quarta-feira, 22 de maio de 2019

Patinete elétrico


Na vizinhança do centro de convenções de San Diego você não acha as badaladas lojas de maconha legalizada, mas sim patinetes elétricos. Meu colega Geraldo de Oliveira entende desses aplicativos de Lyft e patinete e me brindou uma corrida para experimentar. Imagine um patinete que corre à velocidade que você corria aos 14 anos, e é isso mesmo que acontece ao torcer o acelerador. O custo do aluguel é um salário mínimo da Califórnia por hora, mas é bom verificar se a bateria está carregada. 

Bicicletas elétricas também estão em todo canto. Você destrava com o aplicativo e deixa estacionado quando terminar de usar--ou a bateria descarregar. Um dos dizeres da profissão é que você sabe que é intérprete quando na geladeira tem mais bateria do que comida. Os equipamentos portáteis dos intérpretes comem tanta bateria que só com recarregáveis dá para prevenir estrago e enxugar a despesa. 

Duas semanas deu um forte pipoco no escritório. Quando fui ver, uma pilha alcalina que se misturou com as recarregáveis havia explodido no carregador. Estragou uma das conexões mas nada pegou fogo, pois pilha AA só desenvolve 1,5 volts. Nem pude abrir o carregador para limpar o interior. Os parafusos são especiais, projetados para que nenhum intérprete possa meter dedo em capacitor e levar choque. 

A pilha que estourou daria menos de 3 amperes x hora, algo na casa de 5 Watts com essa voltagem. Bateria de bicicleta ou patinete capaz de acelerar 80 quilos é bem diferente--umas 150 vezes mais possante. 

Uma mulher australiana recarregava sua bicicleta elétrica. Houve uma explosão e a casa inteira pegou fogo. Disso os econazistas não falam quando pedem leis que proíbem alguns tipos de energia para subsidiar outros tipos que sua seita prefere forçar nas pessoas a ferro e fogo. 

Se a minha casa queimar, o prejuízo é mais do que paguei em eletricidade e gasolina a vida inteira, sem falar no custo energético e financeiro de reconstruir.  Essas baterias de bicicleta duram uns dois anos. Sou a favor de bicicletas tradicionais e elétricas, mas prefiro que a escolha seja feita de livre e espontânea vontade, sobretudo por pessoas que entendem como medir e avaliar energia e potência. Político não. 





Agora com blog em inglês!

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