quinta-feira, 13 de julho de 2017

Estufamento dos cientistas

Eis a relação de todos os cientistas que participaram da 5ª rodada do Relatório de Avaliação do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) e ainda dizem acreditar que a civilização humana aumentou a temperatura em quase um grau Celsius. Os profetas do Apocalipse juram que 97% dos cientistas confirmam que a humanidade é a praga terrestre que nesse momento está derretendo os polos, afogando continentes, assando pinguins e exterminando os ursos polares. 


Os "97%" na verdade são 18 pessoas, a saber: 

Kabumbwe Hansingo
Rachid Sebbari
Suman Jain
Krishna-Mirle Achutarao
Robert Vautard
Peter Stott
Myles Allen
Nathan Gillett
David Gutzler
Nathaniel Bindoff
Gabriele Hegerl
Yongyun Hu
Igor Mohkov
James Overland
Judith Perlwitz
Xuebin Zhang
Judit Bartholy
Tetsuzo Yasunari

Essa é a lista completa dos chamados cientistas participantes do Grupo de Trabalho 1 do Relatório de Avaliação AR5 do IPCC, dizendo ser verdadeiras as profecias feitas pelos modelos. Essas profecias na verdade são produto programas de computador rodando dados alterados. Três dessas pessoas ainda são estudantes. A lista dos 31.487 cientistas do contra está aqui. A ciência se orgulha de reparar que esses 18 fingidores são meros 0.06% comparados com o total de cientistas formados que assinaram a sua manifestação. Mais de 99% sabem que o planeta muda de temperatura com ou sem a humanidade. 

Existe em português um resumo do Sumário Executivo redigido em 2014. Essa versão não contém um gráfico sequer de temperaturas medidas por termômetros. De fato, o original não inclui nenhum gráfico de temperaturas gravadas e observadas. Existe gráfico tendencioso, abaixo, que está marcado com imagem de termômetro. Mas o que diz mostrar no dístico seriam mudanças de temperatura, e não graus Célsius ou Farenheit. Essa mentira de confundir derivada falsa com dados verdadeiros aparece na página 13 da versão em inglês e na pág. 20 da tradução brasileira. 




São mentiras com mutações e equívocos na fonte. Por exemplo, este gráfico abaixo, que qualquer um pode produzir hoje de dados acessíveis, mostra as temperaturas para apenas os termômetros oficiais que funcionavam em 1900 e 2016. Salta aos olhos que a temperatura nua e crua, na linha de tendência, vem caindo e não aumentando!



Neste intervalo os dados inalterados mostram resfriamento global. São dados empíricos que não aparecem no relatório original ou na tradução. 

Como saber se os burocratas travestidos de cientista que infiltram a NASA mentem? basta comparar seus próprios gráficos com os gráficos eles mesmos prepararam quando Gore, do partido Democrata-Verde, perdeu a eleição em Dezembro de 2000. 


São as mesmas temperaturas cobrindo o mesmo intervalo de tempo--só que pintadas com a mão da burocracia em épocas eleitorais diferentes. Vale notar que toda essa variação cabe dentro de 1ºC. Você alguma vez já viu dois termômetros medirem com precisão dentro do intervalo de um grau Célsius?  O famoso candidato Nader ajudou o PV a derrotar o partido Democrata, e este então esverdeou o seu programa em vez de apelar para a legalização de plantas em defesa dos direitos da pessoa humana. 

Para traduzir objetivamente este tipo de informação, o que mais ajuda é a objetividade nas comparações. Nós sabemos traduzir a matéria produzida pelas duas hostes opostas.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Valores abatumados

A riqueza, afinal é fixa? estática? imutável? Caso contrário ela poderia aumentar e diminuir, como a temperatura. Que tipo de ideologia é compatível com cada alternativa?


imagem afanada

Segundo o altruísmo, o certo é você deixar a sua criança morrer para doar o leite para o filho do vizinho... ou melhor, de gente que você nem conhece. Melhor do que isso só se você der esse leite para a criatura que você mais detesta. Ali o que vale é a abnegação, o sacrifício dos seus valores, a coletividade, a manada, a turba alheia, esmolambada e supersticiosa. Aumentar a oferta de leite é absolutamente impensável, pois se fosse essa a solução, para que impostos? de onde viriam os cargos onde parasita cobra para fingir contribuir? para que serviria o número crescente de mendigos e pedintes? Em Altrúria a oferta só aumenta se um fantasma se manifesta para revogar a biologia, fazer multiplicar peixinhos e pães do nada e distribuir de graça às multidões--ou se chover alimento no deserto.


