sábado, 20 de maio de 2017

O Programa Proibido do Partido Libertário

Na Alemanha de 1928 e 1932 havia mais de 30 partidos, todos eles saqueadores. Alguns, como o NSDAP, eram religiosos como os partidos do Cunha e do Aécio. Outros eram mais coletivistas, como os partidos do Lula, Gabeira ou Marina. Sempre de olho no alheio e apregoando o altruísmo, TODOS esses partidos--no Brasil, Rússia, China, Venezuela, Brasil ou Alemanha--defendem o ideário do Estado Político que lança mão de coagir e assaltar. Odeiam com perfeita unanimidade a heresia de deixar as pessoas em paz para exercer seus direitos e tomar as suas próprias decisões. O ideário da liberdade como ausência da coação nasceu durante os julgamentos dos nacionalsocialistas por crimes de guerra e genocídio. Virou partido de oposição na crise do governo fascista de Richard Nixon. O Partido Libertário em 2017 comemora seus 45 anos com organizações em 40 países 
yallertorch16
Seção 1, página 3.
Uma vez que o aborto é uma questão sensível e que as pessoas podem de boa-fé ter diversas atitudes a respeito, acreditamos que o governo deva ser afastado da questão, de modo que cada pessoa a resolva segundo o seu critério e consciência.*
1.6 Do pátrio poder
Cabe aos pais ou outros tutores o direito de educar os seus filhos segundo os seus próprios critérios e discernimento. Mas isso não se interpretará de forma a desculpar a negligência, o descaso ou abuso de menor de idade.
1.7 Crime e justiça
A função legítima do governo é de proteger os direitos de cada indivíduo, incluindo o direito à vida, à liberdade e de propriedade. As leis penais devem ser limitadas em sua aplicação às violações dos direitos dos outros através da força ou fraude, ou aos atos voluntariosos que colocam os outros em risco involuntário e significativo de perdas ou lesões. Defendemos, portanto, a revogação das leis que caracterizam “crimes” sem vítimas, tais como o uso medicinal ou recreativo das substâncias. Apoiamos a restituição à vítima, até os limites do possível, às custas do criminoso ou do autor da infração negligente. Os direitos constitucionais dos réus em causas penais, incluindo ao devido processo, a um julgamento rápido, à assessoria jurídica, a julgamento por júri e à presunção da inocência até que haja prova em contrário, deve ser preservado. Afirmamos o direito comum dos jurados de julgarem não apenas os fatos, mas também a justiça da própria lei.
1.8 Da pena de morte
Somos contra a administração da pena de morte por parte do estado político.
1.9 Da legítima defesa
O único uso legítimo da força é na defesa dos direitos individuais — vida, liberdade e propriedade justamente adquirida — contra a agressão. Este direito é inerente ao indivíduo, podendo este concordar em ser auxiliado por qualquer outro indivíduo ou agremiação de pessoas. Afirmamos o direito individual de manter e portar armas – garantido pela Segunda Emenda da Constituição – e somos contra transformar as pessoas em réus por exercerem os seus direitos de auto-defesa. Aos donos de propriedades privadas cabe o direito de definir suas próprias condições no que toca à presença de armas de defesa pessoal nas suas propriedades. Somos contra todas as leis — em qualquer nível de governo — que restrinjam, registrem ou monitorem a posse, produção ou transferência de armas de fogo ou munições.


A Plataforma do Libertarian Party continua com a Parte 2–Liberdade econômica… Não perca!
**Originalmente, em 1972, esta cláusula dizia: "Queremos a revogação das leis que restringem o controle voluntário da natalidade ou a interrupção voluntária da gravidez durante seus primeiros cem dias." Um mês depois da contagem dos votos eleitorais o Supremo Tribunal americano fez disso a lei federal da nação. O governo canadense em seguida apagou completamente todas as leis que interferiam nessas questões. Lá são decididas hoje pelas próprias mulheres e pelos médicos. Veja a análise da filósofa Ayn Rand. 

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Saiba mais sobre as crises econômicas dos EUA--leia para entender o que causou o Crash de 1929: 


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Na Amazon:  A Lei Seca e o Crash. Todo brasileiro entende rapidinho o mecanismo desta crise financeira de 1929. Com isso dá para entender as de 1893, 1907, 1971, 1987-92, 2008 e os Flash Crashes de 2010 e 2015.

