Os mercados de ações começaram a cair em 1916 apesar
dos lucros da guerra,
porque os investidores temiam a chegada da Lei Seca nacional.
Os Estados proibicionistas nunca foram faróis de sucesso econômico
- aliás justamente o contrário. O Crash começou com a lei de Volstead na
noite de 16 de janeiro de 1920 e a crise financeira não demorou. Só
que, dois anos depois, uma recuperação rápida se fez sentir, devido
sobretudo (link)
à anulação mediante menosprezo popular. (link)
O recorte do jornal de 1923 revela que cidadãos de todas as classes estavam produzindo cerveja e uísque, ou trabalhando como seguranças armados nos caminhões carregados de bebida, encarando até agentes federais. Alambiques de todos os tamanhos pipocam pelo país e seus operadores não manifestam temor à lei, que dirá dos volantes "esponja" encarregados de cobrar a lei seca, pois ninguém é condenado a pena de reclusão. O reveillôn de Chicago de 1923 mais parecia um carnaval regado a bebida, apesar de ali existir uma grande esquadra de agentes federais encarregados de cobrar cumprimento da lei seca nacional. Bons tempos aqueles.
Isso mudou radicalmente depois que o Ku-Klux Klã, fanaticamente seco, abandonou
o partido Democrata quando o "Whiskey Al" Smith, católico, concorreu à presidência
em 1928.
Naquela época, o dia da posse era 4 de março e, em 2 de
março de 1929, o congresso ainda em exercício conseguiu que o presidente
Coolidge assinasse a lei Five & Ten de Jones
que fazia da cerveja um crime federal com até 5 anos de reclusão e
mais de
meio milhão de dólares em multas aos preços atuais do ouro. Com
humor americano típico, os jornais de Illinois, que antes agouravam a
iminente autocracia seca, logo anunciavam café Autocrata (nada
irlandês).(link)
Basta ter partido libertário e votar nele.
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Na Amazon: A Lei Seca e o Crash. Todo brasileiro entende rapidinho o mecanismo desta crise financeira de 1929. Com isso dá para entender as de 1893, 1907, 1987, 2008 e os Flash Crashes de 2010 e 2015. (link)
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