A Crise Alfandegária de 1832-33
acarretou a secessão estadual a força da lei para para repelir toda cobrança
pela receita federal das sobretaxas alfandegárias. Anulação adquiriu novo
significado, até mesmo antes de o Supremo Tribunal legalizar o apresamento e
deportação de escravos fugidos até à fronteira americana com o Canadá.
Em 1860, conservadores sulistas já falavam mal da
"anulação", agora significando a organização de cidades santuários,
que davam guarida aos escravos fugidos. As autoridades locais nortistas
trabalhavam apenas para cobrar o cumprimento das leis locais estaduais—não para
ajudar a perseguir escravos fugidos, assim designados pela odiosa legislação
federal.
Como é possível então que os professores de
história nas escolas subsidiadas dos EUA permitem a charlatãos
que convençam aos inocentes que a Guerra da Secessão foi provocada pelo
coletivismo racial? Andrew Jackson, em novo comunicado ao Congresso em janeiro de 1833, falou da efetiva
secessão da Carolina do Sul, mediante projeto de lei para proibir a alfândega
de cobrar a chamada tarifa das abominações.
Aquela legislatura estadual começou aprovando "Um ato para levar a
efeito, em parte, uma lei para anular determinados atos do Congresso dos
Estados Unidos ostentando ser leis fixando sobretaxas sobre a importação de
mercadorias estrangeiras," aprovada aprovado em Convenção deste Estado, na
capital, Colúmbia, em 24 de novembro de 1832. O próximo foi titulado
"Um ato para prover a segurança e a proteção do povo do Estado da Carolina
do Sul." A seguir aprovou "Um ato relativo ao juramento exigido pela
Lei Estadual aprovada em convenção em Colúmbia em 24 de novembro de 1832."
Tratava-se de um juramento rejeitando o poder federal a favor das leis e dos
tribunais estaduais.
Jackson explicou:
Ao tornar "transgressão qualquer das autoridades constituídas, seja dos Estados Unidos ou do estado, aplicar as leis para a cobrança das sobretaxas alfandegárias, e declarando que toda ação judicial doravante interposta para cumprimento dos contratos firmados com a finalidade de cobrar as sobretaxas instituídas pelos referidos atos são e hão de ser julgados totalmente nulos," ela de fato abrogou os tribunais judiciais dentro de seus limites a este respeito, com efeito negando o acesso dos Estados Unidos aos tribunais estabelecidos por suas próprias leis, declarando ilegal aos juízes desempenharem essas atribuições que juraram executar.
Uma alfândega federal foi transferida de Charleston para Castle Pinckney
como "precaução", não havendo
como substitir os agentes confiáveis que se demitiram por receio ou temor,
tamanha a probabilidade de um confronto armado. Jackson falou do potencial para violência militar:
... o poder de posse comitatus,
de alistar vigilantes obrigará, sob pena de multa e prisão, todo homem de 15
anos ou mais, e capaz de viajar, a responder à chamada do xerife, munido das
armas que se fizerem necessárias; podendo justificar o espancamento e até mesmo
à morte de tantos quanto resistirem. Valer-se da Posse comitatus, é
portanto uma aplicação direta da força que não pode ser interpretada senão como
de o emprego da plena força da milícia da comarca, e de forma igualmente
eficiente, sob um nome diferente.
Jackson deixou claro que as tropas federais
debelariam a insurreição a menos que o congresso, os
tribunais e o poder legislativo da Carolina agissem para afastar o perigo.
Isso eles fizeram, reduzindo a "Tarifa das abominações" que havia
suscitado a reação. Mesmo assim, toda a esperança de impedir a extorsão
tarifária "protecionista" dentro do sistema estava fadada ao insucesso
graças ao trabalho do Jackson para amenizar a situação. Semelhantes "Atos
de navegação" coloniais tornaram necessária a 1ª revolução em 1776. Esta
revolta provocou Lorde Dunmore a emitir uma proclamação de emancipação chamando os escravos às armas em
troca de liberdade muito antes de Lincoln se valer de semelhante proclamação.
