sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Tradução Sem Calote

The Doomsday Machine
André Azevedo relata no que resta da lista Trad-Prt uma maneira de vc escolher o seu explorador depois de dar mole e levar calote:  
Resumindo, a história é a seguinte: Nos EUA, calote é renda tributáveldo caloteiro. Lá, se alguém lhe deve dinheiro e não lhe paga, eleprecisa pagar imposto de renda sobre isso.Você abre mão de receber a sua dívida através de um formulário (tem nosite) para o IRS deles, e os fiscais irão lá cobrar o IR devido.
Esse plano é cópia da Máquina do Juízo Final analisado pelo Dr Fantástico no filme "Dr Strangelove" da Guerra Fria de 1964. Lá, eventual ataque aos russos dispararia uma enorme bomba geradora de pó radiativo que destrói toda a vida no planeta. Isso para a União Soviética seria "ganhar." Na versão do André, que não passa de blefe, os seus vencimentos seriam doados para os meganhas da Receita americana, se é que existe esse formulário--que não encontrei nas 23.000 palavras do formulário 908. A estratégia é a tradução brasileira de "cutting off your nose to spite your face."

Existe um atalho para recuperar de calote registrando direitos autorais ao documento usando o Form TX (que hoje custa uns U$80) da Library of Congress. "Work for hire" implica em pagamento, logo, trabalho por calote já não é mais work for hire e você, o autor da tradução, registra os direitos, impede a utilização, e cobra a mais o custo do copyright.

Muito melhor é nunca levar calote. A primeira regra é não assinar bobagem. "Contrato" sem a assinatura da agência, "termo de sigilo" de quatro folhas, ouriçado de incumbências que nada têm a ver, oferta em que você não recebe sinal, cláusulas de penalidade segundo as quais você não receberia, ou sofreria descontos, ou assume responsabilidade onerosa que caberia a terceiros... Tentei corrigir essas armadilhas, mas a regra prática que surgiu disso é: corrigir contrato alheio é perda de tempo--mesmo se você só corrigiu evidentes erros gramaticais e de soletração. De umas vinte que corrigi, nenhuma rendeu trabalho.

Vinte anos atrás fiz a minha carta de proposta e termo de sigilo. Essas alternativas funcionaram perfeitamente com bancas de advocacia e empresas de petróleo, universidades... enfim, com quase todos que me contratam. Tem gente que faz contrato justo e bonito, que dá até alegria assinar. Mas se eu achar algum defeito em algum contrato que me é apresentado, em vez de dizer não, ofereço a minha proposta para eles assinarem como terceira opção.

Essa carta com duas assinaturas qualquer county clerk reconhece como vinculante. Vc pede o small claims form, preenche, junta cheque para custas em juízo e uma motion to appear telephonically. Uma foto dessa aparelhagem não é blefe e dá resultado para você. Só não é cômodo em New York State, pois os tribunais de lá nem sempre aceitam participação pelo telefone.

Estou disponibilizando esse modelo de contrato em inglês aos colegas que comprovarem que compraram o meu livro explicando o Crash de 1929 e a crise econômica que seguiu--em inglês ou português. É uma espécie de brinde que ofereço por tempo limitado. Explico mais detalhes no meu blog americano.(link)


Compre este livro na Amazon

Na Amazon:  A Lei Seca e o Crash. Todo brasileiro entende rapidinho o mecanismo desta crise financeira de 1929. Com isso dá para entender as de 1893, 1907, 1987, 2008 e os Flash Crashes de 2010 e 2015. (link)


Blog americano...







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