Mostrando postagens com marcador opção. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador opção. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Lysander Spooner, fascículo 4

Veja as aventuras do Spooner nas tiras da revista Reason (link)

 O fato de se exercer o voto, muitos afirmam, é prova da aceitação dos impostos e imposições afins.  Spooner questionou essa presunção. (Continuação…)

Portanto a votação do indivíduo sob o regime da Constituição dos Estados Unidos não se deve tomar por evidência de que este já aceitou a Constituição por livre vontade, mesmo que provisoriamente. E consequentemente não dispomos de prova alguma de que grande fatia dos atuais eleitores dos Estados Unidos realmente aceitam, por arbítrio, a Constituição mesmo que provisoriamente. E nem haveremos de ter a tal prova até que todo homem esteja em plena liberdade para consentir ou não sem expor a si e a sua propriedade a injúria ou importunação.

Posto que não há como obtermos conhecimento jurídico de quem opta por votar e quem o faz por imposição, não há como obtermos conhecimento jurídico a respeito de pessoa alguma, de que teria votado por livre e espontânea vontade; ou, consequentemente, tampouco que, pelo voto, deu consentimento a ou se comprometeu a apoiar o governo. Na forma da lei, portanto, o ato de votar é totalmente deficiente na questão de comprometer pessoa alguma a prestar apoio ao governo. Não prova de jeito nenhum que o governo tenha alicerce no apoio de quem quer que seja. Com base nos princípios gerais do direito e da razão, não se pode afirmar que existam partidários voluntários do governo, a não ser que se possa demonstrar com clareza exatamente quais os que o apoiam por livre e espontânea vontade.

  1. Uma vez que a tributação é lançada compulsoriamente sobre todos, quer votem, quer não, grande proporção dos que votam decerto o fazem para impedir que seu dinheiro seja utilizado para prejudicá-los; pois, se absteriam alegremente da votação se assim pudessem se ver livres apenas da tributação, sem falar em se livrarem de todas as demais usurpações e tiranias do governo. Tomar a propriedade do indivíduo sem o seu consentimento, para depois presumir seu consentimento ‑‑por ter ele esperneado, mediante a votação, para impedir que seus bens fossem utilizados de forma lesiva aos seus interesses‑‑, é uma prova muito deficiente de consentimento em apoiar a Constituição. Na verdade não constitui prova alguma. E já que não temos conhecimento jurídico quanto às identidades das pessoas, se é que existem algumas, dispostas a serem taxadas pelo sufrágio, não temos como descobrir que este ou aquele indivíduo consente em ser cobrado por causa do sufrágio; ou, por conseguinte, que consente em apoiar a Constituição.
  2. Em quase todas as eleições, lançam-se votos para vários candidatos ao mesmo posto. Aos que votaram pelos candidatos que perderam não se pode atribuir que votaram pela Constituição. Seria mais válido supor que votassem, não para apoiar a Constituição, mas exatamente para se opor à tirania que esperam que o candidato vencedor há de praticar sobre eles sob a bandeira da mesma, podendo-se supor, com muita razão, terem eles votado contra a própria Constituição. Esta suposição seria a mais razoável justamente porque a tal votação é a única via que lhes é permitida para manifestar sua oposição à Constituição.
  3. São dados muitos votos a candidatos que não têm perspectiva alguma de se saírem bem. Dos que lançam esses votos, é válido supor que votaram conforme fizeram não em apoio, mas sim para obstruir a execução da Constituição; e portanto, contra a mesma.
  4. Posto que todos os votos são dados em segredo, (por voto secreto), não há como descobrir, apenas pelos votos, quem vota a favor e quem vota contra a Constituição. A votação, portanto, não proporciona evidência jurídica alguma de que essa ou aquela pessoa apoie à Constituição. E quando não pode existir evidência jurídica alguma de que determinado indivíduo apoia a Constituição, não se pode dizer, na forma da lei, que há quem a apoie. É evidentemente impossível que se tenha prova legal das intenções de grande número de homens enquanto não há prova legítima das intenções de nenhuma pessoa específica dentre eles.
  5. Inexistindo prova legítima das intenções com as quais a pessoa vota, resta-nos apenas fazer suposições a respeito. Como conjetura, seria provável que grande proporção dos que votam a faz pelo seguinte princípio, viz., que se, pelo voto, pudessem eles colher em suas mãos (ou nas de seus amigos) as rédeas do poder, e utilizá-lo contra os seus adversários, ficariam então dispostos a apoiar a Constituição; mas se coubesse aos seus adversários deter o poder e utilizá-lo contra eles, então não teriam disposição alguma a apoiar a Constituição.

