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sábado, 27 de julho de 2019

Lavagem de dinheiro




O barômetro mais útil para aviso prévio de crise econômica é assinar à busca de "laundering" no Google. Quanto mais aparece, menos espera até a chegada da nova crise. As ocorrências foram de meia-duzia por ano para igual número por semana antes de os fanáticos do governo Bush anunciarem que "o mercado parou de funcionar".  Agorinha mesmo estão definindo assim: 


A lavagem de dinheiro (“money laundering” ou “blanchiment d'argent”) consiste na prática de ocultar ou dissimular a origem, movimentação, propriedade, natureza, disposição e localização de bens, direitos e valores provenientes de infração penal, nos termos do artigo 1º, caput, da Lei Federal 9.613/1998.

Pergunte a si mesmo se isso aí não é exatamente o que o governo faz com cada tostão arrancado à mão armada do couro do "contribuinte"...



Tente descobrir o que os políticos, burocratas e meganhas fizeram com o dinheiro que tomaram de você, e a definição se comprova--pelo menos no sentido oficial. Qualquer pessoa honesta sabe que exigir dinheiro sob ameaça é infração do código de ética, mas não do código penal parasitário. O jornalista HL Mencken explicou: 


O homem inteligente quando paga os impostos do governo, não acredita estar fazendo um investimento prudente e produtivo; ao contrário, sente que está sendo multado em nome de uma série de serviços que, em sua maior parte, lhe são inúteis e, às vezes, até prejudiciais. Pode estar convencido de que, digamos, uma força policial seja necessária para proteger a sua vida e a sua propriedade, e que um exército e uma marinha o resguardam de ser reduzido à escravidão por eventual ditador estrangeiro, mas, mesmo assim, ele vê essas coisas como caras e extravagantes--pior ainda, vê no mais essencial desses serviços um meio mais fácil inventado pelos exploradores que constituem o governo para continuar a enfiar a mão no seu bolso. Nesses predadores em si, ele não tem a menor confiança...
A única vantagem da importação desse veneno desde o programa comunista de 1848 para dentro dos governos saqueadores modernos é que a faca--assim como as modernas armas nucleares--tem dois gumes. Foram-se os tempos em que o caudilho, doge, presidente, imam ou generalíssimo na sua cadeira de couro mandava escravo morrer atacando outros escravos em países distantes--sem medo de ele mesmo de repente se ver no interior de um forno de microondas nucleares. 

Naquela mesma época o político, lobista ou burocrata mandava seus meganhas arrombar portas, matar vigias e ensacar o alheio sem dó, piedade ou medo. Hoje olheiros com celulares obtendo fotos ou gravações desconcertantes desalojam esses parasitas dos cargos com a ajuda da cobiça e ambição dos seus pares. 

De repente só se fala em vazamentos, hacker, e o santo sigilo das transferências bancárias para acompanhantes, traficantes ou comissão por parte das pessoas que fazem parte da engrenagem duma máquina de coação. Hoje mesmo pipocou que o filho do novo caudilho está sendo acuado por hienas sob pretexto de hipocrisia tinante em vez de altruísmo pusilânime, como obriga o figurino.

Afinal, do ponto de vista do predador ou parasita, qualquer ato de se coçar para desalojá-los configura agressão, crime penal. Imagino que para piolhos, pulgas ou carrapatos, a lavagem com detergente para derrubá-los do corpo e da roupa é nítido ato de genocídio com armas químicas



Para entender as conexões entre o parasitismo armado e o colapso econômico, nada como A Lei Seca e O Crash, agora em formato Kindle do Amazon. Até com celular você dá um jeito...

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Unidades para expatriotas



George Orwell contrastava a maneira inglesa de medir com o que se utilizava de dimensões na Europa. No começo do romance cujo título inicial foi "O último homem da Europa", Orwell abre "1984" provocando dissonância cognitiva nos leitores ingleses. 


Era um dia frio e ensolarado de abril, e os relógios batiam treze horas.

Noutra cena, O velho proletário num boteco da vizinhança reclama do tamanho da caneca métrica de cerveja--isso na tradução exemplar de Wilson Velloso: 

--Meio litro não chega. Não satisfais.

A diferença entre quartas de galão (ou 2 pintas inglesas ou americanas) e litros dá meros 3% a 5%, quantia tão pífia que--para efeitos de interpretação--dá para ignorar. No romance de Orwell, o ancião londrino se sentia desfalcado em 60 mililitros, ou dois goles de cerveja, por caneca. 

A proporção entre milhas e quilômetros é tão próxima à proporção de Fibonacci que o intérprete pode considerá-la como isso mesmo e se valer das sua peculiaridades aritméticas correspondentes. Para decorar, à raiz quadrada de 5 você soma um e divide o resultado por dois. Isso dá aproximadamente 1,62. O inverso disso é o mesmo número menos 1. Assim uma milha é 1,62 km e um quilômetro dá 0,62 milhas. Mamão com açúcar.

Metros quadrados também dão para simplificar, pois cada um desses dá quase 11 pés quadrados--faltando apenas 2%, ou uma parte em 50. Essa é uma área que você cobre com a mão aberta.  Assim, mil metros quadrados dá algo como 11.000 pés quadrados (multiplicar por onze é moleza). E para converter 3 mil pés quadrados você tira um zero e diminui em 10%. Isso daria 300 menos 30 ou 270 metros quadrados. O número mais exato é 279, mas essa diferença--calculada no contexto de uma interpretação simultânea--é irrisória. A conversão se resume em mudar o decimal uma casa à esquerda ou direita e somando ou diminuindo correspondentes 10%.

Nas discussões de calor, frio e temperatura, para cada mudança de nove graus na escala termométrica Farenheit o correspondente na escala Célsius ou em graus centígrados é de cinco graus. Isso dividindo o número de ºF entre gelo e agua fervendo (212-32º) pelo número de ºC entre essas mesmas temperaturas (100º). Pode conferir. 

Na prática, em vez de tentar manipular uma fórmula chata o intérprete decora alguns equivalentes. 
Conforto: 72ºF vai direto pela mnemônica de escrever sete vezes o nº 2, e inserir o decimal. Assim: 72ºF = 22,22222ºC. Ou seja, 22ºC=72ºF
Calor: 40ºC é 105ºF
Frescor: 16ºC = 61ºF (outra mnemônica conveniente e simples de decorar)
Gelo a zero ºC é 32ºF, e água fervendo a 100

Se um canadense se sente confortável a 72°F mas fica suando aos 90°F (18°F, ou dois noves mais quente), isso equivale a se deliciar nos 22°C  versus suar feito porco aos 33°C (dois cincos mais quente).

No frio extremo, vale lembrar que -40ºC = -40ºF

E no calor extremo, falando de estrelas etc. todos usam graus Célsius ou Kelvin, sem necessidade de converter. 

Esses macetes também servem para dispensar chatos com desenvoltura. Sempre que um econazista te abordar com previsões apocalípticas de aquecimento global, basta perguntar quantos graus Célsius equivalem a 81ºF, ou qual é a definição de energia em termos das suas unidades de medida. 





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E para entender o mundo em que George Orwell era um jovem escritor ex-policial, leia A Lei Seca e O Crash em formato Kindle da Amazon. Pelo preço duma cerveja, até com celular você dá um jeito.