terça-feira, 10 de novembro de 2020

Eleições elas por elas

 

Nixon reclama de fraude!

O recente tele-catch em pocilga entre os nacional-socialistas republicanos e os socialistas democratas internacionais não é lá grande novidade. Exatos sessenta anos atrás, Richard Milhous Nixon, um proibicionista da seita quaker como Herbert Clark Hoover, correu para os tribunais em Austin, capital do Texas, alegando ser vítima de roubada na eleição.(link)

Esta, por sinal, é a mesma cidade de Austin Texas na qual da população de 900 mil pessoas, homens, mulheres, crianças e bebês, saíram 258.525 votos dados aos candidatos da chapa do partido Libertário.  O grosso dessa votação veio favorecer os candidatos não-presidenciais. A campanha presidencial da candidata Jo Jorgensen arcou com o peso da inclusão na chapa de um infiltrador assumidamente anarquista comunista. Logo, quem perdeu no pleito presidencial foi o partido Libertário. Jo e "Beethead" foram os lanternas dentre todos os candidatos libertários na cédula da comarca, com apenas 1,46% do voto, graças sobretudo a esse candidato em particular e às mudanças imbecis na proposta do partido depois de 2016 (quando a nossa participação aumentou em 328%). Os libertários poderiam ter ganho de 9 a 12 milhões de votos nesta eleição, com base no crescimento populacional e desempenho anterior na curva logística. Em vez disso, todos os nossos ganhos nas recentes eleições presidenciais foram por água abaixo graças ao anarquista infiltrador.


Executivos Beethead e Das Boothead
da Comitiva Nacional do Partido Libertário, 2020

Os republicanos, julgando pelas apostas de bookmaker, pareciam estar no mesmo embalo de 2016 com a plataforma inalterada - isso até a última semana de outubro. Foi quando o senador Lindsey Graham -- republicano eleito na época em que os democratas ainda assinavam mandados de busca e apreensão por causa de folhas de planta -- descreveu a juíza candidata ao Supremo, Amy Coney Barrett, como "orgulhosamente pró-vida". O que isso significava em inglês claro é que os republicanos torcem para que sua nova juíza na Suprema Corte mande homens armados para quebrar as portas de clínicas de controle de natalidade para mulheres.(link) As eleitoras americanas entenderam isso perfeitamente.

A população mundial cresce mais de 78.000 pessoas por dia. Parte desse aumento é resultado da coação de mulheres e médicos, como na Romênia comunista durante a ditadura de Nicolae Ceausescu. A declaração de Lindsey Graham foi recebida pela imprensa democrata e socialista com gritos de alegria e logo incluída em vídeos de notícias sempre que possível. (link) (link) (link) As eleitoras americanas começaram a se preocupar com a perspectiva de serem submetidas ao torquemadismo  recentemente revogado pelas eleitoras irlandesas (e homens educados) após 35 anos de opressão.(link) A repressão do controle de natalidade no estilo republicano fora imposta quando Ronald Reagan, o Papa João Paulo e Nicolae Ceausescu se ufanavam de rejeitar a ideia de mulher ter direitos individuais. Fizeram lobby para emendar a Constituição macaqueando a Constituição da Irlanda como alterada em 1983. A quem as eleitoras poderiam recorrer? Certamente não o partido Libertário!


Richard Nixon e ditador Nicolae Ceausescu

O Supremo Tribunal em 1973 copiou a proposta de controle de natalidade do partido Libertário de 1972 logo após a contagem do primeiro voto eleitoral já lançado para uma mulher na história dos Estados Unidos. Esta foi a candidata a vice-presidente do partido Libertário Tonie Nathan. Esse voto driblou a parceria entre o Partido Comunista Romeno e o Partido Republicano Americano para a supressão dos direitos individuais.(link) O juiz Clarence Thomas, tão logo empossado, pôs-se a ajudar o Rehnquist, favorito do Nixon, a anular essa decisão libertária ganha pelas advogadas de Austin.


Investigator do assassinato de JFK
Gerald Ford com Nixon e Ceausescu

Essa proposta libertária sobreviveu os pleitos de 1974 e 1976 como "Apoiamos ainda a revogação das leis que restringem o controle voluntário da natalidade ou o direito da mulher de fazer uma escolha moral pessoal em relação à interrupção da gravidez." Só que em 1984, foi inserido o seguinte: "No entanto, também nos opomos a toda verba oriunda de impostos para abortos."(link) Essa mesma plataforma declarou "Também pedimos a revogação de todas as leis de licenciamento médico, que aumentaram os custos dos cuidados médicos criando um monopólio filhotista de médicos e hospitais." Bastou mentir sob juramento para legitimar a pseudociência que justificava as leis de proibição, para médicos, farmacêuticos e seus lobistas terem, desde 1914, privilégios de cartel e licença para fixar preços tornando os serviços médicos inacessíveis para a maioria das pessoas.(link)

Essa mesma proposta libertária de 1984 se declarou contra exigir documento de identidade de pessoas que cruzam a fronteira para os Estados Unidos. De repente, o partido Libertário num surto de anarquismo optou por ajudar os lobistas farmacêuticos e cartéis médicos financiados pelo governo a implementar as políticas dos televangelistas republicanos, em vez de defender os direitos individuais das mulheres. A reação do partido democrata aos cartéis foi propor a nacionalização da saúde no estilo soviético. Isto as eleitoras consideraram preferível à covardia libertária face ao fanatismo republicano.

Trump foi eleito em 2016 após prometer nenhuma ação penal contra mulheres que exerçam o controle da natalidade. A caracterização de Lindsey Graham da nomeada Comey, retratando-a como fanática doida para apagar as três primeiras palavras da 14ª Emenda** bastaria para garantir a derrota do Trump, pois metade dos eleitores são eleitoras. Golpe igualmente atroz desfechado contra o progresso recente no sentido de aumentar o número de votos de sangria libertários--votos que alteram as leis--foi a promessa da proposta Libertária de 2018 de importar homens-bomba e rebanhos com febre aftosa pela fronteira sem fiscalização.(link)

A ala fanática da base de poder do partido republicano agora berra que "fomos roubados" assim como os apoiadores de Nixon fizeram em 1960. Depois de o Presidente Kennedy cobrar cumprimento da decisão do Supremo eliminando a segregação racial nas escolas do governo, uma bala atravessou a sua garganta no mesmo plano horizontal formado pelos os trilhos da ferrovia curvando ao redor da Dealey Plaza em Dallas. O presidente levou um segundo tiro e morreu no Hospital Parkland no momento em que o ex-vice-presidente Richard Nixon embarcava num avião que saía de Dallas.

** As pessoas nascidas...

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