Resumindo, o apoio voluntário dos indivíduos à Constituição sem dúvida depende, na maioria dos casos, na questão de poderem eles, através da Constituição, se tornarem feitores ou virarem escravos.

Consentimento tão contingente assim seria, no direito e na razão, consentimento nenhum.

  1. Uma vez que cada um que, pelo voto, apoia a Constituição (existindo algum) o faz em segredo (pelo voto secreto) e de maneira a se esquivar de toda responsabilidade pelos atos praticados por seus agentes ou representantes, não se pode dizer, no direito ou na razão que há pessoa sequer que apoie a Constituição ao votar. De ninguém se pode dizer, com juízo ou de forma legal, que consente ou presta apoio à Constituição, a menos que o faça abertamente, de forma a se responsabilizar pessoalmente pelas ações de seus agentes, desde que estes, ao agirem, respeitem os limites do poder que por aquele é-lhes atribuído.
  2. Uma vez que toda a votação é secreta (pelo voto secreto), é lógico que todo governo secreto não passa de um bando secreto de assaltantes, tiranos e assassinos, cujo intento é de roubar, escravizar e, conforme necessário para seus fins, assassinar o resto do povo. O simples fato da existência de tal bando não conduz de forma alguma à conclusão de que “o povo dos Estados Unidos,” ou qualquer um dentre eles, apoie a Constituição por vontade própria.
    (continua…)­⁦     
        

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Ultrapassando o Brasil


Assista o vídeo que menciona a Ayn Rand em espanhol

Os retirantes esmolambados da América Central podem não entender muita coisa, mas percebem com nitidez que algo está errado quando as repúblicas bananeiras do século 19 persistem em pleno século 21. Persistem, aliás, sem tanta diferença assim das colônias bananeiras da era das monarquias ordenadas por Deus.

Comunista em 1848 achava bonito mandar meganha confiscar seus bens pelo "pesado imposto de renda progressivo ou alavancado". Hoje o saqueador que apregoa esse mesmo tipo de assalto se esconde atrás de eufemismos tipo da "esquerda", da "direita", "progressivo", "conscientizado" ou até mesmo "anarquista". Os métodos e objetivos do comunismo persistem, só que mascarados com nomes de fantasia. Falta nisso a coragem e honestidade do bandido assaltante que pelo menos assume a responsabilidade pelos seus próprios assaltos e assassínios em benefício próprio.



E hoje o chargista que não sabe desenhar inventa declarar que o nacional socialismo da Alemanha nazista não é e nunca foi socialismo. Como os jornalistas da Europa e das Américas teriam ficado maravilhados com tal denúncia! O manifesto trabalhista socialista de Hitler apareceu em 1920 e a União Soviética se formou em 1922. Nas duas décadas entre esse manifesto do Partido Trabalhista Nacional Socialista da Alemanha e o desmoronamento do pacto entre Hitler e Stalin para dividir a Polônia, cadê o jornalista que sabia dessa verdade revelada apenas em 2016? Procure nos jornais da época entre as duas Grandes Guerras! Até as pedras entendiam que o fascismo nada mais é do que socialismo religioso.



Tirando a Venezuela (corrompida pelo movimento anticientífico contra a energia nuclear) e Bolívia (corrompida pelo proibicionismo supersticioso da corrente cristianofascista), o resto da América Latina entende a diferença entre o mercantilismo escravagista seiscentista e a revanche laissez-faire dos partidos libertários (proibidos na Bolívia, Venezuela e Brasil).

Já nos Estados Unidos faz 48 anos que caiu a ficha que resultou na formação do Partido Libertário. Seus 4 milhões de votos a favor dos direitos individuais superaram a diferença entre o conservadorismo religioso republicano (herdado do nazifascismo) e o socialismo anti-industrial (herdado do comunismo). O programa libertário de 1972 defendeu o direito da mulher ao controle individual da natalidade. O Supremo concordou, derrubando as leis dos Dixiecrats do coletivismo racial--tudo isso resultado de menos de 4000 votos libertários. Hoje são 4 milhões de votos libertários.


Crescimento percentual do voto libertário em curva logística

Antes eram os comunistas e fascistas que mudavam as leis pela sangria dos votos entre os partidos da Cleptocracia entrincheirada americana. Durante os últimos 45 anos quem anda mudando as leis dos EUA são os eleitores do Partido Libertário, cujo objetivo é defender os direitos da pessoa humana sem lançar mão da agressão. Muito melhor assim, já reparou? 


