domingo, 6 de setembro de 2020

Outras cidadanias liberadas

Portugal possui Partido Libertário, e veja a diferença!

Meus colegas que trabalham em outros idiomas afirmam que há possibilidades ali fora que não envolvem a atual cleptocracia binarista que tanto deturpa o governo americano. 

A Lei atual permite que NETOS e NETAS com, pelo menos, um avô e/ou uma avó de Portugal, possam pleitear a cidadania portuguesa de ORIGEM. Em caso de sucesso no processo, TODOS os descendentes brasileiros passam a ser portugueses de origem (não naturalizados, mas, sim, com a cidadania portuguesa plena).

Bons amigos foram pra lá e acharam bonito. Faça a comparação. Quem é pego com folhas ou extratos da planta errada nos EUA corre risco de ser baleado na hora.(link) A lavagem cerebral de lá faz crer que muita folha de planta é avatar do Satanás. Quem sobrevive o apresamento pode sofrer confisco de posses, julgamento pelos oficiais contratados pelos partidos cleptocratas e pena de reclusão em recinto cheio de loucos e assassinos. 

Em Portugal os oficiais talvez confisquem uma maloca graúda, mas não se fala em algemas, ação penal o confisco de bens ou conta bancária.(link) Portugal teve enorme progresso desde o Século 12, e até a recente ditadura fascista valeu como experiência que não querem repetir. O problema é que tem tanta gente fugindo pra lá que já falta espaço. 




É claro que os portugueses mais primitivos também têm dificuldades em reconhecer o amor egoísta pela vida como critério de valores éticos. Mas afinal, os americanos só confrontam essa percepção faz 73 anos, quando a carta da Ayn Rand explicitou a natureza da agressão numa carta ao trabalhar no décimo capítulo de A Revolta de Atlas.(link) Isso só apareceu em português (brasileiro) em 1987, mas em 33 anos os portugueses tiveram enorme progresso no caminho da liberdade.(link) Aliás, nos EUA o partido libertário anda aumentando a sua fatia do voto à taxa de 85% ao ano, com inclinação da curva igual a 50º em 2016. Segundo a equação logística, essa taxa deve acelerar até atingir 50% do voto total. 




O partido econazista, que vida substituir o velho partido comunista com visões apocalípticas em vez de convencer que fome e como de concentração são paraísos trabalhistas, ainda engana pouca gente. Pra quem tem quase nenhum apoio, qualquer aumento parece grande. Os libertário elegeram mais de 70 candidatos e conseguem 3 vezes o número de votos--e aceleram enquanto os verdes perdem eleitores. 

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Clareza orwelliana...






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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

ÉTICA FALSIFICADA

Curta o original (link)
A ÉTICA FALSIFICADA prima pela falta de especificidade, pela falta de critério, ou pela apresentação de critérios falsos, absurdos ou nocivos como se fossem algo legítimo. Um bom exemplo é o Robocop. Seus posicionamentos ou diretrizes foram formuladas pelos rabiscadores de Hollywood, gente totalmente iletrada em termos de lógica, filosofia ou qualquer noção de ética. Só que sabem pegar carona explorando as superstições, manias e temores do seu público alvo. Veja a programação do meganha mecânico:

DIRETRIZES DO ROBOCOP
1. Sirva a confiança pública.
2. Proteja os inocentes.
3. Cumpra a lei.

Praça pública é praça do governo. Essa parte já dá para entender. Só que governo é máquina de coação. Nem máquina nem meganha possui capacidade de "confiar" em nada. As quatro palavras somadas dão pura besteira.

Inocentes? Num país industrializado com enorme produção de aço e produtos farmacêuticos cuja população era 98% cristã, dividida em partes quase iguais entre católicos e protestantes, inocente em 1933 não incluía judeus. O país era Alemanha, e rapidinho esse coletivismo racial e religioso transbordou na Áustria, se uniu com a versão italiana com apoio espanhol e conquistou rapidinho o grosso da Europa. Depois de 1945 os europeus não tinham opção senão trocarem as monarquias e o nazifascismo pelo socialismo internacional.(link) Muitos nacionalsocialistas  se converteram para o partido internacionalsocialista para não responderem por crimes de guerra. Liberal para eles era e ainda é palavrão.

Cumprir a lei significava escravizar e chacinar judeus da mesma forma praticada no século 15 de Torquemada. É assim sempre que a igreja e o governo são uma coisa só. Todos esses governos tratam de proibir a produção e comércio--não a violência. Cumprir "a" lei sempre acarreta a ameaça de morte mesmo quando a lei é legítima e defende os direitos individuais.(link) Mas sempre que "a" lei agride os direitos da pessoa humana, torna-se uma máquina assassina.(link) Há exceções?

Compare a programação do Robocop com os posicionamentos do Partido Novo e repare que ali também quase nada faz sentido.(link) Eliminar estatais faz sentido, e acabar com o fundo partidário exportado pelo governo de Nixon já é proposta concreta e boa. Mas o resto apenas aglomera generalidades que todo e qualquer partido bandido jura que defende--sem compromisso nenhum. E olha que o Partido Novo é uma pérola comparada com os 32 partidos comuno-fascistas de sempre, e compete até com o voto em branco em termos de valer a pena.(link



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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Mostrando as cartas



No jogo de póquer americano é fundamental manter em segredo algumas das suas cartas. Em draw poker são cinco, que o jogador típico abre em leque. Mas se, distraído, e se estica para pegar algum salgadinho, pode abaixar sem querer o leque de forma que outro possa espiar as suas cartas, isso é tipping your hand


Os corós que invadem as folhas do maracujazeiro imitam a cor e espessura dos tentáculos da planta. Polvos e lulas mudam de cor para se confundirem com o pano de fundo e gafanhotos evoluem de forma a imitar os minérios ou folhagens do seu meio ambiente. Desta mesma forma, policiais e seus mandatários andam travestidos no meio de malandragem, compram e vendem contrabando de forma a melhor infiltrar. Assim os anarquistas comunistas se meteram a infiltrar, arremedar e contaminar o partido libertário desde 1972. Só que distraídos, eles se revelam.

Aparência engana, mas o fedor não...
Agora mesmo um americano foi condenado por espionagem na Rússia. Não sei se é verdade ou não. O importante é reconhecer que os regimes agressivos vivem numa novela constante de propaganda enganosa e infiltrações praticadas pelos vizinhos. O mesmo acontece dentro de qualquer país. Com tanto erário público ali para ser desviado, dá para duvidar que os partidos políticos componentes da cleptocracia de economia mista hesitam em se infiltrar com quinta coluna os cordões dos partidos concorrentes? 

Quando os jovens dos EUA eram raptados pelos democratas e republicanos para matar sertanejos vietnamitas, havia constante debate entre comunistas anarquistas, comunistas burocratas, fascistas religiosos e libertários psicodélicos que procuram minimizar toda e qualquer coação. Nós formamos o partido libertário em 1971. Os comunistas, como hoje, fingiam que tudo--inclusive o individualismo libertário--fora ideia deles. Confrontar esses saqueadores com pergunta inconveniente é o mesmo que tocar uma gravação, pois começam a recitar glossolalia marxista pra nenhum evangelista pentecostal conseguir interromper.(link


Ancap = infiltrador pelo comunismo = Antifa
Esses devaneios não mudaram. Hoje o Partido Libertário é tão infiltrado por néscios programados que conseguiram até nomear um infiltrado como candidato a vice--candidato que a candidata libertária principal, Jo Jorgensen, não queria. Reparem que o garoto ancapistanense não responde a perguntas. Toda e qualquer deixa ele preenche com recitações do maravilhoso porvir anarquista--nunca dos sucessos anteriores dos comunismos anarquistas jacobinos com suas bombas, facadas, assassinatos e guilhotinas. Mas o passado anarquista revela o quê?



Acontece que esse passado já é conhecido. A anarquia ganhou nome com a guerra civil da Inglaterra de 1135 a 1153, que foi uma hecatombe. O nome foi ressuscitado para descrever a Índia nas garras da Companhia das Índias, que sangrou toda a civilização indiana em 258 anos de anarquia corporativa com monopólio do ópio.(link) O Terror na França em 1893, as guerras bálcãs de 1812 a 1914, e a revolta russa de 1917--estupro, assassinato, fome, pobreza, pestilência, chacinas, hecatombes e terra-de-ninguém--todos entraram no vernáculo como exemplos de anarquia. Os comunas, como sempre, fazem cair a agulha* na manjada ladainha de que aquilo "não foi o verdadeiro" anarquismo! Pode isso? Estamos lutando para expelir esses vermes. 



(*) Som era gravado em discos de vinil antes da sua substituição por fitas cassette, CDs e meios digitais seguindo as respectivas curvas logísticas de substituição.

A fatia de participação no voto do Partido Libertário está crescendo como cresceu a fatia de participação no mercado dos CDs em 1987, veja só: 

Tivemos mais de 4M de votos na eleição federal e 19M nas regionais de 2016
A inclinação positiva de 1,2 mostra que o voto libertário está aumentando à taxa de 80% ao ano. Isso multiplica e alavanca o peso legiferante de cada voto Libertário em algo entre 6x e 20x maior do que de cada voto desperdiçado na cleptocracia. Dar voto que agrega apenas  0,00000007% é o mesmo que jogar fora um voto que poderia valer 20 vezes isso para melhorar a SUA vida (e não a de um político que quer cargo). 

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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Partido Libertário ano 2000

Veja o jornal original (link)

The Southeast Missourian, July 3, 2000, página 5 de 56 = pág. 8A
Libertários novamente nomearam Browne como candidato (AP) ANAHEIM, CALIFÓRNIA - Mais de 1000 libertários reunidos na convenção nacional do partido no domingo indicaram Harry Browne, seu candidato a presidente de 1996, para concorrer novamente em 2000.
O banqueiro de investimentos de 67 anos de Nashville, Tennessee, reconheceu que tem pouca chance de ganhar a presidência. Ele disse que espera que sua campanha revigore o que antes fora o carro-chefe dos pequenos partidos do país.“Somos o único partido político oferecendo a sua liberdade”, disse Browne. "É a mensagem política mais poderosa do mundo."Funcionários do partido Libertário se gabam de cerca de 30.000 membros sócios. O partido também se identifica como o maior movimento não binarista nos Estados Unidos.No entanto, o partido não teve o mesmo poder de figurões quanto o Partido da Reforma e o Partido Verde nos últimos anos. Browne terminou em quinto lugar em 1996, atrás do candidato do Partido Reformista Ross Perot, e do candidato do Partido Verde, Ralph Nader, conquistando menos de 1% dos votos nacionaisEle propôs um programa que eliminaria o imposto de renda, a previdência social, a repressão das drogas e a previdência social.

Competindo contra Browne estavam: Don Gorman, de Deerfield New Hampshire, um ex-legislador estadual de quatro mandatos de New Hampshire; Barry Hess, um vendedor de Phoenix, Arizona; David Hollist, motorista de ônibus fretado de Alta Loma, Califórnia; e Jacob Hornberger, presidente da Future of Freedom Foundation, um grupo de estudos em Fairfax, Virgínia. 
(link)


Dois meses antes da nossa conferência... 

Observações: Naquele julho o partido Libertário se preparava para o 8º pleito concorrendo com a cleptocracia entrincheirada. Os econazistas e os Perotistas eram fogo de palha recentemente inventado. Os econazistas preparavam-se para dividir o partido democrata com a fraude do aquecimento global falsificado.(link
Dois meses antes, em 1º de maio de 2000 deu nos jornais que Richard Scott Baumanhammers de 34 anos baleara 3 imigrantes, uma negra, um judeu e se descrevia como presidente nos planos para formar o Partido do Mercado Livre que se declararia contrário à imigração da América Latina. (link)
Resumidamente, em 28 de abril de 2000, Richard Baumhammers iniciou uma onda de crimes de duas horas nas comarcas de Allegheny e Beaver, onde atirou em seis indivíduos. O réu, que alegou que agia sob instruções do FBI para sujar o nome do seu inexistente partido do Livre Comércio, matou a tiro um vizinho judeu e ateou fogo em sua casa. A seguir dirigiu para outros locais, um restaurante chinês e uma mercearia indiana, onde atirou em cinco pessoas adicionais, todas de minorias raciais ou étnicas. Quatro dessas vítimas adicionais morreram dos ferimentos; o quinto ficou paralisado. Durante a onda de crimes, o recorrente também danificou duas sinagogas pintando suásticas e a palavra "judeu" em uma delas e atirando em ambas. (link)
O meliante era advogado de imigração, filho de imigrantes da Látvia. Condenado à morte, o criminoso continua vivo na prisão. O congresso do partido Libertário, que defende o livre comércio, é a favor dos imigrantes e contra toda espécie de agressão, ocorreu exatamente dois mêses após essas notícias nos jornais e na tevê.(link

É o tipo de coisa que só dá para estranhar. Nesse ano 2020, antes da convenção dos libertários na capital do Texas, chegou o comunavírus e crise nas bolsas com a reunião da FATF/GAFI..agora controlada pelos chineses--em Paris. Logo veio outro surto de policiais baleando pelas costas o tipo de pessoa que teria votado com orgulho no Obama em 2008 e 2012. A seguir, nos gabinetes do ódio sociais aparecem fantoches imaginando que os vídeos de estrangulamentos são falsificados e que as vítimas teriam na verdade morridas de overdose de droga chinesa. Outros imaginam uma faca na mão de garoto desarmado baleado pelas costas e os peixes-comentaristas-da-internet juram que os vídeos relevantes foram cortados e que "o verdadeiro vídeo" mostra o que eles imaginam. A reação de ente pensante é querer se distanciar mais ainda dessa cleptocracia binarista da agressão democrata-republicana, viu?


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domingo, 23 de agosto de 2020

Dois minutos de ódio

Texto de 1984 (link)


Eram quase onze horas e no Departamento de Registro, onde Winston trabalhava, já arrastavam cadeiras dos cubículos e as arrumavam no centro do salão, diante da grande teletela, preparando-se para os Dois Minutos de ódio


Winston ia ocupando seu lugar numa das filas do meio quando entraram inesperadamente na sala uma pessoa que conhecia de vista, mas com quem nunca falara. Era uma moça com quem se encontrara muitas vezes nos corredores. Não sabia como se chamava, mas sabia que trabalhava no Departamento de Ficção. Devia ter uns vinte e sete anos, e era de aparência audaciosa, com cabelo castanho e espesso, rosto liso e movimentos rápidos, atléticos. Uma estreita faixa escarlate, emblema da Liga Juvenil Anti-Sexo, dava várias voltas à sua cintura, o suficiente para realçar as curvas das ancas. 



Winston antipatizara com ela desde o primeiro momento. E sabia porquê. Eram sempre as mulheres, e principalmente as moças, os militantes mais fervorosos do Partido, os devoradores de palavras de ordem, os espiões amadores e os espículas dos desvios. Esta jovem lhe dava a impressão de ser mais perigosa que a maioria. Uma vez que se haviam cruzado no corredor, ela lhe lançara um rápido olhar de esguelha que parecia tê-lo penetrado até o imo, e o enchera de terror. Até lhe ocorrera a ideia de que talvez fosse da Polícia do Pensamento

Mais um instante, e um guincho horrendo, áspero, como de uma máquina monstruosa funcionando sem óleo, saiu da grande teletela. Era um barulho de fazer ranger os dentes e arrepiar os cabelos da nuca. O ódio começara


Link

Como de hábito, a face de Donald Trump, o Inimigo do Povo, surgira na tela. Aqui e ali houve apupos entre o público. A mulherzinha de cabelo cor de areia emitiu um uivo misto de medo e repugnância. O programa dos Dois Minutos de ódio variava de dia a dia, sem que porém Trump deixasse de ser o personagem central cotidiano. Era o traidor original, o primeiro a conspurcar a pureza do Partido. Todos os subsequentes crimes contra o Partido, todas as traições, atos de sabotagem, heresias, desvios, provinham diretamente das suas campanhas. 


Ambos partidos sujos exportam leis violentas
Winston sentiu contrair-se o diafragma. Nunca podia ver a cara do Trump sem uma dolorosa mistura de emoções. Trump lançava o costumeiro ataque peçonhento às doutrinas do Partido - um ataque tão exagerado e perverso que uma criança poderia refutá-lo, e no entanto suficientemente plausível para encher o cidadão de alarme, de receio que outras pessoas menos equilibradas o pudessem aceitar. Insultava o Big Biden, denunciava a ditadura do Partido, exigia a imediata conclusão da paz com a Eurásia, advogava a liberdade de palavra, a liberdade de imprensa, a liberdade de reunião, o dever de invadir outros países, gritava histericamente que a revolução fora traída - e tudo numa linguagem lenta, monossilábica, que era uma espécie de paródia do estilo habitual dos oradores do Partido. 

Antes do ódio se haver desenrolado por trinta segundos, metade dos presentes soltava incontroláveis exclamações de fúria. Era demais, suportar a vista daquela cara adequada e satisfeita mostrada na tela: além disso, ver ou mesmo pensar em Trump produzia automaticamente medo e raiva. O estranho, todavia, é que embora Trump fosse odiado e desprezado por todo mundo, embora todos os dias, e milhares de vezes por dia, nas tribunas, teletelas, jornais, livros, suas teorias fossem refutadas, esmagadas, ridicularizadas, apresentadas aos olhos de todos como lixo atoa... e apesar de tudo isso, sua influência nunca parecia diminuir. Havia sempre novos bocós esperando para ser seduzidos. Não se passava dia sem que confederados e racistas grosseiros, obedientes a ordens dele, não fossem desmascarados pela Polícia do Pensamento. Era comandante de um vasto exército de sombras, uma rede subterrânea de conspiradores dedicados à derrocada do Estado. Supunha-se que se chamava a Supremacia Branca. Murmurava-se também a respeito de um livro terrível, um compêndio de todas as heresias, escrito por Trump, e que circulava clandestinamente aqui e ali. Era um livro sem título. 


Leia online PDF de 'Ganhar de lavada: Win Bigly' por Scott Adams

No segundo minuto o ódio chegou ao frenesi. Os presentes pulavam nas cadeiras, e berravam a plenos pulmões, esforçando-se para abafar a voz alucinante que saía da tela. Num momento de lucidez, Winston percebeu que ele também estava gritando com os outros e batendo os calcanhares violentamente contra a travessa da cadeira. A morena atrás de Winston pusera-se a berrar "Racista! Racista! Racista!"  De repente, apanhou um pesado dicionário de Novilíngua e atirou-o à tela. O horrível dos Dois Minutos de ódio era que embora ninguém fosse obrigado a participar, era impossível deixar de se reunir aos outros. Em trinta segundos deixava de ser preciso fingir. Parecia percorrer todo o grupo, como uma corrente elétrica, um horrível êxtase de medo e vindita, um desejo de matar, de torturar, de amassar rostos com um malho, transformando o indivíduo, contra a sua vontade, num lunático a uivar e fazer caretas. 

E no entanto, a fúria que se sentia era uma emoção abstrata, não dirigida, que podia passar de um alvo a outro como a chama dum maçarico. Assim, havia momentos em que o ódio de Winston não se dirigia contra Trump mas, ao invés, contra o Big Biden, o Partido e a Polícia do Pensamento; e nesses momentos o seu coração se aproximava do solitário e ridicularizado herege da tela, o único guardião da verdade e da sanidade num mundo de mentiras. No entanto, no instante seguinte se irmanava com os circunstantes, e tudo quanto se dizia de Trump lhe parecia verdadeiro. Nesses momentos, o seu ódio secreto pelo Big Biden se transformava em adoração, e o Big Biden parecia crescer, protetor destemido e invencível, firme como uma rocha contra as pragas da Ásia, e Trump, apesar do seu isolamento, sua fraqueza e da dúvida que cercava a sua própria existência, lhe parecia um hipnotizador sinistro, capaz de destruir a estrutura da civilização pelo simples poder da voz. 