Para melhorar o seu inglês, nada como a minha polêmica tradução de Monteiro Lobato: America's Black President 2228. Na Amazon (link)

Blog americano... www.libertariantranslator.com


terça-feira, 16 de maio de 2017

Princípios Libertários x Cleptocracia


Quais os princípios que subjazem esse partido novo, formado pelos americanos em reação contra a ditadura nacionalsocialista do Nixon? Na época, 1971-72, os comunistas estavam derrotando o exército de escravos que os dois partidos saqueadores despacharam para matar pobres nas selvas do Vietnã. Meganhas arrebentavam as portas e prendiam mais jovens inocentes, transformando-os em presidiários ou, pelo alistamento, em assassinos. Até médicos eram presos por oferecer profilaxia contra a gravidez. O Partido Libertário nasceu para dar um basta na coação. 

Fascículo 1
yallertorch16PROGRAMA DO PARTIDO LIBERTÁRIO
Conforme adotado na Convenção, em maio de 2016, em Orlando, Florida
PREÂMBULO
Como libertários, queremos um mundo de liberdade; um mundo no qual todos os indivíduos são os soberanos das suas próprias vidas e ninguém é forçado a sacrificar seus valores em benefício alheio.
Acreditamos que o respeito pelos direitos individuais é uma pré-condição essencial para um mundo livre e próspero, que a força e a fraude deviam ser barradas das relações humanas, e que somente pelo caminho da liberdade podemos alcançar a paz e a prosperidade.
Por conseguinte, defendemos o direito de cada pessoa de se envolver naquelas atividades que sejam pacíficas e honestas e recebemos de braços abertos a diversidade que a liberdade nos traz. O mundo que queremos construir é um mundo em que as pessoas têm a liberdade de seguir os seus próprios sonhos da sua própria maneira, sem a interferência do governo ou de poderes autoritários.
Nas páginas que seguem estabelecemos os nossos princípios básicos e juntamos exemplos de posições políticas derivadas destes princípios.
Mas estas políticas específicas não traduzem a nossa meta. A nossa meta é um mundo liberado dentro do horizonte das nossas vidas, e é para esta finalidade que adotamos as presentes posições.

Nós, os membros do Partido Libertário, questionamos a seita do estado onipotente e defendemos os direitos individuais da pessoa humana.
Consideramos que todo ser humano tem o direito de exercer domínio exclusivo sobre sua própria vida, cada um possuindo o direito de viver da maneira que bem entender, contanto que não interfira mediante força ou coação com o direito igual dos outros de viver da maneira que eles acharem melhor.
Os governos ao longo da história têm operado habitualmente pelo princípio contrário, de que caberia ao estado político o direito de dispor sobre a vida de cada um – e dos frutos do seu trabalho. Mesmo dentro dos Estados Unidos, todos os partidos políticos anteriores ao nosso, concedem ao governo o poder de regulamentar a vida particular das pessoas e aproveitar dos frutos do seu trabalho sem o seu consentimento.
Nós, pelo contrário, não achamos que seja correto permitir a qualquer governo que faça disso. Asseveramos que onde quer que existam governos, estes não devem violar os direitos de pessoa individual: a saber, (1) o direito à vida — nesse sentido, apoiamos a proibição da agressão física contra outrem; (2) o direito à liberdade de expressão e ação — logo, somos contra as tentativas pelo governo de cercear a liberdade de expressão e da imprensa, bem como toda e qualquer forma de censura governamental; e (3) o direito de propriedade — portanto, somos contra a interferência na propriedade privada, em práticas como o confisco, a nacionalização e expropriação e apoiamos a proibição do roubo, da invasão de propriedade, da fraude e da falsificação enganosa.
Posto que os governos, uma vez instituídos, não devem incorrer nos direitos individuais, somos contra as interferências pelo governo nas relações contratuais e voluntárias entre as pessoas físicas. As pessoas não devem ser obrigadas a sacrificar suas vidas e bens em benefício alheio. Deverão, isto sim, tratar com os outros sem interferência governamental e de livre e espontânea vontade — sendo o sistema econômico resultante, o mercado livre, o único compatível com a proteção dos direitos individuais de cada pessoa humana.
Já publicamos, liberdade pessoal, ser dono de si, comunicações, privacidade. No próximo fascículo, imigração