Nitidez na tradução
Visite o meu blog americano 




quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Votos que mudam as leis



Toda conclusão pela lógica dedutiva começa com premissas estabelecidas pelos processos da lógica indutiva. Jimi morre, Janis morre, Jim morre, sem exceções, logo todos nós somos mortais. Essa premissa só é validada pela observação de que não há exceções. 

Agora a pergunta é: os votos dados aos programas dos pequenos partidos em fase de crescimento mudam as leis ou são votos desperdiçados

Em 1892 um pequeno partido da corrente saqueadora propunha que fosse lei o ponto 2 do programa do partido comunista--um imposto de renda progressivo, isto é, proporcionalmente alavancado. O partido ganhou 9% do voto popular e 22 votos eleitorais de 5 estados (votando como unidades federais). Os debates logo começaram e a economia desabou enquanto o projeto de lei vinha sendo incorporado na lei alfandegária. Só houve recuperação depois de o Supremo derrubar esse IR como inconstitucional em 1895. Mesmo assim demorou. 

Com um milhão de votos o pequeno partido que conseguiu eleger apenas 3 deputados federais injetou seu imposto comunista na lei federal. O partido populista ganhou o que quis como se esse milhão de votos fosse 50% do total de votos dos três partidos. 

Ou seja, o poder legiferante dos 9% de votos de sangria ganhos pelo Partido do Povo foi como se esses partidários do imposto de renda tivessem derrotado os outros dois partidos. Nenhum desses outros dois partidos tinha proposta de IR na sua plataforma de governo. Pelo resultado dá pra ver que cada voto desses 9% teve o peso legiferante de 6 votos no sistema da cleptocracia partidária que legisla nos EUA. Seis vezes 9% dá 54% do voto popular, total que dificilmente perderia nos votos eleitorais dados pelos Estados.

Seu voto libertário (nos EUA) valerá por bem mais do que seis votos desperdiçados na cleptocracia. O Partido Libertário com 4 mil votos ganhos em 1972 derrubou as leis que proibiam as mulheres de controlar a sua própria reprodução. Isso por decisão do Supremo de usar a nossa proposta como sentença do painel que protegeu o direito ao aborto. Hoje temos mil vezes mais: 4 milhões de votos--o equivalente ao estado de Virginia inteirinho. Esses 4 milhões de votos libertários mudaram os resultados da votação em 11 estados. A coragem e a integridade dão um valioso exemplo aos que vacilam ante a defesa da liberdade. Os que se esforçam pela coação e violência também não vacilam nem descansam. 
O perigo é de a cultura de meganhas se arraigar
Hoje, 800 candidatos libertários concorrem nas eleições nacionais, de forma que os eleitores agora podem escapar da falsa dicotomia entre o nacionalsocialismo da "direita" religiosa e o socialismo laico das demais correntes saqueadoras. Seu voto--ou sua doação como portador de visto de permanência--terá, como sempre teve no passado, muito mais efeito legiferante se apostar no crescente LIBertarian Party. O partido libertário tem a idade que o Presidente Kennedy teve quando foi morto por no mínimo dois assassinos.
Nossos 4000 votos em 1972 hoje são 4 milhões
Veja a lista dos nossos candidatos dispostos a proteger os direitos das mulheres, acabar com a proibição das folhas de planta e tirar das costas do povo o IR do partido comunista e os confiscos e regulamentos que ferem os direitos da pessoa individual. Conosco você pode eliminar as leis injustas. 

No Brasil o Partido Novo por enquanto não defende os direitos individuais que seriam defendidos pelo inexistente Partido Libertário Brasileiro. Permitiria continuar o linchamento de médicos para forçar as mulheres a reproduzir a contragosto como na Romênia comunista. É igualmente neutro quanto à atual formação de quadrilhas políticas para proibir folhas de plantas. Essa coação gera receita de propina e corrupção e enche as prisões e cemitérios de jovens. O email do Partido Novo não funciona. Mesmo assim parece superior aos demais partidos brasileiros--for what it's worth.

Precisando de traduções para visto de permanência ou cidadania, entre em contato com os tradutores credenciados.

Para entender a Grande Depressão dos EUA--basta ler. 

Compre este livro na Amazon

Na Amazon:  A Lei Seca e o Crash. Todo brasileiro entende rapidinho o mecanismo desta crise financeira de 1929. Com isso dá para entender as de 1893, 1907, 1987, 2008 e os Flash Crashes de 2010 e 2015.


Blog americano... Libertariantranslator dotcom