qualquer um entrava ali e fazia o que quisesse.
  • Procurou afugentar as pessoas que queriam se mudar pra cá, e colocou tanto obstáculo no caminho do italiano ou judeu, pra tirar os papéis, que era melhor largar mão disso e ficar em casa mesmo. E se conseguia entrar, não lhe permitia posse nem de uma gleba, de modo que nem vinha mais pra cá ou voltava pra sua terra.
  • Ele atrapalhou os tribunais, e não contratou juízes o suficiente para dar conta do trabalho, e a pessoa desesperava de tanto aguardar a chamada da sua causa que abandonava a reclamação, voltava pra casa e nunca ganhava o que lhe deviam.
  • Fez gato e sapato dos juízes, despedindo-os sempre que faziam algo que ele não gostasse, ou ele atrasava os seus salários, de modo que eram obrigados a obedecer ou não recebiam.
  • Ele inventou uma pá de cargos pra dar emprego pra tudo quanto é vadio que ninguém conhece, e o povo, coitado, é obrigado a pagar a despesa quer tenha condições ou não.
  • Sem guerra nenhuma, manteve aboletado no país um exército vadio, por mais que o povo reclamasse disso.
  • Deixou o exército tocar tudo a seu bel-prazer, e num ‘tava nem aí pra quem não vestia uniforme.

Deu trela pros corruptos, só Deus sabe de onde, deixando que dessem palpite em tudo, e ainda que aprontassem o seguinte:

  • Obrigam o pobre povo a fazer pensão para uma tropa sem serventia nenhuma, e que não querem ver vadiando em sua casa.
  • E quando os soldados matam o cidadão, arrumam tudo para que escapem ilesos do crime.
  • Bedelham nos nossos negócios.
  • Cobram imposto da gente sem querer saber se a gente achava que o objeto daqueles impostos seria do nosso interesse custear na marra ou não.
  • E quanto o sujeito era preso e pedia julgamento por júri, não deixavam que fosse julgado pelos seus semelhantes.
    Tocam peão que não tem culpa de nada pra fora do país, acusando-o em tribunal lá longe pelo que teriam feito aqui.
  • Nos países fronteiriços, esse rei deu apoio a governos canalhas e ainda quis que se alastrassem, de modo a fincar raízes por cá também, ou tornar o nosso governo tão canalha quanto o deles.

Ele nunca deu bola pra Constituição, e sim tratou de abolir as leis que todos achavam satisfatórios e aos quais quase ninguém se opunha, procurando sempre mexer com o governo de modo a poder fazer o que desse na telha.
Ele botou pra correr os nossos legisladores e ainda deu a entender que sabia fazer tudo melhor sozinho. Agora lava as mão de nós e ainda se dá ao trabalho de declarar a guerra contra a gente, de forma que a ele não devemos mais nada, e ele não manda mais na gente não.

  • Incendiou as cidades, matou as pessoas cachorramente a tiros, e infernizou as nossas atividades no mar.
  • Contratou regimentos inteiros de holandeses, etc., para guerrear contra a gente, dizendo a eles que podiam tirar de nós o que queriam, e atiçou pra cima da gente esses estrangeiros.
  • Agarrou dos navios os nossos marinheiros, obrigando-lhes a empunhar armas e lutar contra a gente, por mais que se relutassem contra isso.
    Fomentou insurreição entre os índios, dando-lhes armas e munições e mandando sentar lenha, e estes mataram homens, mulheres e crianças sem ver a diferença.

Toda vez que lançou mão dessas coisas, a gente se empenhou pra levantar uma oposição, mas toda vez que a gente se mexeu pra acordar o povo, ele tornou a repetir as mesmas façanhas. Quando o homem sempre age com tamanha brutalidade, salta aos olhos que esse aí não tem fineza e não merece o poder pra mandar em povo nenhum que ainda tem direitos; merece, sim, um chute no traseiro. E quando a gente prestou queixa pros ingleses, eles não deram satisfação. Quase que todo dia avisamos a eles que os políticos de lá faziam coisas com a gente que não tinham nenhum direito de fazer.

Tornamos a lembrá-los quem éramos nós, e o que a gente fazia por cá, e porque viemos pra cá. Pedimos a eles pra tratar direito da gente, e avisamos que se continuasse assim nós íamos ter que tomar uma atitude qualquer sobre as coisas e que eles talvez não iriam gostar. Mas quanto mais a gente explicava, menos eles ligavam para o que a gente dizia.

Já se não nos apoiam, é porque estão contra a gente, e estamos prontos e dispostos a cair de pancada em cima deles, ou até fazer as pazes quando tudo terminar e sentar a poeira.

