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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Manifestos Assassinos 1


Otário da cleptocracia entrincheirada
Um manifesto, que parece ter sido postado por Patrick Crusius, o atirador amok de El Paso no Texas, diz que ele agia em defesa do meio ambiente, entre outras coisas. No prolegômeno, SOBRE MIM, ele se revela altruísta vidrado em coletivismo racial: "Meus motivos para este ataque não são nada pessoais." Confessa ainda que "Estou simplesmente defendendo o meu país da substituição cultural e étnica provocada por uma invasão." 

São as convicções ideológicas manifestadas pelo Presidente Theodore Roosevelt na sua carta de 1903 contra a ameaça do "Suicídio Racial" (controle da natalidade praticado por mulheres). Roosevelt pessoalmente disparou vários tiros contra hispânicos em Cuba em 1898, como revela no livro. A exemplo do atual presidente republicano, este atirador amok fala da "invasão hispânica", e os políticos da metade Democrata da cleptocracia saqueadora não cansam de chamar atenção a isso. Sobre as declarações ecológicas do mesmo matador nada dizem.


Na rubrica MOTIVOS POLÍTICOS, o assassino pontifica que "O estilo de vida americano oferece aos nossos cidadãos incrível qualidade de vida. Porém, o nosso modo de ser anda destruindo o meio ambiente do nosso país."  A Verdade Inconveniente, título desse manifesto, o atirador copiou do Al Gore, político milionário cujo partido faz de tudo para que o governo americano proíba a energia elétrica como se fosse folha de planta lúdica. O violento reclama "dos DOIS" partidos, Democrata E Republicano, pela traição do povo, pelo entreguismo às grandes empresas pessoa jurídica. Fala do apodrecimento interno do país com veemência à altura de qualquer comentarista de internet brasileiro de igual idade e condição de energúmeno.  E nisso revela o importante, o ignorante asseverando que:
"...os meios pacíficos para interromper essa decadência aparentam ser quase impossíveis."
O garoto não entende que a cleptocracia dividida entre as facções republicana e democrata, por serem parasitas desalmados, ficou suscetível aos votos de sangria (spoiler votes) de pequenos partidos. Estes votos os comunistas usaram para injetar o IRPF e os proibicionistas usaram para injetar a criminalização da cerveja e folhas de plantas na Constituição e jurisprudência do governo americano. Nenhum destes bandos de fanáticos conseguiu em média mais de 2% do voto. Mas o fato de as duas facções da cleptocracia parasitária se separarem, em média, por mais ou menos essa margem na votação pelos cargos no governo significa que entre 1868 e 1968 quem determinava os programas da cleptocracia, logo, as leis, eram pequenos e violentos partidos de fanáticos religiosos e comunistas--como na Europa.

O assassino reclama da morte da (minha) geração que nasceu na era atômica (baby boomers). Pela lógica das premissas falsas conclui que os Democratas (mediante importação e muçulmanos e católicos primitivos) se tornariam o Partido Trabalhista Nacionalsocialista dono de toda a política do país--o inverso da iminente ditadura nazifascista republicana que eu temia aos 21 anos. Nos dois casos o temor nasceu da ignorançia. Isso por dois motivos.

Um pequeno partido dedicado ao coletivismo racial branco do ku-klux klã, o partido independente americano de George Wallace, conquistou os votos de cinco estados da antiga confederação escravagista--os mesmos que queimavam os discos dos Beatles como os nazistas 20 anos antes queimavam livros--em 1968. O Nixon por pouco não perdeu, e seu partido republicano, como fez em 1928, tratou de absorver as propostas anti-moreninhos e anti-estrangeiros daquela seita mascarada dos crucifixos ardentes.

Para prevenir repeteco, deu-se um jeito de usar a lei do IR para subsidiar os partidos da cleptocracia entrincheirada, e ainda crivar o Wallace (e de lambugem o MLK e Bobby Kennedy) de balas para não oferecer mais oposição ao Nixon. O subsidio de Nixon aos partidos saqueadores significou abafar o partido libertário que nasceu em 1971, no mês em que Nixon assinou os subsídios midiáticos criando o horário eleitoral 24 horas por dia. Este é o mecanismo pelo qual o 4º poder foi ingerido como se por uma sucuri--lá e no Brasil.

O segundo é o fato de que nas guerras a energia elétrica faz uma grande diferença, são só pelos radares como também para potencializar a indústria bélica. A União Soviética apodreceu, mas seus programas de propaganda anti-energia injetados nos EUA sobrevivem. Os Democratas perdem nas eleições por causa desta religião soviética apocalíptica de que o mundo irá fritar se os mercantilistas não pararem de gerar energia. Nada a ver com hackers russos. Os proibicionistas que odeiam o comunismo pelo mesmo motivo que o ku-klux-klã odiava os Beatles, ganham (e os democratas perdem) por causa dessa teimosia supersticiosa anti-energia que se arraigou naquele partido.

Voltei aos EUA em 1974, como o irmão do Henfil voltou para o Brasil, mas não consegui descobrir a existência do Partido Libertário antes de 1980. Descobri seguindo um ativista na faculdade que fazia lavagem cerebral anti-energia--eu comparecendo como defensor da geração de energia elétrica. Ali descobri o partido político da paz que desde 1972 vinha melhorando a situação americana SEM meios violentos. Esse partido Libertário--que Patrick o atirador evidentemente desconhece--usa pacíficos votos de terceira opção que obrigam a cleptocracia a abolir suas leis mais nocivas--não é mencionado na mídia comprada. Cada membro declara:
Eu sou contra iniciar a agressão com intuito político ou social. (I certify that I oppose the initiation of force to achieve political or social goals.)

Continua...



Enquanto aguardamos o próximo fascículo, aproveite para comprar A Lei Seca e O Crash, que explica como o proibicionismo, sobretudo dos republicanos, arrasa a economia de qualquer país. Em formato Kindle da Amazon, até com celular você dá um jeito.