No esquema do individualismo, cada um faz jus ao que merece. O importante é reconhecer que agir é correto--mas sem interferência violenta com o esforço do próximo. É dessa regra ética que surge o direito da pessoa humana de agir em benefício próprio. Nada impede que você aja em benefício alheio, se assim desejar. Impede apenas que seja coagido pela violência ou ameaça de morte. O cultivo de horta, a domesticação de plantas e bichos que reproduzem--tudo isso aumenta a oferta de riqueza. Basta olhar para entender.

As leis e os contratos não são traduzidas com tamanha clareza e facilidade, mesmo assim, os tradutores se empenham nesse sentido.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Brado Libertário, 1931

Na comemoração da independência em 1931 os americanos entenderam perfeitamente que o lodaçal da crise econômica resultava da interferência parasitária da cleptocracia bipartidária que assolava o país. Para escapar da crise, só a revogação da lei seca, um basta na interferência governamental, menos leis, menos impostos, e chega de corrupção. 

Pelo menos lá existe partido libertário com justamente esse programa. Demorou, mas o partido libertário dos EUA comemora 45 anos de idade, 86 anos depois dessa crise medonha de colapso econômico provocado pela lei seca e os confiscos dos cobradores de impostos. Essa charge é do Chicago Tribune de 5 de julho de 1931. Ma mesma edição aparece outro efeito colateral do proibicionismo que a superstição suscitou no país...
vote libertario


De vez em quando fazemos traduções de cunho econômico e financeiro. Necessitando, entre em contato. 

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Da crise de 1894

 
Irrompeu pavorosa crise em agosto de 1894. Por que? 
Segundo os coriféus americanos, foi tudo por causa da lei que permitia aos mineradores cunhar prata em moeda tinante nas casas da moeda dos EUA sem pagar taxa. O preço da prata era assim fixado pelo governo, pois as moedas eram de dólares ou fracionais. Mas a oferta crescia muito mais do que a oferta de ouro, gerando enorme tensão monetária. Mas quem defendia essa inflação prateada? 

Os grandes mineradores papavam de colher a nata dessa crise, e subsidiavam as campanhas e candidatos dos partidos que copiavam da cartilha de Karl Marx, logo, abraçavam a inflação. Resultado: os saqueadores altruistas abocanharam 9% do voto na eleição de 1892!  Num pleito em que dois partidos entrincheirados dividem uns 97% do voto, se 9% aparecem na colunas de um terceiro partido, com agenda diferente, pelo menos um dos partidos-baleia adotará alguma posição do projeto de governo do partido lambari. (Lá não existem as coligações de 33 partidos que conduziram a Alemanha para o nazifascismo socialista). 

O Candidato democrata foi o ex-presidente Grover Cleveland, que perdeu na eleição anterior para o fanático proibicionista que em abril de 1890 mandou a soldadesca matar tantos floridianos quanto desobedeciam a sua vontade. Seu proibicionismo se traduziu em interferência na alfândega--fonte da receita da nação--e fortaleceu a influência de outros xiítas da lei seca como o ku-klux klã. O povo queria de volta o afável Cleveland, que enxugava os gastos públicos e era contra os impostos. Mas os socialistas de William Jennings Bryan, outro fanático religioso, urravam pela inflação com moeda de prata e um imposto de renda copiado do manifesto comunista.  Sindicalistas armavam greves com planos de se valer da agressão para impedir a contratação de fura-greves.

A exclusão nacional da raça chinesa continuava, e cobrava-se nova versão da lei anti-imigrante. E ao mesmo tempo o projeto francês do Canal de Panamá falia por falta de engenharia e excesso de febre amarela. Harrison lançou mão de fazer inspeção ríspida da importação do ópio para detectar a fartura de contrabando da Índia que descia pelas ferrovias do Canadá. E no meio dessas crises, um bando de aventureiros derrubava o governo da rainha do Havaí no intuito de assimilar aquele reino independente. O presidente, eleito em novembro, fora diagnosticado com câncer oral antes da sua posse em março. A economia já ruia antes mesmo da sua posse. 

Depois da posse, saiu socialista, comunista e sindicalista de todos os cantos fazendo greve e cobrando o IR de Karl Marx. A fábrica Pullman de vagão-leito, precursor do atual jatinho executivo, foi cena de violência armada antes da chegada de tropas federais. O IR que o congresso adotou provocou colapso bancário generalizado, pois transformou os bancos em armadilha de confisco até a Suprema Corte anular para salvar a economia do país. Esse foi o efeito de um pequeno terceiro partido (no caso, saqueador) ganhar 9% do voto nas eleições. Esses 9% tiveram o efeito legiferante de bem mais de 51%. Se ganhar é mudar as leis, cada voto desses valeu seis votos desperdiçados nos candidatos da cleptocracia. Veja os resultados..



