Navios de guerra disparavam caminhões na baía de Guanabara no ano 1893, marcada por uma crise econômica global. Uma parte desta crise emanava das políticas monetárias adotadas nos EUA. Mas o que mais afetou o resto do mundo foi a falência do projeto francês para construir o Canal do Panamá. Estas obras desde 1889 vinham falhando por causa de mosquitos, sobretudo o Aedes aegypti, mas ninguém sabia disso.
Os magnatas americanos fizeram charme, fingindo estar ocupados com planos para fazer um canal na Nicarágua enquanto os franceses procuravam vender a empreitada. Mas quando a bancarrota atingiu níveis de desespero nacional para a França, os americanos adquiriram os direitos àquele canal falido a preço de banana. Logo caíram na mesma armadilha--premissas falsas! A salvação do projeto e da economia do país foi a falta de respeito com a qual os americanos encaram a autoridade. Um soldado americano derrubou um tenentezinho com um soco na cara. O oficial metido foi para o pronto-socorro e o soldado bruto foi metido em cana sozinho. Duas ou três semanas depois o soldado adoeceu com a febre amarela.
O médico encarregado concluiu--com absoluto desrespeito pelas publicações homologadas por outros doutos enganados na sua profissão--que a febre só poderia ter sido transmitida por um mosquito, pois nada maior do que isso entrava ou saía daquela cadeia. Os outros médicos–áulicos da mesma laia que hoje aconselha os políticos sobre a proibição de arbustos e tenta interferir com a geração de energia elétrica-–insistiam na crendice popular de que a febre amarela seria transmitida por ruas mal-varridas. Quando o presidente T. Roosevelt descobriu, por orientação do médico William Crawford Gorgas que o seu projeto de canal–-a menina dos seus olhos–-estava sendo ameaçado por mosquitos, tudo mudou de figura.
Os americanos instalaram encanamento hidráulico por toda a região. Inspetores iam de casa em casa multando quem permitisse a reprodução de mosquitos em águas paradas. Todas as janelas recebiam telas e pintava-se uma larga listra negra horizontal no exterior de vários imóveis para atrair insetos voadores. Os bichos que apareciam ali para comer os insetos foram criados e soltados em grandes números por toda a região enquanto laboratórios pesquisavam vacinas.
As crianças na Zona do Canal do Panamá toda noite colocavam tigelinhas de água limpa em volta das casas. No dia seguinte despejavam essa água na calçada quente para matar os ovos que os mosquitos botavam na água, e armavam de novo essas armadilhas de água limpa. Até 1906 a febre amarela foi conquistada e a malária bastante reduzida. O canal abriu em 1914. Uniu os oceanos e sobreviveu duas guerras mundiais travadas pelos países que valorizam a coação, o socialismo e a superstição e não a razão e a liberdade.
Hoje, graças à superstição medieval dos partidos místicos e a ganância saqueadora dos demais partidos igualmente parasitas, zika, chicungunya, malária, dengue e febre amarela ameaçam a vida humana mais de 100 anos após serem debeladas. Cabos eleitorais são transformados em volantes de vigilância para incomodar as pessoas e dizer que os mineradores--coactos, licenciados, homologados, aprovados e munidos de alvarás por fiscais do governo--provocaram esse desastre pela incompetência na construção de uma barragem. O econazismo tanto fez a cabeça da guria que não consegue entender que SEMPRE houve falha de barragens devido à intromissão coercitiva de corruptos na vida econômica de todo país. O mosquito corre solto enquanto a canalha corre ladrando aos pneus da limusine da Odebrecht. O primitivismo é o que favorece as pragas, e a sociedade industrial com livre comércio que permite entender e reagir.
Modesta sugestão: Despedir os volantes de cabos eleitorais e usar o dinheiro para...
1. Identificar, criar e soltar bichos que comem mosquitos, tipo lagartixas e lambaris;
2. Ensinar as crianças a fazer armadilhas para matar ovos de mosquitos--e não recitar mantras nazifascistas;
3. Instalar telas nas janelas dos imóveis e então se preocupar com vacinas.
1. Identificar, criar e soltar bichos que comem mosquitos, tipo lagartixas e lambaris;
2. Ensinar as crianças a fazer armadilhas para matar ovos de mosquitos--e não recitar mantras nazifascistas;
3. Instalar telas nas janelas dos imóveis e então se preocupar com vacinas.
Isso funcionou em 1906! Mas aconteceu na jurisdição do governo mais libertário que até então já havia existido no planeta. Pense nisso quando for votar.