As guerras do ópio, em
que a Grã-Bretanha bombardeava cidades chinesas para forçar a revogação da
proibição, pelo governo chinês, do ópio cultivado na Índia britânica levou a
novos ataques de artilharia naval em 1859. No início dessa série de guerras, em
1837, a Grã-Bretanha tinha retirado seu capital investido nos Estados Unidos
para fortalecer a sua Marinha para a guerra. A contração do capital que
resultou causou a primeira grande depressão da América. Menção dessa
ligação anglo-chinesa é até hoje considerado inconveniente e indelicado.
A China foi novamente
derrotada sendo
decretada lá uma tarifa sobre as importações de ópio. Isto lhe foi imposto em
janeiro de 1860 para pagar reparações aos seus agressores. Apesar da
neutralidade fingida, os EUA também desembarcaram forças militares na China. A
causa novamente surtira efeito. Assim, com a economia em queda, a pauta
protecionista do deputado federal Morrill logo veio sendo montada no Congresso.
O congresso a relatou em março de 1860, aprovou em 10 de maio, e em seguida,
ficou dormente.
Os sulistas reagiram e em setembro o Secretário de guerra lhes
facilitou a apreensão de arsenais e instalações federais. Após a eleição do
humilde e burocrático Lincoln e faltando ainda três meses para a
posse do novo presidente, texanos invadiram arsenais e sequestraram navios da
receita; espraiaram novas revoltas antiprotecionistas. Evasão de divisas e
aventuras no estrangeiro haviam destruído a economia, e o Secretário do tesouro
renunciou em 10 de dezembro.
Milícias da Carolina
do Sul apreenderam um forte federal, entreposto alfandegário e navios no mesmo mês de de
dezembro. Em Janeiro, faltando ainda dois meses para a posse de Lincoln, Geórgia se apoderou de dois fortes
federais e um arsenal, sequestrando em seguida um vapor. Louisiana tomou posse
do arsenal em Baton Rouge e três fortalezas enquanto Geórgia se apoderou do
arsenal em Augusta e um vapor. A Flórida em seguida se apoderou de estaleiros
navais e um arsenal.
A tarifa de Morrill
foi resuscitada, no
desespero o tesouro começou a vender notas e John Sherman fez um discurso sobre
tarifas federais, fortes e arsenais. Foi convocada uma Convenção de secessão e
nortistas esmoreceram no seu apoio às cidades santuário, revogando a garantia
da Liberdade Pessoal e decretos semelhantes. William Tecumseh Sherman calculou
o efeito de se reverter a uma tarifa de receita e não protecionista, apelidada
de "livre comércio" por Morrill e outros protecionistas:
“Veja bem, se no sul há livre comércio, como então arrecadar a receita nas cidades do leste? O frete de Nova Orleans até St. Louis, Chicago, Louisville, Cincinnati, ou mesmo Pittsburg, seria o mesmo que por via ferroviária de Nova York, e as importadoras em Nova Orleans, sem ter que pagar as sobretaxas, venderiam mais barato do que no leste se lá são obrigados a pagá-las.”
Esta was foi a causa da
Guerra da Secessão—receita
alfandegária e protecionismo para os apadrinhados.
Mansos e desarmados,
os colonos brasileiros não
tinham essas oportunidades. A escravidão imperial persistiu até o fecho do
primeiro governo de Grover Cleveland--mas nenhuma turba saqueadora ordena a
retirada de estátuas, muito menos acusa os brasileiros modernos
de coletivismo racial. Americana, a vila
confederada fundada por retirantes rebeldes inconformados, organiza pitorescos
bailes com a regalia cinza sem protestos da platéia de cor mista. TODOS os participantes
estão por aqui com os impostos lançados por políticos pilantras. São os
políticos que, com seus juízes, bloqueiam a formação do Partido Libertário. O
povo, obrigado a votar mesmo assim, dá votos em branco em números suficientes para
eleger prefeitos libertários nas maiores cidades.
Para históricos, procure um tradutor historiógrafo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário