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domingo, 8 de dezembro de 2019

O muro da Fronteira


A revista libertária Reason não cansa de publicar artigos dizendo que existem maneiras de galgar o muro da fronteira. Esses escritores também sabem que qualquer pedra ou martelo quebra vidro, mas nem por isso estacionam o carro com a porta aberta pra facilitar.  

No número atual postaram uma tripa de tuítes sobre furar o muro. (link)

Mas afinal, cadê muro da fronteira canadense? Canadá é estado laico apesar da enorme população católica. O fanático supersticioso que tenta encostar a mão em médico ou moça grávida vai preso no mesmo instante. A cerveja é forte, folha de planta é liberada e o povo é educado e dá valor à liberdade. 

Mas já tiveram maus momentos. Antes mesmo de o Nixon se aliar com a ala KKK do partido democrata nos EUA, médicos eram presos e moças aterrorizadas no Canadá. Só que depois de o partido Libertário americano conseguir que a sua pauta fosse adotada pelo Supremo, derrubando as leis evangélicas do coletivismo racial, no Canadá foram um passo além. Revogaram toda e qualquer lei que presume interferir com o controle da natalidade. Formou-se um partido libertário canadense para garantir a permanência dessas reformas. Na Irlanda, onde existe partido libertário, a emenda xiíta pela qual a própria Constituição do país fora transformada em instrumento para infernizar a vida das mulheres finalmente foi revogada 35 anos depois. 

Era naquela idade das trevas éramos nós, americanos, que atravessávamos a fronteira canadense em busca de guarida e proteção contra o escravagismo militarista e a superstição armada travestida de ciência. Hoje entendemos que o apelo à coação--sempre a preferida dos soi disant cristãos e comunistas, republicanos e democratas, esquerda e direita--destrói a economia e traz a brutalidade da ditadura. Eu só voto no partido libertário.

No dia em que cada um dos países da América Latina tiver partido libertário--mesmo cercado por dezenas de partidos comuno-fascistas--esse muro irá pro ferro velho. Por que? Pelo mesmo motivo que não está sendo instalado neste momento no lado canadense. As pessoas pensantes acostumam com a liberdade econômica e os direitos individuais.


Basta ter partido libertário e votar nele. A própria ganância traiçoeira dos políticos apadrinhados pela cleptocracia garantem que para salvar algumas vantagens eles queimarão as leis mais nocivas como ocorre hoje nos EUA, Canadá e Irlanda. 

Descubra como o Partido Liberal dos EUA, formado em 1930, formulou a base programática que os democratas adotaram para reformar a Constituição, derrubar a Lei Seca e expulsar os republicanos do poder 



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Blog americano...








quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Antes só que mal acompanhado


Clareza brasileira

A realidade em 3D muda com o tempo e é complexa. Vale a pena simplificar com modelos e aproximações, mas mantendo a clareza e honestidade. 

Na realidade política, os totalitários e libertários entendem que a liberdade é a ausência da coação iniciada. Quanto mais uma, menos da outra, ou, das duas, uma. O libertariansmo procura converger no total (1-agressão), ou seja, quanto menos agressão, melhor. O anarquismo/comunismo e nazifascismo almejam (1-liberdade). Para simplificar essas gradientes vale substituir + ou -, a favor ou contra e resulta da proposta uma linha horizontal onde numa ponta a agressão é minimizada e na outra ela é maximizada. É assim que os intelectuais objetivistas e socialistas encaram a coisa. 

Mas o povão num entende assim. Papas e pastores, Kant e Compte convenceram que tudo é opinião, ninguém pode saber nada, e a lógica é falsa, pois se todos os homens fossem mortais, o Minino Jesus também o seria. A única generalização válida aos olhos deles é a que apaga as distinções em nome da igualdade. Mas até mesmo essa rejeição da objetividade exime eventuais distinções que lisonjeiam o altruísmo. No universo altruísta, apenas a liberdade objetiva não é admitida, nem cogitada. O diagrama de antes de 1972 fica assim



Nolan com altruísmo mas sem realidade objetiva ou LP.org
Se tudo (menos a negação da objetividade e afirmação do altruísmo) é opinião, os objetivistas e libertários estão errados e tanto vale dividir a coação ou deixá-la inteira. Altruísta só não admite é tentar minimizar a agressão ou maximizar a liberdade. O gráfico de Nolan original força quem odeia a objetividade a cometer o crime ideológico de imaginar que a liberdade seria a ausência da coação agressiva.  ISSO é crimidéia orwelliano, pois suscita questionamento que coloca em tela a definição objetiva dos direitos da pessoa individual. Foi o que o Partido Libertário fez abrindo a quarta categoria que rejeita a agressão sem se preocupar com os temores, receios, sofismas, cismas, racionalizações e desculpas esfarrapadas para ameaçar a vida alheia por causa da sua própria covardia. 

No esquema sem objetividade, a opinião altruísta dos conservadores obscurantistas anula pretensos direitos de hippies, gays, mulheres e afins de ter folhas, escolher amante e controlar a própria reprodução. Concordando com essa lógica, os altruístas da corrente anarquista/comunista afirmam que o altruísmo justifica a agressão contra os religiosos e agiotas das bolsas e bancos (que enganam otário quase sem agredir). Se duvidar explicam que os fascistas dos papas e imames são impostores, egoístas travestidos de altruísta! Isso então volta ao esquema da linha horizontal, da esquerdireita Hitler-Stalin--tudo menos o programa do partido libertário, quod erat demonstratum


Ponta direita da "linha" horizontal unidemencional. 

Rejeitando a linha horizontal admite duas linhas ortogonais que descrevem as quatro principais correntes políticas. As três correntes altruístas, conservador/fascista, progressista/socialista e totalitários-anarquistas-comuno-fascistas preferem a linha horizontal que vai de Marx e Stalin até Hitler e Jesus sem duvidar que o altruísmo justifica a agressão. Como sempre, os libertários-liberais-objetivistas estão na minoria. Pois antes minoritário que mal-acompanhado!

Mas peraí! Só as maiorias conseguem eleger políticos que por sua vez mudam as leis, verdade? 

Mentira. O imposto de renda entrou nas leis americanas sem antes constar do programa republicano ou democrata. Bastou um partido semi-comunista ganhar 9% do voto em 1892 (entrou em 1894 e foi revogado em 1895, mas voltou em 1913). O partido da Proibição conseguiu injetar Lei Seca na constituição depois de ganhar 1,4% do voto em 11 pleitos presidenciais (foi revogada em 1933). O partido libertário convenceu o supremo a liberar o aborto com menos de 4 mil votos em 1972. Milton Friedman reparou nessa alavancagem que amplia o efeito legiferante dos partidos de poucos votos. 

Em 2016 contamos 4 milhões de votos e em 2018 ganhamos 16 milhões de votos. Sempre que um fascista perde para comunista (ou vice-versa) e repara que o nosso voto foi maior que a diferença, o partido desse começa a mudar o programa e seus políticos mudam as leis. O gráfico de substituição da cleptocracia pelo libertarianismo em proporção de votos é assim: 


Basta ter partido libertário e votar nele



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