Compare esse manifesto com o do Partido Libertario de España.
Aliás, precisando de certified translations de documentos para imigração procure meus serviços de tradução no Texas e (com traduções juramentadas in-house) no Paraná.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Partido americano muda Constituição brasileira

A nova Proposta de Emenda Constitucional lavrada pelos 32 partidos que defendem o comuno-fascismo socialista visa mudar accesso à teta da lavagem cerebral do eleitor. Antes, o partido com 2% do voto metia a mão na receita para custear o televangelismo soviético. Mas acontece que o Partido Libertário americano conseguiu 4 milhões de votos--tirando dos republicanos a vitória popular com mais de 3% do voto em 2016. Agora a coligação saqueadora quer mudar o requisito mínimo para 3%. O certo seria abolir o horário eleitoral e permitir a concorrência honesta entre as correntes ideológicas. Eis o programa que ganhou número de votos correspondente ao do estado de Virginia inteirinho.

yallertorch16Seção 1, página 2.
As pessoas devem ser livres para fazer escolhas por si mesmas e aceitar a responsabilidade pelas consequências das escolhas que fazem. Nosso apoio ao direito de a pessoa optar entre alternativas na vida nem sempre significa que aprovamos ou desaprovamos essas escolhas. Nenhuma pessoa, coletividade ou governo poderá lançar mão de coagir uma outra pessoa, coletividade ou governo.
1.1 Ser dono de si
Todo indivíduo é dono do próprio organismo, e exerce direitos sobre este -- direitos nos quais as demais pessoas, grupos e governos não podem incorrer. Cabe a cada um a responsabilidade de decidir, consciente e voluntariamente, o que consumir, e quais os riscos à sua própria saúde, finanças, segurança ou vida que lhe são aceitáveis.
1.2 Da expressão e comunicação
Defendemos a plena liberdade de expressão e somos contra a censura, regulamentação ou controle das tecnologias e dos meios de comunicação por parte do governo. Defendemos a liberdade de participar ou não de eventuais atividades religiosas que não incorrem nos direitos alheios. Somos contra as ações governamentais que ajudam ou atacam qualquer religião.
1.3 Da privacidade
Nós, libertários, defendemos a privacidade individual e transparência governamental. Prometemos acabar com a prática do governo de espionar todo mundo. Apoiamos os direitos de privacidade reconhecidos pela Quarta Emenda da Constituição, de sermos seguros nas nossas pessoas, casas, propriedades e comunicações. A proteção contra buscas e apreensões arbitrárias deverá incluir registros eventualmente mantidos por terceiros, tais como e-mail, fichas médicas e registros bibliotecários.
1.4 Dos relacionamentos pessoais
O sexo, a preferência, a orientação ou a identidade sexual da pessoa não deve determinar o seu tratamento pelo governo, como no caso das leis atuais de casamento, da guarda dos filhos, da adoção, no tocante à imigração ou que regulamentam as forças armadas. Não cabe ao governo nenhuma autoridade de definir, licenciar ou cercear os relacionamentos interpessoais. Os adultos devem escolher por livre e espontânea vontade as suas práticas sexuais e seus relacionamentos interpessoais.

A Plataforma do Libertarian Party continua com o aborto, pátrio poder, crime e justiça, pena de morte, legítima defesa... Não perca!

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Aquecimento Global em inglês


Eis uma explicação da atratividade política e fiscal da nova religião do Aquecimento Global 

É tirada da tevê britânica

Aprenda inglês, economia e política de uma só vez:  

Yes Prime Minister... 

Outra encenação da mesma série... Nesta o espectador entende por que os devotos dos modelos de profecia climática não gostam de falar sobre os modelos econômicos e financeiros que nada previam sobre o efeito financeiro dos confiscos proibicionistas dos dois governos Bush. O primeiro da série de confiscos teve início em 1928, o segundo em 1987--até a hiperinflação que assolou a economia brasileira em 1992, e essa mais recente em 2007 até o presente momento. 

