sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Avenida Edward Snowden

A crise americana começou com os confiscos do governo George Bush. Dinheiro fugiu dos bancos e casas de corretagem e o crédito desabou. O terremoto do desabamento daquela economia enfraqueceu todas as economias dominadas pelo monroismo proibicionista. 

Há novidade nisso? Aconteceu exatamente a mesma coisa quando George Bush pai baixou confiscos semelhantes. Ruíram as bolsas, e a depressão foi "combatida" com hiperinflação germânica. Os EUA encheram a América Latina de agentes, espiões e "assessores" meganhas e de repente o presidente do Brasil foi impedido e removido.  Lembra disso?


A atual crise é reprise e repeteco da anterior. Não mudou nem a dinastia do agressor! O que há de novidade é que Bradley Manning divulgou informações que provam que o Departamento de Estado americano empurrava com a barriga o mesmo tipo de desastre tocado por meganhas armados baixando confiscos--dessa vez usando a ONU como veículo para poder apostar contra moedas e títulos estrangeiros. Em seguida revelou-se que Edward Snowden informou aos jornalistas que espiões americanos grampeavam os telefones de todos os figurões que irritavam as empresas americanas com um certo excesso de jeitinho brasileiro. E de repente estão todos eles dançando na PF.

Não seria tentador? Se a PF brasileira gravasse tudo o que rola pelos telefones do Obama, do chefe da CIA e da NSA--pra não falar no Trump, Romney, outros magnatas e os figurões da reserva federal--não seria uma tentação vazar as gravações de rivais e concorrentes americanos para o FBI e fisco americanos?  E se album brasileiro revelasse o golpe, os poderosos daqui não fariam de tudo para infernizar a vida do delator?

Foi o que fizeram com Manning e Snowden, e indiretamente com o Assange. Mas em homenagem a esses corajosos que pelo menos ajudaram a entender o nosso meio ambiente político eu sugiro que faz sentido colocar em toda cidade brasileira, paraguaia, boliviana, peruana e sobretudo ecuadoriana uma Avenida Edward Snowden e quiçá aqui e acolá uma Rua Bradley Manning--ou Rua Chelsea Manning, antes de os meganhas terminarem de matar a coitada e dizer que foi "suicídio."

Afinal, orgulhamo-nos aqui em Curitiba da Rua Anne Frank, em homenagem a uma vítima de delação. Ela foi entregue aos nacionalsocialistas que apregoavam a fé do Cunha e os métodos de Nixon.

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