quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Glucose de milho, logo, lei seca

A glucose comprou a lei seca
Capítulo 41
Operação Açúcar de Milho

            Em fevereiro de 1929 a coisa esquentou pra valer, e traficantes de bebida fugiam de Chicago para Miami.  O clima histérico tirou o sossego de pessoas calmas, entre elas o Comissário da Proibição, Dr. James Doran.  Químico profissional e primeiro encarregado do departamento federal incumbido da cobrança das leis proibicionistas, Dr. Doran sabia melhor do que ninguém como operava o tráfico de bebidas.  

            Era inquietante esta lastimável situação envolvendo a fábrica de açúcar de milho da Hubinger em Keokuk, e aqueles empreendedores italianos endinheirados.  Desdobrando como ia, na sombra da Capital do Estado vizinho de Illinois, essa investigação – nas mãos erradas – facilmente se tornaria um vespeiro de repercussões políticas nada airosas.  As ações dos bancos de Chicago andavam caindo e até as bolsas nacionais estavam reagindo mal.  Ciente das pressões urgindo que o congresso fizesse algo estúpido, Doran abriu às escâncaras um dos segredos mais bem-guardados da profissão:  “Noventa e cinco porcento do uísque consumido nos Estados Unidos,” ele contou à imprensa, “é feito de açúcar de milho.”  O bom doutor explicou em seguida como os destiladores ilícitos descobriram que o açúcar de milho – além de mais barato do que o açúcar de cana – era bem mais prático, tornando-se e a fonte principal da aguardente artesanal, dominando 95% do mercado.[1] 

            Foram necessários nada menos que 11 milhões de sacas de 60 kg de milho pra atender a demanda do açúcar de milho, sendo “ponto pacífico” que o novo mercado de aguardente aumentava o preço deste grão cereal.  Repórteres observavam que o cinturão cerealista do milho, onde se concentravam os proibicionistas, era responsável pela aprovação da lei seca e devia boa parte da sua prosperidade ao desacato generalizado desta mesma lei.  Só que agora que não dava mais para disfarçar, já era tarde.  

            Frustrados durante anos pela arrogância da malandragem, caluniados como algozes da Santíssima Inquisição pela imprensa liberal, menosprezados e humilhados em romances populares como Elmer Gantry, ridicularizados no “Julgamento do Macaco” e alhures por jornalistas como H.L. Mencken, os fanáticos não iam deixar escapar essa oportunidade de tirar partido do pavoroso massacre de São Valentim. 

Leia em inglês no meu outro blog.
A seguir, A Lei Jones

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[1]  (CT 2/18/29  6)

O resto de A Lei Seca e O Crash reconta com detalhes como a economia dos EUA foi derrubada e reerguida em parte. A Lei Seca e O Crash, agora em formato Kindle do Amazon. Até com celular você dá um jeito.