Yes Prime Minister:  Global Warming...

Divirta-se aprendendo inglês. 

domingo, 7 de maio de 2017

A Parede é do Partido


Gott Mit Uns=Gemeinnutz vor Eigennutz

Que parede do Trump? Em 18 de julho de 2016 o programa do partido republicano já estava pronto e redigido. Faltava apenas um candidato tipo Chacrinha para tocar a buzina e vender o produto: 


"That is why we support building a wall along our southern border and protecting all ports of entry. The border wall must cover the entirety of the southern border and must be sufficient to stop both vehicular and pedestrian traffic. We insist upon workplace enforcement of verification systems so that more jobs can be available to all legal workers."

ou seja


--É por isso que apoiamos a construção de um paredão ao longo da nossa fronteira meridional, protegendo os nossos portos de entrada. A parede fronteiriça deverá tapar toda a fronteira meridional o suficiente para bloquear a circulação vehicular e de pedestres. Insistimos na aplicação dos sistemas de verificação nos locais de trabalho para que mais empregos possam estar disponíveis para todos os trabalhadores lícitos.

Já, os democratas falam quase exatamente a mesma coisa na sua proposta política: 


"The Democratic Party supports legal immigration, within reasonable limits, that meets the needs of families, communities, and the economy as well as maintains the United States’ role as a beacon of hope for people seeking safety, freedom, and security. People should come to the United States with visas and not through smugglers."  

Nem é necessário traduzir. Muda apenas o tom e a visualização para dourar a pílula, mas a mensagem continua sendo aquela que fluiu da caneta do Adolf Hitler em 1920


"5. Os que não são cidadãos só podem viver na Alemanha como hóspedes, e terão de submeter-se à legislação que regula os estrangeiros."

Antes de 1914 os Estados Unidos possuíam uma personalidade jurídica liberal, que debochava das crendices beligerantes da Europa--com suas ditaduras de "esquerda" e "direita". Mas desde 1932 o país se meteu a imitar os europeus. Está virando outra França, onde 


Le plus ça change, le plus c'est la même chose.

As coisas só mudam nos EUA quando alguns eleitores arriscam votar num pequeno partido que exprime o que eles querem. Compare esse proposta do Partido Libertário que competiu com o do Trump e ganhou 4 milhões de votos: 


"A liberdade econômica exige o movimento irrestrito das pessoas humanas e do capital financeiro através das fronteiras nacionais. No entanto, apoiamos o controle da entrada, no nosso país, de estrangeiros que realmente apresentam alguma ameaça à segurança, à saúde ou à propriedade."

Em Costa Rica existe esse partido, e ganhou 21% do voto... mais ainda do que os 16% que votaram em branco nas metrópoles do Brasil. 


Se deu para acompanhar essa interpretação do processo político, pense nisso quando precisar de certified translations ou tradução juramentada para visto de imigração ou emprego lá fora.  


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terça-feira, 2 de maio de 2017

Ayn Rand, São Paulo, 1966

Uma colega tradutora nunca mencionou que já fora intérprete no palco. Reparei nessas fotos, compartilhadas por Tereza Braga, que Lúcia Singer fora atriz em peça da Ayn Rand em 1966. 


Naquele tempo ainda se divisavam possibilidades políticas além da "esquerda" (socialistas laicos) e da "direita" (socialistas cristãos). O mundo liberal--onde o altruísmo não anda armado armando assaltos--nos anos sessenta fazia parte da consciência do ente pensante. A chama da liberdade quase se apagou durante a ditadura de Nixon, que exportou o fascismo intolerante desde a fronteira canadense até a costa da Antártica. 

Hoje há partidos libertários em todo país semi-livre. Dezessete países possuem partidos libertários bem-organizados. Tirando a Colombia e Uruguai, a América do Sul é uma mancha negra nesse mapa iluminado. 

Na peça, houve colapso da bolsa de valores durante a proibição que serviu de Idade das Trevas para os EUA. A peça de Ayn Rand foi inspirada em parte pelo magnata Ivar Kreuger, o "rei do phósphoro", que se suicidou em 1932. Outra peça mais ou menos parecida foi produzida pelo escritor inglês Aldous Huxley, na qual o holofote caiu sobre a figura de Clarence Hatry. Os dois magnatas serviram de bode expiatório para encobertar as verdadeiras causas da crise financeira. 

