sábado, 29 de outubro de 2016

Escolhas sem opções

O expatriota longe do seu país até que escapa de ter que usar saco de papel na cabeça em dia de eleição. Se americano, não gostando do programa dos republicanos ou das democratas, tem pelo menos a opção de votar pelo partido libertário, verde, comunista ou dos fanáticos religiosos--ou não votar.

Já, no Brasil, são 33 partidos semelhantes: 11 comunistas, 11 nazifascistas e 11 proibicionistas. Quem é do contra pode votar em branco ou nulo, das duas uma. O governo tem uns trocentos sites no ar enchendo páginas de explicações de que nulo NÃO é o mesmo que em branco. As aparências que enganam, só isso. Eis que chega o chargista Adão Iturrusgarai...


Parece os EUA. Se tu votas pelo libertário, dizem os nazifascistas republicanos que isso só ajuda a comuna a ganhar. E se votar na candidata do partido verde, as democratas acham que isso é o mesmo que ajudar os republicanos a ganharem.

Nos dois casos o voto pelo partido de consciência ajuda a mudar as leis. É justamente para roubar votos dos pequenos partidos que os políticos mudam de programa. E se não mudam, os juízes re-interpretam as leis de forma a mudá-las para que os pequenos partidos não consigam votos para ameaçar seus patronos.

Em 2000 o partido verde encampou 5 vezes a diferença entre ganhador e perdedor. Os democratas absorveram todo o programa destes e hoje o partido verde não consegue mais se diferenciar. Os republicanos para assimilar o programa libertário teriam que parar de invadir e bombardear, largar mão do proibicionismo e dos confiscos que derrubam o sistema financeiro e deixar as mocinhas tomarem as suas próprias decisões reprodutivas, como no Canadá.

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