Mosquitos e econazistas: aliados

Navios de guerra disparavam caminhões na baía de Guanabara no ano 1893, marcada por uma crise econômica global. Uma parte desta crise emanava das políticas monetárias adotadas nos EUA. Mas o que mais afetou o resto do mundo foi a falência do projeto francês para construir o Canal do Panamá. Estas obras desde 1889 vinham falhando por causa de mosquitos, sobretudo o Aedes aegypti, mas ninguém sabia disso.
Os magnatas americanos fizeram charme, fingindo estar ocupados com planos para fazer um canal na Nicarágua enquanto os franceses procuravam vender a empreitada. Mas quando a bancarrota atingiu níveis de desespero nacional para a França, os americanos adquiriram os direitos àquele canal falido a preço de banana. Logo caíram na mesma armadilha--premissas falsas! A salvação do projeto e da economia do país foi a falta de respeito com a qual os americanos encaram a autoridade. Um soldado americano derrubou um tenentezinho com um soco na cara. O oficial metido foi para o pronto-socorro e o soldado bruto foi metido em cana sozinho. Duas ou três semanas depois o soldado adoeceu com a febre amarela. 
O médico encarregado concluiu--com absoluto desrespeito pelas publicações homologadas por outros doutos enganados na sua profissão--que a febre só poderia ter sido transmitida por um mosquito, pois nada maior do que isso entrava ou saía daquela cadeia. Os outros médicos–áulicos da mesma laia que hoje aconselha os políticos sobre  a proibição de arbustos e tenta interferir com a geração de energia elétrica-–insistiam na crendice popular de que a febre amarela seria transmitida por ruas mal-varridas. Quando o presidente T. Roosevelt descobriu, por orientação do médico William Crawford Gorgas que o seu projeto de canal–-a menina dos seus olhos–-estava sendo ameaçado por mosquitos, tudo mudou de figura.
Os americanos instalaram encanamento hidráulico por toda a região. Inspetores iam de casa em casa multando quem permitisse a reprodução de mosquitos em águas paradas. Todas as janelas recebiam telas e pintava-se uma larga listra negra horizontal no exterior de vários imóveis para atrair insetos voadores. Os bichos que apareciam ali para comer os insetos foram criados e soltados em grandes números por toda a região enquanto laboratórios pesquisavam vacinas. 
As crianças na Zona do Canal do Panamá toda noite colocavam tigelinhas de água limpa em volta das casas. No dia seguinte despejavam essa água na calçada quente para matar os ovos que os mosquitos botavam na água, e armavam de novo essas armadilhas de água limpa. Até 1906 a febre amarela foi conquistada e a malária bastante reduzida. O canal abriu em 1914. Uniu os oceanos e sobreviveu duas guerras mundiais travadas pelos países que valorizam a coação, o socialismo e a superstição e não a razão e a liberdade. 
Hoje, graças à superstição medieval dos partidos místicos e a ganância saqueadora dos demais partidos igualmente parasitas, zika, chicungunya, malária, dengue e febre amarela ameaçam a vida humana mais de 100 anos após serem debeladas. Cabos eleitorais são transformados em volantes de vigilância para incomodar as pessoas e dizer que os mineradores--coactos, licenciados, homologados, aprovados e munidos de alvarás por fiscais do governo--provocaram esse desastre pela incompetência na construção de uma barragem. O econazismo tanto fez a cabeça da guria que não consegue entender que SEMPRE houve falha de barragens devido à intromissão coercitiva de corruptos na vida econômica de todo país. O mosquito corre solto enquanto a canalha corre ladrando aos pneus da limusine da Odebrecht. O primitivismo é o que favorece as pragas, e a sociedade industrial com livre comércio que permite entender e reagir. 
Modesta sugestão: Despedir os volantes de cabos eleitorais e usar o dinheiro para...
1. Identificar, criar e soltar bichos que comem mosquitos, tipo lagartixas e lambaris;
2. Ensinar as crianças a fazer armadilhas para matar ovos de mosquitos--e não recitar mantras nazifascistas;
3. Instalar telas nas janelas dos imóveis e então se preocupar com vacinas.
Isso funcionou em 1906! Mas aconteceu na jurisdição do governo mais libertário que até então já havia existido no planeta. Pense nisso quando for votar. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Massacre no Dia de São Valentim-1929

Mal se terminava a contagem dos votos eleitorais confirmando a eleição de Herbert Hoover e seu vice Curtis (ambos fanáticos pela abstinência coacta) na eleição de 1928. Faltava, em 14 de fevereiro de 1929, pouco mais de duas semanas para a posse, que na época ocorria em 4 de março. O desastre que os fanáticos estavam prestes a desfechar em cima da economia do país provocaria, em 1933, uma emenda mudando a data da posse para janeiro a fim de minimizar a repetição do desastre. O evento que justificou aprovação de mais uma lei seca draconiana foi uma execução no dia dos namorados...


