domingo, 10 de dezembro de 2017

As Armadilhas da Migra

Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Esta é a versão nacional do "Catch 22," que no romance do Heller forçava os loucos a cumprir o alistamento forçado no exército. Afinal, o simples fato de querer sair provava que o soldado não era louco. E o estrangeiro que quer contestar uma multa de estacionamento, corre risco?

Na ótica da migra americana, sobretudo o Immigrations and Customs Enforcement, os tribunais que cobram nos casos de leis suntuárias, cigarrinho de maconha, outra folha qualquer, gorjeta dada a massagista, carregar copo de cerveja fora do bar (coisas que o Partido Libertário procura descriminalizar), são o queijo na ratoeira. Qualquer multa de trânsito, reclamação de música alta, ou disputa entre torcedores que resulta em boletim de ocorrência agora serve de pretexto para ciladas armadas pelos meganhas federais na caça aos indocumentados. Pelo menos é o que consta no New York Times. Pode ser mentira, não sei. 

Mas lá existe tudo quanto é grupo que aceita doações e verba para travar dramas quixotescas e tentar amenizar os efeitos de leis inconvenientes. A verdade é que esses grupos lobistas dependem da continuidade do problema que prometem combater, da mesma forma que a bancada evangélica e os deputados cariocas dependem do comércio que um demoniza para que o outro possa cobrar propina por não enxergar. Não sei se o Immigration Defense Project é engodo ou mais um bando de não libertários que acreditam com sinceridade que essas preces funcionariam. Mas eles alegam que esse tipo de armação de salteadores aumentou em 900% em 2017. 

Fator de nove é a diferença entre a população do Hemisfério Sul e o Hemisfério norte. Por exemplo, imagine dois cariocas num ponto de ônibus em Copacabana. O equivalente proporcional a isso em Nova Iorque, Rotterdã, Loch Lomond ou Avalon seriam 18 passageiros no mesmo ponto. Os apresamentos cresceram assim. Onde dois brasileiros foram grampeados e deportados por causa de uma multa de maconha ou outra folha em 2016, 18 são agarrados hoje. 

Os americanos são dominados por dos partidos saqueadores controlados por bandidos políticos nem tão diferentes desses que aparecem na tevê nacional. Esses políticos invadem e bombardeiam países muçulmanos e ficam surpresos quando esses dão o troco derrubando arranha-céus em Nova Iorque. Culpam os estrangeiros na tevê e os eleitores daqueles dois partidos saqueadores acreditam. 

Estrangeiro também é bode quando o proibicionismo derruba a economia. A lei seca americana foi vendida como reforma econômica e não pura superstição. Dez anos desta charada e a bolsa ruiu. A depressão republicana resultou da cobrança de confiscos de contas bancárias em nome da lei seca. O mesmo resultou em 1987, quando a o governo republicano (com ajuda dos democratas) confiscava pó e contas bancárias e transformava em armas para guerrilhas anticomunistas. 




O Bush Filho repetiu a besteira. Encheu o governo de fanáticos proibicionistas cujos confiscos saqueadores resultaram na evasão de capital e noutra depressão em 2007. Esse colapso logo foi exportado para outros países (mas não para Portugal). Cientes de que resultaria colapso, operadores das bolsas conseguiram lucrar pela miséria alheia. 

Só que para escapar da miséria fabricada pelo proibicionismo exportado, muitos cruzam fronteiras sem documentos. Os brasileiros entendem essas causas e efeitos com facilidade, mas os eleitores americanos nunca vêem nada disso na tevê. Só se preocupam com os tornozelos da Hillary ou a cabeleira do Trump--e culpam os estrangeiros pelas mazelas. É falta de responsabilidade os economistas brasileiros guardarem silêncio sobre os fatos. 

Lá fora existe um crescente partido libertário que é contra essa agressão disfarçada. O que falta são intelectuais para explicar as verdades econômicas e ajudar os eleitores a votar com melhor efeito. Afinal, qual foi a última vez que um brasileiro foi deportado de Portugal por causa de um baseado? 


Portugal livre do clepto-proibicionismo

Mas em função das crises clepto-proibicionistas fabricadas e exportadas pelos EUA (como em 1992), o número de brasileiros barrados nas fronteiras da Europa está aumentando. Esse número cresceu de 299 (quando "A Exterminadora" Ayala chegou como embaixadora dos EUA) até três vezes esse número em 2016. 

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