Hoje os saqueadores e econazistas já queimaram o filme nos EUA. O povo, no desespero, preferiu até o atual governo, embora supersticioso e xenófobo, a mais um bando proibicionista de amigos do alheio querendo fechar as usinas elétricas do país. A lição nisso é que quem quer proteger a juventude--contra os meganhas do proibicionismo, dos confiscos, da crise econômica, dos apagões ou das deportações--devia investir o seu voto no programa do partido libertário nos EUA, e assinar pela formação de partido semelhante no Brasil. 

E por falar em deportações, na condição de intérprete que trabalha desde 1998 nos tribunais federais americanos entendo bem como traduzir documentos para escolas e imigração. Confira no meu site americano ou brasileiro







quinta-feira, 22 de junho de 2017

Linear? ou relevante? Das duas, qual?

Quatro alternativas
Imagine duas chaves num interruptor de luz. Com as duas ligadas, acendem-se duas lâmpadas. Com as duas apagadas, nenhuma é acesa. Se só uma funciona, restam apenas duas possibilidades. 

Este é o nível do ideário da Rede Globo, da Folha de São Paulo, do New York Times, o Manchester Guardian ou mesmo Pravda. Para eles existe uma linha reta de uma só dimensão: distância do zero. Zero é o que chamam de isentão: posição aquele que não quer ajudar os comunistas a confiscar a sua conta bancária nem ajudar os altruístas do misticismo a criar quadrilhas com o proibicionismo, encher prisões e cemitérios ou ameaçar médicos a mando dos televangelistas. Neste universo de discurso lobotomizado só o coletivismo armado tem voz ou opinião. Afinal as duas alas dependem da agressão contra os outros (pois se fosse contra si não seria altruísmo). Sem iniciar a agressão não há confisco nem voz de prisão. Pouco importa se os comunistas se maquiam de socialistas ou se os fanáticos das seitas torturadoras saem travestidos de liberal. O fingimento pouco altera. Só faz variar a intensidade, como aquele interruptor que varia a intensidade da luz.
Chave de zero a muita

A única intensificação, a medida graduada que desloca os atores em um estado político entre uma posição ou outra, é a diferença entre hipocrisia e integridade. Antes de voltarmos a isso, considere de novo as duas chaves interruptoras e os programas políticos. O que varia de partido em partido é o propósito do governo e sua forma de agir (ou não) sobre a economia e as finanças (por um lado) e os direitos da pessoa humana (pelo outro). Como no interruptor de duas chaves, são quatro as possibilidades. Se os interruptores possuem reostatos, varia também a intensidade das quatro situações. Uma linha reta que vai da "esquerda" de Stalin até a "direita" de Hitler não consegue representar as quatro alternativas ou variáveis realidade com suas matizes de intensidade. Retratar a realidade requer algo assim:

Salta aos olhos que o que importa é a integridade. A pessoa íntegra ou quer coação ou prefere a liberdade--das duas, uma. O totalitário/autoritário quer uma ditadura sem direitos individuais e sem liberdade econômica. O libertário quer plena liberdade econômica e todos os direitos individuais. Os divididos, que acham que não se pode saber nada, EXCETO que tudo é apenas opinião... esses acham que a liberdade pode ser dividida, misturada com a coação. É dali que surge essa mania de esquerda e direita... É coisa de pessoas sem integridade, sem fealdade aos valores que lhes foram ensinados. Mas... esses valores são bons? são legítimos? conduzem a uma vida genial? florescente? próspera? feliz?

Os nacionalsocialistas (cristãos) e comunistas (materialistas) defendem o altruísmo--dão mais importância aos interesses alheios do que aos seus próprios interesses. Os libertários e objetivistas valorizam os seus próprios interesses, logo, sempre procuram mais liberdade pessoal e econômica. Os outros quadros, da economia mista, concordam que a liberdade deveria ser divisível mas discordam sobre qual aspecto devia ser sacrificado. Se traçar uma linha diagonal do canto superior à esquerda ao inferior à direita, isso corresponde mais ou menos com a ideia de esquerda e direita. A especificação é vaga, incoerente, e às alternativas falta integridade, pois não sabem o que valorizam. A integridade é para eles sinônimo de fanatismo, extremismo pois pensam em linha reta. A realidade se divide em quatro alternativas. A raiz quadrada de quatro, a radical, dá duas alernativas, chave simples, liga/desliga, Hitler/Stalin--das duas, uma. O simplório que leva a sério uma banda dessa falsa dicotomia é chamado--não de íntegro--e sim, de radical.