Capítulo 40
Massacre no dia de São Valentim

            Radialistas chocaram a nação com a notícia do massacre, em 14 de fevereiro, de 5 delinquentes, um oculista e um mecânico, mortos a rajadas contra um paredão de alvenaria.  Os proibicionistas, ululando de alegria, redobraram seu lobismo empurrando a aprovação do draconiano projeto-lei de repressão formulado pelo Deputado Federal Gale Hamilton Stalker e Senador Wesley Livsey Jones.[1]  Vexante para o pessoal de Chicago foi a reação econômica; o milho caiu 1,16 cents e as ações dos bancos também perderam valor.  Os 7 mil bares de salão, boates e choperias da cidade foram fechados na mesma hora, o que acabou com uma importante fonte de renda naquela cidade-romaria das convenções.  A autocracia proibicionista armou o bote e o Congresso logo se viu sitiado por fanáticos insistindo com veemência que se fizesse algo para cobrar obediência à lei seca.  O senador Glass, como sempre, voltou a ralhar em oposição à jogatina na bolsa.[2] 

           Os depositantes no City Trust do Ferrari, já cansados da obfuscação, se organizaram para cobrar o que mais assustava o Estado de Nova York: respostas.    A investigação do juiz Winslow –  dos julgamentos de entorpecentes – passou para uma comissão de inquérito na câmara e a artista de cinema Alma Rubens, doentia e humilhada, foi exposta como dependente de morfina.  De lambugem, um tal de John Sergi foi preso pela 14ª vez e denunciado por tocar um serviço de revenda de heroína pelo correio. [3]  Essas três notícias foram divulgadas na quinta-feira, 17 de fevereiro, mas nenhuma foi importante perto do outro caso do pó branco. 

Versão em inglês no meu outro blog. 
A seguir, Operação Glucose de Milho


[1]  (NYT 3/24/29  27)
[2]  (CT 2/17/29  1, III-8; 15) (WSJ 2/16/29  1) (NYT 2/17/29  1)
[3]  (NYT 2/17/29 24; 2; 23)

sábado, 11 de fevereiro de 2017

A Crise, 1929 e Hoje

Faz 88 anos que eclodiu uma crise financeira e econômica nos EUA. As causas foram exatamente as mesmas que provocaram esta mais recente crise que começou em 2006, deu na vista em 2007 e desde 2008 vem derrubando as economias de vários países pelo mundo inteiro. Foram as leis e as emendas constitucionais que enfraqueceram os EUA antes de depois da Grande Guerra. Políticos motivados pelo altruísmo e pela fé interviram no sentido de tentar melhorar a vida alheia a ponta de armas, e deu no que deu. Apresento a primeira explicação convincente da evolução da crise de 1929. A crise resultou da apreensão pelo futuro, pela percepção de que um bando de fanáticos se apoderou do mecanismo do governo. Na época não existia Partido Libertário em nenhum lugar do mundo, só partidos comunistas, fascistas, religiosos, proibicionistas e saqueadores defensores da economia mista e intervencionista. 

Vejamos, em fascículos,  como os republicanos e democratas chegaram a tal conjuntura no então mais rico país do mundo...

As notas de rodapé podem ser verificadas no seu contexto online no Google News Archives, Chicago Tribune, e no acervo da memoria.bn.br