Portanto fica resolvido que nós, os representantes do povo dos Estados Unidos da América, reunidos no Congresso, declaramos o seguinte: Que os Estados Unidos, que outrora eram as Colônias Unidas, hoje são um país livre, como deviam ser, e que escorraçamos o rei inglês e não queremos mais nada com ele, e os ingleses não mandam mais na gente; e ainda que, na condição de país livre, podemos fazer tudo o que os países livres fazem, sobretudo declarar guerra, celebrar a paz, assinar tratados, formar empresa, e afins. E nos juramos em apoio a essa proposta com a mão na Bíblia, cada um e todos nós, e prometemos persistir nisso, custe o que custar, na vitória ou na derrota, quer consigamos fazer vingar ou mesmo levando a pior, não importando se agindo assim a gente perder tudo ou mesmo seja enforcado pelo ato.

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domingo, 26 de junho de 2022

Ondinha do Grateful Dead

 

Música iluminada...


Jerry Garcia, fundador da banda psicodélica The Grateful Dead, contou que na eleição de 1984 ele se recusou a votar no Walter Mondale ou Ronald Reagan. Garcia disse que votou apenas uma vez na vida e com muito desgosto. Seu voto foi contra o partido republicano do Barry Goldwater muito mais do que "a favor" do Johnson, o bombardeiro de primitivos que assumiu a presidência após o assassinato do Kennedy.  Na visão anti-agressiva e lisérgica do Garcia, cada indivíduo é um universo de uma pessoa só. A banda inteira era individualista e nenhum deles se envolvia em campanha eleitoral de meliante de A Cleptocracia careta bipartidária e subsidiada. ISSO é individualismo. 

Pressionado por um torcedor entusiasta da facção democrata da Cleptocracia saqueadora binária, Garcia respondeu.

 
- Eu temo o Mondale tanto quanto temo o Reagan. Eu acho que Mondale tem dentro de si a capacidade de realmente fazer uma cªgane!ra muito ruim das coisas...

 
Mas emendou que o maior perigo do Reagan seria a sua capacidade de nomear juízes anti-liberais ao que, desde 1984, de fato se tornou A Supremacia, com contumaz falta de apreço pela Carta de Direitos. 

O mesmo torcedor da Cleptocracia, frustrado que Jerry não se tornaria conivente dos saqueadores que ele preferia, logo atalhou acusando a banda inteira de defender uma política estranha e "anarquista" ou anti-autoritária. Isso faz parte do roteiro dialéctico socialista. Os nacional-socialistas religiosos, hoje mascarados como "a direita" são a mesma coisa que os internacional-socialistas laicos. Ambas correntes fingem--até enganarem a si mesmos--que essas duas versões do altruísmo saqueador, quase idênticas, seriam diferentes, contrárias, tanto assim que quem não é um nem o outro é por eles taxado de indeciso, corrupto, vacilão entre extremidades de uma linha unidimensional. Jerry Garcia não caiu nessa. 

A verdade é que os fascistas e comunistas são a mesma coisa--saqueadores e assaltantes que usam o altruísmo com toda sinceridade para justificar seus atos de agressão, assalto, terrorismo, guerra e genocídio. A diferença é que uns querem sacrificar pelo menino Jesus e outros pelo martírio de algum comunista enforcado ou fuzilado, ou "pelos pobres", e por aí vai. Jerry Garcia não caiu nessa armadilha, mas observou que quase existiu uma alternativa a esse beco-sem-saída. Comentou que evitar com certo desligamento ambos partidos caretas já era por si só uma declaração política, e reparou que alguém uma vez disse algo engraçado sobre essa atitude polarizada de nós contra eles.

- Quero dizer, que eu rezei por aquele terceiro caminho, tá ligado? E talvez seria, talvez fosse possível que acontecesse alguma outra coisa, só que não deu. Alguma outra coisa estava, tipo, procurando acontecer, só que não se materializou. Seria sido aquele resultado improvável, teria sido aquela possibilidade pulo do gato que teria eliminado essa polaridade "nós e eles", só que essa coisa que realmente tinha que acontecer não deu. E não precisava ter sido assim, só que a tendência é essa; surge alguém sempre que volta àquela coisa de nós ou eles. ... 