Resultado: antes, os únicos integros eram os atletas das correntes comuno-fascistas do socialismo. Não existia corrente filosófica egoísta antes das obras primordiais da filósofa objetivista Ayn Rand.  Os pequenos partidos, populados por saqueadores convictos, sempre influenciavam as leis no sentido de aumentar a coação e reduzir a liberdade, pouco ligando para a distinção econômica versus individual. Ligavam para o misticismo (que mina mais os direitos individuais) ou o coletivismo (que prima pela destruição da liberdade econômica). Mas os governos nazistas e comunistas formam ditaduras em que pululam o genocídio, a violência, a agressão. Falharam. Resta experimentar a alternativa libertária, que abre mão da agressão e procura aumentar sempre a liberdade e evitar a coação.

Fez sentido? Se o egoísmo do libertário é fundamentado na eudaimonia, na vida viçosa, florescente, qual seria o critério, o valor fundamental, o lastro do altruísmo? A essa pergunta ninguém quer responder! É o mesmo que perguntar qual o critério que separa o bem e o mal.

Se um dia precisar de um tradutor que entende de propósitos, especificações, propostas de valor, visite.

A Lei Seca e O Crash explica como a legislação do fanatismo quebrou a economia dos EUA. Em formato Kindle do Amazon, onde até com celular você dá um jeito...




domingo, 18 de junho de 2017

Porto Rico, Portugal

Porto Rico era o nome americano da ilha quando nasceu este servo que vos fala. Para os gringos vitoriosos, não havia diferença em 1898 entre Espanha e Portugal. Afinal, eram aliados. Acontece que Portugal é hoje um dos países mais libertários do mundo. Lá o uso de ervas e poções está na mesma base de concorrência com a cerveja e o vinho. Quem escolhe, sem ser criminalizado, é o dono do nariz. 

O aborto também foi legalizado em Portugal em 2007. Desde então a taxa desses procedimentos médicos diminuiu bastante. Aliás, em Colorado não aumentou o número de maconheiros. Eles simplesmente não são coagidos a ponta de armas de fogo por meganhas do Estado Político. Veja a diferença que os direitos individuais fazem.

Fonte: Jornalnexo
Puerto Rico (agora que acertaram o nome nas províncias) passou por uma crise em 2011 quando agentes do obscurantismo coercitivo proibiram o exercício dos direitos individuais por mulheres grávidas. Tamanho o susto com essa ameaça da Santíssima Inquisição de voltar às proibições da era pré-libertária, que os ilhéus finalmente acabaram votando esses dias pela adesão como Estado da União alfandegária dos Assustados Unidos e a plena proteção da 14ª Emenda. A bandeira de 51 estrelas que propuseram para substituir a velha realmente é uma obra de arte.


Tão bonita ficou que dificilmente os conservadores iriam aceitar tamanha mudança. E tão popular era o comunismo nessa ilha hermana de Cuba que comandos boricuas mataram policiais em tentativa de assassinar o presidente Truman. Na mesma época, um ano antes da publicação de Lolita de Nabokov, a guerrilheira Lolita Lebrun e dois jagunços encheram de tiros o Congresso nacional sem sequer zerar um só deputado federal. Sobraria preocupação para os republicanos, um dos quais foi autor da lei de navegação de cabotagem (e das penalidades da leis seca) que até hoje incomodam o Caribe.

A solução, pois, é voltar aos braços ibéricos--só que de Portugal e não da Espanha. Ganha-se a independência em dose que libera a navegação, afasta-se o perigo da coação do mulherio pelos papistas pederastas, e aproveita-se a popularidade do sistema bancário de Portugal. Os bancos portugueses foram os únicos capazes de aumentar os juros, tamanha a segurança que oferecem aos depositadores que já não temem os confiscos proibicionistas que provocaram a crise financeira de 2007 et sequitur nos EUA.

Se esta análise de economia política agradou, procure aqui o seu tradutor puertorriqueño de inglês, português e espanhol.


sexta-feira, 16 de junho de 2017

Bandera de Los Assustados Unidos

Pois é... Porto Rico quer agora entrar como Estado da União Alfandegária, apesar da desvantagem de ainda arcar com a Lei de Jones. A nova bandeira que eu sugiro é essa...