Capítulo 39
O Misterioso City Trust
            O caso Steinhardt dominou as manchetes de Nova York, apesar de as notícias não conterem nenhuma informação intelegível.  Em primeiro de fevereiro, Frank M. Ferrari, presidente da City Trust Co., faleceu em New York City com a bolsa avançando firme.  O Times malocou a notícia lá na página 27 e poucos perceberam.  Aí chegaram as constrangedoras revelações da Liga das Nações acerca das fabricantes de drogas europeias, o que chamou a atenção a outras notícias tendo a ver com tóxicos, gerando ainda mais notícias.[1]  Nos bastidores, Mabel Willebrandt escreveu um comunicado ao Procurador Geral Mitchell culpando um William A. DeGroot pela “desorganização” no gabinete do Procurador dos Estados Unidos da Divisão Leste de Nova York.[2]
            Enquanto isso, a Reserva Federal divulgara os números para os empréstimos de corretores e – na esteira de um aumento na taxa preferencial do Bank of England – fez soar outra advertência contra a “especulação”.[3]  Ao mesmo tempo acertava-se o desfecho do caso dos Big Four em que os elegantes destiladores de Savannah – já aprisionados por burlar o fisco – foram cobrados $140.000 pelo fisco.[4]  Nos calcanhares desta questão de burlar o fisco veio um parecer na Vara de Responsabilidade Civil Federal que o Intendente da Receita Federal detinha absoluta autoridade para determinar quais estoques as empresas podiam ou não contar ao preencher a declaração de renda.  O Juiz Nicholas Sinnott preparou a opinião, nada asseguradora para os preparadores de declarações de imposto de renda de pessoas jurídicas.[5]   O Conselho da Reserva Federal logo publicou outra ralhada suscitando a possibilidade de ameaça às reservas de ouro do país.[6] 
            No encalço disso veio a emenda Harris pleiteando mais $25 milhões em verba para cobrança das leis proibicionistas.  De 12 de janeiro a 8 de fevereiro, quando estava paralisada em impasse entre a câmara e o senado, a proposta fora o foco de debate contínuo, mordaz e maledicente.[7]  Em 13 de fevereiro a comoção chegou ao plenário da câmara na forma de uma resolução pré-impeachment denunciando o Juiz Federal Winslow, e atravessou a fronteira canadense na forma de uma caçada humana pelo advogado foragido Steinhardt.[8]  A publicidade destes eventos nos EUA e em Genebra vinha acompanhada de turbilhões de liquidações nas bolsas a preços desmoralizados.  Da Bolsa de Valores de Nova York, a bolsa do calçadão e a Bolsa de Philadelphia vieram comunicados de que estariam fechados no sábado, dia 9 de fevereiro.  Nos jornais a discussão da liquidação não tocou no caso da Naarden, na verba para custear a repressão ou nas brigas de foice nos bastidores da dita repressão, e concentrou nas recentes ralhadas do Conselho da Reserva Federal e o aumento dos juros na Inglaterra.  Até mesmo o fechamento foi minimizado como devido a um surto da gripe entre os corretores. [9] 
            Mas a desconfiança em torno da City Trust Company remontava para o dia 8 de janeiro, quando o vice-presidente Frederico Ferrari assinou a declaração negando que o banco teria excesso de empréstimos.  O que os jornais e o público não sabiam é que o Inspetor de Bancos de Nova York, Frank L. Warder, recebeu um suborno de $20.000 para fazer vista grossa para a insolvência da City Trust e não fechar o banco.[10]  A quebra no mercado ocorreu uma semana após a morte de Francesco Ferrari, presidente da City Trust, e quatro dias antes de o Departamento Bancário Estadual fechar suas cinco agências.  Interessante notar que a Convenção de Rádios-telégrafos proclamada em 1º de janeiro trazia a assinatura de um certo Frn. Ferrari obrigando a Sereníssima República de  San Marino a cumprir o tratado.  San Marino – pouco mais de 3 km de largura – situáva-se inteirinha dentro da Itália a pouca distância da fábrica Ferrari de automóveis.  Alguns, impressionado, queriam saber quão importante fora esse tal de Ferrari.[11]  A investigação traria surpresas e dissabores durante mais três anos.  E não se falava mais no dinheiro do Bank of United States que a National City Bank depositara na sua agência em Petrogrado.[12] 
            Espraiavam-e as manifestações anti-inglesas em Bombain, com mais 28 mortos nas notícias de 11 de fevereiro.   Novos tumultos no Afeganistão já inquietavam a Grã-Bretanha.  E as normas recomendadas pelo Comitê Consultivo sobre o Ópio da Liga das Nações eram extremamente impopulares entre os oficiais no poder, porém populares com o proletariado na India Britânica.  O cidadão comum lá, como na China, se sentia explorado pelos monopólios britânicos cobradores da receita do ópio e do sal.  “Santinhos” do Mahatma Gandhi eram vendidos em todas as feiras e bazares da Índia há anos.   O povo usava gorrinhos Gandhi, boicoteando e piquetando as lojas de bebidas para secar as fontes de receita governamental.   Gandhi fora incarcerado por “sedição” em 1922, mas liberado em 1924 após uma apendectomia pelo medo de que eventualmente morresse na prisão.  O Congresso indiano fazia pouco adotara uma resolução pela independência caso reconhecimento como Domínio não ocorresse até o final de 1929.  Com isso a soberania da Grã-Bretanha fora questionada, dando início à contagem regressiva para uma confrontação sobre a hegemonia imperial na India Britânica.  Os jornais ingleses ainda festejavam o caso Naarden da quadrilha de droga, felizes da vida por poder dividir a culpa com os europeus, para variar.  Mas esta publicidade só poderia repercutir mal na Índia – onde o número de fatalidades nos tumultos mais recentes estava em 113 – para não falar na má impressão que daria ao novo governo Hoover.[13] 
            Na comarca de Williamson, Illinois, três figuras de autoridade municipal – o procurador, o médico legista e o chefe da polícia – eram co-reus com o prefeito de Herrin em um julgamento de quadrilha de pinga.  O vereador Titus Haffa de Chicago também vinha sendo julgado como chefão numa conspiração de bebida em que três agentes da repressão estavam implicados.[14]  Havia um ambiente de saia justa em Nova York, onde as autoridades rebolavam para tapar completamente todas e quaisquer “provas chocantes” envolvendo figurões públicos nas quadrilhas de Arnold Rothstein.  Este trabalho – com o grande júri fechando o cerco em volta do juiz Winslow – cujas causas de entorpecentes incluíam o julgamento do Unger e a morte do agente Kerrigan – não era brincadeira.   Em Miami, o procurador Robert Taylor da comarca de Miami questionou Al Capone, que retrucou com indignação:  “Eu nunca na vida fui traficante de bebida.”[15] 