A lei seca americana passou a ser cobrada na noite de 16 de janeiro de 1920. Agentes do Tesouro Nacional, da Receita, Alfândega, Guarda Costeira, Departamento de Justiça, Imigração e Patrulha Fronteiriça baixaram confiscos e intervenção na atividade bancária do país--pois eram os bancos e as bolsas que manejavam os ganhos ilícitos da cerveja e uísque. 

Foi a guerra santa entre um governo abstencionista, com receita total de U$4B em moeda de ouro, versus a produção artesanal cujo faturamento anual girava em torno dos U$5B. O sistema bancário foi a terra-de-ninguém na qual as hostes contrárias se engalfinhavam, aprofundando a Grande Depressão. 

O quadro proibicionista se repetiu de 1987 a 1992, provocando o desmanche da moeda brasileira, e tornou a causar prejuízo em 2007, quando o estrago novamente se espraiou pelo mundo, derrubando bancos e casas financeiras, e sumindo com os saldos bancários.

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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Imigrante? Pode matar.

Foi essa conclusão do Supremo americano nos casos dos policiais que matam pra depois prender e interrogar. 


fé cega, pega, pega!


Basta examinar os nomes das vítimas para constatar que a justiça é cega, mas guiada por um cão policial--sobretudo no que se trata de estrangeiros. A cidade de Houston publica até gráficos com estatísticas da carnificina. Aliás, se faltar vítima, esses policiais matam a si mesmos. Nesses casos os colegas fazem de tudo para ocultar a identidade do autor + vítima. 

Nos anos 70 isso tudo era jornal velho. Uma banda de Austin, capital do Texas, os Uranium Savages, lançou em 1979 uma música arremedando a antiga cantiga "On the Bayou". No caso, policiais de Houston algemaram e amarraram um rapaz latino, José Campos Torres, antes de atirá-lo num riacho do mangue onde morreu afogado: 
Well hello, we'd like to know who you are-oh
We've got clues by the shoes you are Chicano
Get outta that car, it ain't far to el arroyo
With a badge and a gun, gonna have big fun, on the bayou
Well goodbye Joe, you gotta go for a swim-o (Geronimoooooooo...)
It'll be rough with the cuffs, me oh my-oh
We'll stand around, watch you drown, then be gone-oh
With a badge and a gun, gonna have a lotta fun, on the bayou.

É claro que deu-se um jeito de proibir a rádiodifusão dessa música. Os DJs da região a tocavam dia e noite. 

No notíciário de Brownsville de hoje, os senadores estaduais do Texas estão empurrando uma lei para prender tantos oficiais quanto derem guarida a um estrangeiro indocumentado. 



É assim que o governo federal compra os votos para que os estados obedeçam. A alternativa seria largar da teta. Foi esse tipo de exportação de legislação escusa que espraiou a crise dos confiscos de 2007 do governo Bush para o resto do mundo. 

Atualização: O NY Times relata como--pela escolha de juris nazifascistas--levraram a cara de policiais que assassinaram um mendigo desarmado como se fosse nos degraus da Candelária!

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sábado, 22 de abril de 2017

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Onda de Deportações, 1923

O Exterminador, junho de 1923, página 3 do jornal

A primeira Grande Guerra não inspirou amores pelos estrangeiros, sobretudo na depressão que acompanhou a cobrança da Lei Seca federal nos EUA. E hoje a situação se repete. Após o colapso financeiro provocado pelos confiscos proibicionistas do governo Bush em 2007 os americanos procuram culpar tudo menos os confiscos que espantaram investidores, provocando a fuga do dinheiro das bolsas e casas de corretagem. 

Para disfarçar essas ligações econômicas a Google é pressionada no sentido de omitir links nos registros dos jornais. Esta charge, por exêmplo, não há como lincar diretamente. Mas na página anterior aparece um artigo sobre os estados Americanos que revogaram, como Nova York, as suas leis proibicionistas estaduais, tornando-se santuários dos direitos individuais.  O estrago econômico provocado pela lei seca já se fazia sentir, como ocorreu em 2007.