Jerry Garcia, e toda a nossa tribo na verdade, não pensava em termos políticos. Nós não entenderíamos das leis, nem sequer a definição ou atribuições legítimas de governo em 1970. Garcia divagava:

- Quero dizer, toda essa ideia de governo é tipo um ardil. Se alguém que achar que realmente está governando é bobo, sabe? E... e se acontecer, emana apenas daquela coisa de quem tiver a maior ameaça, e isso nada mais é do que botar medo nas pessoas, arrebanhando-as. Isso de forma alguma é governar, pois existe apenas a nação de uma só pessoa, tá me acompanhando? Cada pessoa é uma nação. Quero dizer que as pessoas... que há muita coisa numa só pessoa; com o ácido aprendi, se aprendi algo, que as pessoas não possuem limites, tá sabendo? que há mais em cada pessoa do que você poderia chegar a imaginar, tá por dentro? Nunca você conseguiria... Não é inteligente tentar moldar as pessoas em grumos, não é assim que elas prosseguem. Cada pessoa individual, tem ali coisa demais, há nela detalhes demais da conta, muita individualidade. Não dá para ignorar tudo isso, a pessoa individual não consegue ignorar, a pessoa que está ali dentro não consegue, tá ligado? Ela não consegue se desgrudar da pessoa que é, tá vendo? E a única coisa que me parecia realista era respeitar cada pessoa como universo individual, viu, realmente, isso está mais ou menos de bom tamanho, viu? Eu não conseguia ver como daria para sacar como outra coisa que não isso sem você estar enganando a si mesmo sobre o assunto, entendeu? Quero dizer que mesmo os governos que existem, tal como são, não passam de estruturas bobas, tá sabendo? E se eventualmente se impõem na atenção ou na vida ou consciência da pessoa é na forma de algo sem sentido, estranho e inacreditável que não há como evitar de lidar com aquilo, né? ...e não é assim que as coisas deviam ser.  Afinal, toda essa evolução nos tornou, ...as pessoas são superiores a isso, não somos partidários dessa besteira toda...

Como éramos ingênuos! Como éramos pasto para os escravagistas em pele de cordeiro. É por esse motivo que os músicos, artistas, milicas, pastores, bandidos... que não sabem definir, governo--nem mesmo o que é um direito--que dirá distinguir entre o bem e o mal ou apontar um padrão como a pedra de toque dos valores éticos, não são os melhores orientadores nessas questões filosóficas.  Só que nos debates acalorados a altas horas da madrugada, entravam as ideias de Robert Heinlein, Ayn Rand, Lysander Spooner, Aldous Huxley, H.L. Mencken, Ambrose Bierce e Eric Frank Russell, e dessas nasceu o partido Libertário. Fomos o terceiro ou quarto partido nada comuno-fascista a surgir da época, e Jerry Garcia, ao que parece, apenas suspeitava da nossa existência.

 * * *

Boa leitura: A Riqueza das Nações, de Adam Smith. Estava em desconto nas Livrarias Curitiba. A patroa (economista) e eu queremos examinar de perto a tradução dessa obra que tanto inspirou os Inconfidentes de Minas.  Na primeira linha da primeira página do prefácio consta que Smith teria morrido 16 anos antes da publicação do livro! Foi um alívio folhear e descobrir que mais adiante acertaram a data da morte do ilustre professor liberal... que o Todo-Poderoso Dólar o tenha. 

Outra boa leitura é desse resumo da formação do jovem Smith, pelo cartunista Peter Bagge na revista Reason. (link)

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quarta-feira, 22 de junho de 2022

Puliça Partidária Americana

 

Dois tiras, um republicano, o outro democrata, forçados a colaborar...

É o mais recente capítulo dos debochados cinematógrafos da revista Reason.(link) Observe que os policiais nada correligionários não se dão, mas basta aparecer o inimigo mútuo, um partido que não faz parte da cleptocracia saqueadora, e rapidinho eles aprendem a colaborar

Stop resisting! Isso não só manda a vítima do policial parar de resistir. No caso do jovem imigrante africano Patrick Lyoya, foi o que o policial Christopher Shurr berrou repetidamente antes de agarrar o jovem e assassiná-lo com um tiro na nuca. Está tudo gravado com som de diversos ângulos. Foi tentativa de tapear a gravação e fingir que o pobre que o tira maltratava por causa de suposta irregularidade na placa do carro estaria agredindo o policial. Só agora, mais de 60 dias após o crime, o facínora de distintivo e arma do governo virou réu. Se o júri arriscar condenar esse membro da quadrilha corporação, o meliante pode passar a vida numa prisão entre moreninhos nem um pouco chegados em policiais metidos a feitores escravagistas ou agentes do Gestapo. (link)

Só a Reason expõe os crimes do officialato, enquanto a mídia saqueadora procura fazer vista grossa. Como isso é diferente dos anarco-fascistas sem partido, que com conversa fiada tentam convencer o eleitor brasileiro que legalizar o assassinato no culto ao anarquismo violento seria diferente do anarco-comunismo que levou à ditadura escravagista do leste europeu. (link)

Quem sabe faz partido, não espera acontecer.  As leis que procuram transformar vícios em crimes, transformam direitos em algemas e destroem a vida humana. Mais hediondo ainda é a exportação das leis mais grotescas que os americanos aprovam. Elas além de provocar o caos financeiro, com severas crises no sistema econômico americano, ainda infernizam a vida dos outros nos países vizinhos. (link)

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