Afinal, o Texas entrou devendo até as calças para se transformar no Loan Star State, e acabou se enquadrando feito florzinha em ramalhete quadrado.  Alaska e Havaí perderam essa chance pelo fato de o oceano Pacífico estar impensavelmente "outside the box". A minha solução ainda comportaria a adesão de Cuba se a ditadura comunista reconhecer que os EUA atuais já internalizaram quase a totalidade do totalitarismo recomendado pelo manifesto comunista de 1848 e pleitear pela adesão. No caso seriam duas estrelinhas juntas ali no Caribe.

Eu defendo a independência, como la própria Isla pediu em 1931 quando os gringos proibicionistas tiveram o desplante de querer que prendessem contrabandistas de rum! Enquanto Puerto Rico não cultivar um partido Libertário, seria apenas um fardo para a União (e vice-versa). Acredite se quiser mas os bobos preferiram Marco Rubio--martinete místico e proibicionista--como candidato. Pode uma coisa dessas? Aquele tamborete e alguns senadores ilhéus--metidos a Ceausescu--queriam proibir o aborto! Esse golpe, afinal já mais do que conhecido no Brasil, daria motivo para procurar a defesa dos direitos individuais da pessoa humana. No Canadá, nos EUA, ou Barbados.

Veja nesse trecho do meu livro Proibicionismo e a Crise de 1929 como era nos bons tempos, quando o meu povo borincua ainda tinha cojones:

Parte 4
Capítulo 133

Uísque artesanal e suco de uva

(...)
Na Capital da nação, o diretor da proibição Amos Woodcock se distanciou das batidas de Kansas City, negando estar planejando a repressão nacional de sucos de frutas.[1]  O deputado federal James Igoe, de Illinois, nesse dia liderou uma revolta parlamentar contra a lei seca.  Ele fez questão de que o Supremo Tribunal apoiasse uma sentença do juiz federal William Clark de Nova York, anulando a 18ª Emenda.  Ali estava um teste para verificar a validez da previsão de H.L. Mencken – que tal coragem seria recompensada por aclamação – e a previsão de Alexander Hamilton de que o poder judiciário mitigaria a severidade das leis opressivas, limitando-lhes a aplicação.  Enquanto isso o deputado Fiorello LaGuardia de Nova York assegurou à câmara que sem a lei seca as pessoas voltariam a ter empregos e acabaria a assistência social a título de subsídios agrícolas.  O senador estadual Walter A. Huebsch, de Illinois, advertiu os executivos que seus negócios estariam seguros conquanto que o governo estivesse de pé.  A vontade popular, disse ele, favorecia a revogação, e os governos que desafiam a vontade popular são inevitavelmente derrubados à força.  Urgiu que o governo se restringisse à manutenção da paz e defesa da propriedade.[2] 

            Esse parecia ser o sentimento em Porto Rico, onde o supremo tribunal determinou em 19 de dezembro que o “Povo de Porto Rico” não iria mais julgar as causas proibicionistas do governo americano.  Na verdade, o povo de Porto Rico jamais padecera do fanatismo proibicionista, e não queria rixa com os destiladores ou contrabandistas.  Os fazendeiros ilhéus andavam ansiosos por causa dos lucros perdidos e queriam voltar aos bons e velhos tempos quando o rum fluía dos engenhos de fogo vivo.[3] 

            O estado de Kentucky ecoou esse sentimento. Voluntários da Cruz Vermelha lá descreviam a situação como “pior do que seca, fome”.  Um voluntário disse que depois que a seca matou a criação de milho e secou os córregos, a destilação artesanal em Kentucky faliu feio.  As restrições federais sobre as atividades produtivas da Kentucky Alcohol em Louisville não ajudaram.[4]  As famílias cujo ganha-pão fora internado na prisão antes da seca passavam por situação precária, redobrando o desespero desse povo montês.[5]
 ***


Precisando de traduções juramentadas ou intérprete federal para livrar a cara de encrencas com a alfândega ou guarda costeira americana, pense n'eu, www.tradutoramericano.com

** CT no rodapé é o Chicago Tribune online, que registra os assassinatos por "dry killers" e corrupção provocados pela lei seca americana nas décadas de 1930 e 1930.


[1]  (CT 1/17/31  2)
[2]  (CT 1/18/31  9)
[3]  (CT 1/19/31  26)
[4] (CT 1/20/31  3) 
[5]  (WSJ 6/22/29  13)