No relatório estadual dos confiscos proibicionistas o total de 2007 na Califórnia foi de $35 milhões. Desse total, 79% foram confiscados sem recurso e absorvidos pelas burocracias. Para cada um desses dólares confiscados sem acusação ou ação penal, outros dez fugiram dos bancos, das bolsas e das bolsas de valores. 

Da comarca de San Bernardino, entre Los Angeles e Las Vegas, foram confiscados 10% desse valor total. É claro que para os burocratas favorecidos pelos assaltos, o colapso financeiro que ocorreu foi pura coincidência. Nunca eles admitiriam a hipótese de a sua ganância parasitária ter algo a ver com a recessão que abalou os EUA antes de se alastrar pelo mundo afora. 

O fenômeno é o inverso do que ocorre quando a honestidade dos governos permite o investimento. As pessoas aplicam o seu dinheiro nos bancos e nas bolsas, e a expansão do crédito permite a expansão do Produto Interno Bruto que representa a riqueza gerada pelo capital nas mãos dos verdadeiros donos daquele dinheiro. Nada disso é novidade. Aliás, foi Adam Smith que em 1775 revelou que


Estas mãos improdutivas, para cuja manutenção caberia apenas uma fração do excedente da receita do povo, chegam a consumir tamanha parcela dos ganhos totais que obrigam muitos a recorrer às suas poupanças, subtraindo do capital destinado à manutenção da mão-de-obra produtiva tamanho valor que toda a frugalidade e boas práticas das pessoas não bastam para compensar o desperdício e a degradação da produção que resulta deste saque violento e forçado.

A mão invisível que provocou a miséria econômica nos EUA em 1921, 1929-33, 1987, 2000 e 2007-2011 não foi dos imigrantes. Foi a mão dos funcionários escolhidos pelos partidos políticos que formulam as leis--leis que permitem ao governo assumir o papel de assaltante. São leis que só podem ser revogadas se os eleitores votarem pelo partido libertário. 


