Garoto propaganda dos infiltradores anarco-comunistas--bomba e punhal |
Causas de Deportação de Comunistas e Anarquistas, Oitivas perante o Subcomitê do Comitê da Imigração e Naturalização, Câmara dos Deputados, 66º Congresso, segunda Sessão, 21 a 24 de abril de 1920 (link)
Depois de o Presidente Theodore Roosevelt ser baleado por um comunista anarquista, o congresso em 1903 aprovou uma lei proibindo a entrada de "anarquistas" de toda e qualquer estirpe de entrar no país. Essa lei foi alterada em 1907 e sofreu outra pequena modificação em proclamação do Presidente Wilson em 1913. O Wilson sofreu um AVC em setembro de 1919, o ano da charge acima. Harding foi eleito em novembro mas só empossado em março de 1920. Uma vez que o Senado rejeitou o tratado de Versalhes, os EUA continuavam em estado de guerra com a Alemanha em 1920, até celebrarem uma paz à parte. Quem acha boa ideia cair na armadilha--que os republicanos plantaram para que os eleitores imaginassem "comunista anarquista" ao ver Ancap, anarco-X ou anarquista associado à palavra Libertário--venha se familiarizar com os fatos históricos e a maneira de o povo americano encarar esse assunto.
É claro que há nesse ideário de exclusão várias doses de coletivismo, sem falta de exemplos. Chineses eram quase todos excluídos desde 1882, e o próprio Max Weber no livro de 1919 em que estreiou sua definição de governo, avançava a tese de que os católicos sofriam de uma ponofobia que pouco afetaria os protestantes. Hoje mesmo, os que reparam no fato de que os terroristas que atacaram as torres gêmeas foram maometanos sauditas, são taxados de coletivistas raciais. Os eleitores do partido republicano acham enorme falta de educação apontar que em 1991 os EUA mandaram tropas matar gente numa rixa entre ditaduras e monarquias místicas do outro lado do mundo, e acham pura coincidência que naturais daqueles desertos começaram a atacar as torres quase exatamente dois anos depois de serem invadidos pelos americanos. Mas para entender, basta entender onde andava o dinheiro.
Como no caso da invasão do Iraq, os motivos foram econômicos. Intoxicação por propaganda soviética fez o congresso interferir com a energia nuclear. Na crise de energia que resultou, esses mesmos políticos acharam bonito invadir desertos alheios para monopolizar o petróleo. A Primeira Grande Guerra tece elementos semelhantes. Proibicionistas americanos chamuscados pelo boicote chinês de 1905 impuseram regulamentos de rotulagem de drogas e viveres. Sofrendo nessa época baixas nas Ilhas Filipinas por excesso de zelo ao se intrometer na vida alheia (prática que repetiam em 1992), T. Roosevelt e William Taft pressionaram pela proibição de várias plantas. Os chineses na revolução de 1911 cobraram com afinco a proibição do ópio. Por isso acumulava na Índia britânica, na Cochin-china francesa e nos Bálcãs enorme superávit de ópio de dormideira. As guerras pelos preços e mercados começaram em 1912, resultando na Grande Guerra em 1914. Um jovem anarquista comunista forneceu pretexto e Daddy Warbucks sorriu.(link)
Industrialistas americanos vendiam armas, explosivos e viveres aos beligerantes, e quando acabou o dinheiro destes, venderam fiado, apostando na ajuda da Rússia, aliada da Sérvia, para esmagar os exércitos dos prussianos, austro-húngaros e alemães que fabricavam e vendiam opioides em concorrência com os traficantes dos Aliados. Só que o comunismo anarquista que a Alemanha exportava inspirou revolução coletivista na Rússia, que caiu fora da guerra. Se os traficantes aliados perdessem, os mercantilistas americanos perderiam o dinheiro fiado que lhes era devido.
Os diplomatas americanos acharam pretexto menos constrangedor para entrar na guerra com armas químicas e explosivas, mas o resultado foi a vitória dos que deviam contas em atraso ao Tio Sam.(link) Culparam os comunistas, e por esse motivo mais do que qualquer outro os americanos desde 1920 passaram a odiar o comunismo russo. Reconhecimento diplomático dos bolchevistas só ocorreu em 1933, um mês antes de completada a revogação completa da lei seca constitutional. Os americanos jamais irão confessar que foi assim, mas os fatos da realidade pouco se importam com esses melindres.
O que importa é que a ideologia anarquista/comunista--que já resultara em atentados, incêndios, sabotagem, greves, tiroteios e assassinatos--passou dos limites ao interferir com os lucros da exploração da guerra europeia. Os americanos trabalharam até acabar com o império soviético, e os demais regimes do gênero estão na alça da mira.
A coisa mais estúpida da qual se pode participar hoje é pedir votos em apoio a partido anarquista, comunista, socialista ou marxista nos EUA. Os democratas estão sentindo isso na carne. Quem mais prejudica o crescimento da fatia de voto Libertário são os inocentes úteis que imaginam que o anarquismo parou de ser comunista quando os republicanos em 1972-3 perderam o poder de infernizar o vida das mulheres.
Resulta que um pequeno bando de analfabetos sem partido se dizem Ancapados, arrotam besteira e fazem com que os eleitores e juízes queiram linchar todo que tem a ver com partido libertário! Não participe daquela massa de manipulação. Leia o programa original do Partido Libertário e saiba a causa da caluniosa sabotagem praticada pela oposição cleptocrata.(link) A constituição brasileira pós-Revolta de Atlas tem 10 vezes o palavrório da constituição americana de 1791.
Esse atoleiro o povo poderia secar, pois os médicos, engenheiros e cientistas já estão abandonando o país numa baita evasão de cérebros.(link) A evasão de otários volta deportada ou aprisionada por reincidência. À pessoa que entende de política não resta alternativa senão de formar partido Libertário para abolir o Fundo Eleitoral e limpar o cipoal que tomou conta da Carta Magna. Aliás, o pergaminho da Carta Magna inglesa, limitando os poderes do rei, conteve apenas 3600 palavras.(link)
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