The Broomer Webcomic
Sinfest.net (link)
O ódio chegou ao clímax. No mesmo momento, porém, arrancando um fundo suspiro de alívio de todos, a figura hostil fundiu-se na fisionomia do Big Biden, de barba feita e cabelos brancos, cheio de força e de misteriosa calma, e tão vasta que tomava quase toda a tela. Ninguém ouviu o que o Big Biden disse. Eram apenas palavras de incitamento, o tipo das palavras que se pronunciam no vivo do combate, palavras que não se distinguem individualmente mas que restauram a confiança pelo fato de serem ditas. Então o rosto do Big Biden sumiu de novo e no seu lugar apareceram as três divisas do Partido, em maiúsculas, em negrito: 


SEM JUSTIÇA, SEM PAZ
VERBA ÀS COMUNIDADES COMUNAS
MATEM OS 1%
Ninguém mencionou a jovem e educada candidata do Partido Libertário, Jo Jorgensen.  Jorgensen, porém, já era uma IMPESSOA. Ela não existia: ela jamais existira, e o seu partido agora comemora 49 anos da inexistência. A sua fatia do voto atualmente crescia a 80% ao ano. Daqui a pouco até viajar seria liberado, e o alistamento e voto forçado abolidos para sempre. 
She's with Us! Libertarian candidate 2020

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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Anarco-comunismo travestido



Brasileiro que nunca na vida leu livro do Milton Friedman ou da Ayn Rand,(link) tampouco sabe diferenciar uma constante, desconhece os nomes de David Nolan, Toni Nathan e John Hospers, cai facilmente na conversa de comunista que se diz libertário. Pode isso?



Vivemos cercados de pastor bandido que diz que não é fascista e bandido coletivista que diz que não é comunista. Ambos tipos de quadrilha são subsidiados com verba alheia e voto forçado. Eles não enganam a ninguém e se reconhecem mutuamente pelo que são. Basta olhar nas charges.(link



Todo integrante dos 16 partidos-que-negam-ser comunistas desenham os outros 16 partidos com suásticas, fásces, fezes, capuzes e cruzes incendiárias. Estes por sua vez negam o fascismo mas chamam de comunistas os outros 16 partidos subsidiados. É assim em quase todo país. Mas se alguém descobrir que lá fora existe partido libertário? Isso não revelaria desigualdade?


Alucinação induzida por hipnotismo e repetição
Para despistar, os fascistas barata-de-igreja xingam os libertários de anarquistas (leia-se comunistas). Isso os comunistas confirmam com admiração por reconhecerem que an-capista (leia-se anarquista e comuna) são farinha do mesmo saco. Para cada libertário alfabetizado surge uma dúzia de peixes-comentaristas-da-internet jurando que libertário é anarquista assassino e afastando a ideia de formar partido e competir pelo voto.(link) Qual o eleitor brasileiro, já cercado por bandidos armados, que vai votar pela legalização de pilhagem e assassinato?



Afinal, já não bastam 16 partidos comunistas que querem institucionalizar o assassinato e a escravidão? Isso sem mencionar já ser forçado a votar em outros 16 partidos fascistas. Outro desses nem o Capo de Tutti Capi consegue criar!



Os americanos formaram o partido Libertário no choque entre o movimento hippie de laissez-faire e o nazifascismo agressor, genocida e escravagista do partido do Nixon. Nosso movimento hippie-liberal surgiu da fluência dos tributários de A Revolta de Atlas (Ayn Rand, 1957 link), da ficção científica de Eric Frank Russell e Robert Heinlein (Estranho numa Terra Estranha, 1961 link). Se reforçavam com as aventuras de Aldous Huxley, Timothy Leary, Henry Miller, Joseph Heller, Humphry Osmond, John F. Kennedy e Mary Meyer (link), Milton Friedman e Anna Schwartz. 


Guardas! Tirem já essas placas libertárias!
Mas os anarco-comunistas só falam do Murray Rothbard--conspiracionista desligado da roda da Ayn Rand por ser chato. E cantam louvores a Ludwig Von Mises--que defendia os nazistas como preferíveis aos comunistas na época em que covarde atribuía a esse altruísmo genocida "as melhores intenções". Nenhum desses dois explica os Crashes da bolsa e as enormes recessões do repressionismo antiliberal da lei seca. 

Fama do anarquismo nos EUA (link) e mundo (link)

Quadrilhas anarquistas tiram dinheiro de fundações abastadas que fazem tudo menos publicar plataforma, formar partido ou obrigar os partidos comuno-fascistas a competirem por votos com o ideário libertário.(link) Dá para desconfiar?


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