Essa interpretação dos fatos econômicos é produto do tradutoramericano.com

sábado, 15 de abril de 2017

O afundamento do I'm Alone


Capítulo 45
O afundamento da I'm Alone
            O interceptor Walcott da guarda costeira americana perseguia uma escuna de dois mastros e bandeira canadense – a I'm Alone – no golfo do México a mais de uma hora de cruzeiro de Louisiana.  O comandante, John Randall, condecorado com a Croix de Guerre françesa por uma escaramuça com um submarino alemão, não ia prestar contas à guarda costeira americana em alto mar.  Dando reforço ao Walcott veio o Dexter, que – em 22 de março – atacou e afundou a embarcação, matando um tripulante francês no centro do Golfo do México após uma perseguição de 24 horas.  O Canadá, embora aderente a um tratado de bebida com os EUA, não via com bons olhos o bombardeio de embarcações de bandeira britânica, sobretudo no alto mar.   Jamais a guarda costeira se atrevera a por a pique um navio estrangeiro – e de bandeira dos aliados comandada por herói de guerra, era impensável.  O primeiro-ministro canadense, William Mackenzie King, fora abordado acerca de negociações do tratado de contrabando no começo de janeiro, mas King, ansioso sobre a possível tendência das tarifas sob o novo governo Hoover, decidiu guardar na manga eventuais negociações como moeda de troca para influenciar nas sobretaxas americanas.[1] 
            Três dias após o afundamento, a dona-de-casa Lilian De King, de Aurora, Illinois, foi morta a tiros por um xerife proibicionista enquanto tentava chamar o seu advogado pelo telefone.  Um informante fora pago $5 para acusar o sr. De King de tê-lo vendido meio-litro de bebida por $2 fazia nove dias.  Ultrajado, o filho de 12 anos do casal baleou o invasor na perna, mas serenos pastores batistas e metodistas pronunciaram a matança da mãe do menino um ato justificado de execução da lei.  A Associação Contra a Emenda da Proibição (AAPA) publicou em 1º de março Escândalos da Execução da Lei Seca – aumentando o senso de ultrage – e a revista Time publicou o texto da Lei Jones na edição de 25 de março.[2] 
            Longe dos jornais, o caso da Illinois Alcohol continuava tomando vulto com mais 15 intimações despachadas em 23 de março e 10 adicionais no dia 25, elevando o total a 76 desde 20 de março.  Também em 25 de março 31 réus – incluindo pessoas jurídicas – compareceram ao tribunal para se declararem não culpados de incorrerem na lei seca de Volstead.  O julgamento teve início em Buffalo, Nova York, para todos os réus exceto os oito cujas denúncias foram julgadas improcedentes.  Foram liberadas as holdings Salnod e Midwest, os Lasdons, Saks, Briem, Lewis e Uldren, mas os outros 29 – incluindo Edward J. Du Pont e o cervejeiro Fred Koch – enfrentariam um júri de seus pares num tribunal federal.  Os jornais chegaram a mencionar o julgamento de 21 de março em Detroit dos inspetores da alfândega que controlavam o comércio de bebidas nas cidades à jusante.  Saltava aos olhos que o crime organizado vinha sendo dominado pelos próprios agentes que os proibicionistas escolheram para cobrar as leis – leis que organizaram o crime.[3] 
            Numa palestra sobre o crime para o Clube Americano em Paris, o ex-comissário Enright, da polícia de Nova York, chamou atenção a novos aspectos do caso do finado chefão de quadrilha Arnold Rothstein.  O assassinato de Thomas Walsh havia renovado o interese no caso, acirrado pela sina de Jack Waller, assistente do chefão, que saltou à sua morte de um vapor da linha Clyde perto da Flórida – supostamente fugindo de assassinos alugados.[4]  Enright alegou que a investigação da morte fora mal-administrada, e que o teor dos papéis do Rothstein foi omitido, sugerindo que uma diligência verdadeira teria “abalado os alicerces societais e políticos – enfim, todos, da cidade de Nova York.”[5]  Isso remetia muito às “provas chocantes, envolvendo figuras públicas importantes na politicagem de Nova York que o promotor federal John M. Blake prometeu mas não entregou em janeiro de 1929.  Parecia até que haveria elementos de verdade nos boatos de corrupção entre a cúpula da autoridade – a despeito da firme censura de menção do caso da Illinois Alcohol na mídia. 
            Naquele dia, o Presidente Hoover teve outra reunião com o comissário James Doran e seu suplente Levi G. Nutt – com certeza para falar da repressão aos entorpecentes.[6]  Os juros dos corretores imediatamente pularam dos 9% de 22 de março – quando pipocaram as notícias – para 14% na segunda e 20% a.a. dia 24 de março.[7]  Hoover e Nutt bem sabiam que o Artigo 27 da Convenção internacional de 1925 exigia do Comitê Central do Ópio “certificar-se de que as estimativas, estatísticas, informações e explicações por ela recebidas... não sejam divulgadas de forma a facilitar as operações de especuladores...”  Mas com os empréstimos dos corretores a juros inauditos, o presidente decerto teria questionado a possibilidade de alguém ter vazado informações sobre o chocante volume de drogas nos relatórios das fontes da Liga das Nações.  Em cima disso havia a situação da Union Bank and Trust Company da Philadelphia, em que o grande júri denunciava oficiais do banco por faturar em cima da capitalização dos destiladores e chefões de quadrilhas![8]  Mas para o cidadão comum que folheava seu jornal matutino, a maior notícia parecia ser o bicho de sete cabeças que faziam do Al Capone.  

Gostou da amostra? Saiba tintim por tintim como a lei seca derrubou a economia dos EUA em formato Kindle do Amazon. Até com celular você dá um jeito.


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Traduzido de "Prohibition and The Crash" de J Henry Phillips, tradutoramericano.com.br


[1]  (Time Capsule 4/1/29  68-69) (NYT 1/7/29  28) (Spinelli 1989  128-129)
[2]  (CT 10/27/29  3-2) (Time Capsule 4/8/29  69; 3/25/29  68)
[3]  (Docket 11070  4-5) (NYT 3/22/29  11:1; 3/22/29  5)
[4]  (Sullivan Feb.1931  174)
[5]  (NYT 3/22/29  11:1)
[6]  (Hoover 1930 1976  642)
[7]  (WSJ 5/18/29  7)
[8]  (NYT 3/24/29  27)