Saiba como a Lei Seca destruiu completamente a economia dos EUA e fortaleceu o partido Nacionalsocialista da Alemanha. Baratinho em formato Kindle no Amazon. Até com celular você dá um jeito...

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[1]  (Taylor 1969  231)
[2]  (Hoover 1929 1974  131-2)
[3]  (WSJ 2/8/29  1) (Lawrence 1929  437)
[4]  (Brown 1984  62, 274)
[5]  (CT 2/6/29  1 Commerce)
[6]  (Lawrence 1929  437)
[7]  (NYT 1/12/29 1:2; 1/13 1:7; 1/14 4:4... 2/8 1:4)
[8]  (NYT 2/13/29  1, 2)
[9]  (WSJ 2/8/29  1)
[10]  (NYT 7/3/29  25) (CT 9/7/29  4)
[11]  (Treaties, Etc. 1938/1968  5031; 5095)
[12]  (NY World Almanac 1930  98, 99) (NYT 5/15/28  36)
[13]  (NYT 1/19/29  3) (Taylor 1969  204-5) (Van Tyne 1923  111, 120)
[14]  (Pasley 1930  206) (CT 2/16/29  5; 2/17/29  25) (NYT 2/16/29  5:5) (Irey and Slocum 1948  22)
[15]  (NYT 2/14/29  1) (CT 2/15/29  3) (Schoenberg 1992  216-217)

1.    #Referências, Livros e periódicos
2.     Adler, Jacob; Claus Spreckels--The Sugar King in Hawaii; Mutual Publishing Paperback Series, Library Of Congress Catalog Card Number 65-28712, Copyright 1966.
3.     Allen, F.L.; Only Yesterday: An Informal History of the 1920s in America. New York: Penguin, 1931.
4.     Allen, F.L.; Since Yesterday: The 1930s in America, Harper & Row, 1939; Perennial Library, 1986.
5.     Allen, Frederick Lewis & Rogers, Agnes; I Remember Distinctly, Harper & Brothers, 1947.
6.     Allsop, Kenneth. The Bootleggers. London: Arlington House, 1968.
7.     American Manufacturers' Association of Products from Corn; Proceedings of Hearing before Illinois State Food Standards Commission (in the matter of investigation of corn syrup, glucose, and its use in foods); Held at the office of the Commission, 1627 Manhattan Building, Chicago, Illinois, Wednesday, June 21st, 1916.
8.     Arrington, Leonard J.; Beet Sugar in the West. U. of Washington Press, Seattle and London, 1966.
9.     Austin American (morning) & Austin Statesman (evening), various editions. 
10.   Avram, Mois H.; The Rayon Industry, New York, D. Van Nostrand Co. Inc., 1929.
11.   Aykroyd, W.R.; The Story of Sugar, Quadrangle Books, Chicago, 1967.
12.   Baruch, Bernard; BARUCH, My Own Story, Holt, Rinehart and Winston, August, 1957; SBN: 03-026610-6; Library Of Congress Catalog Card Number: 37-11982
13.   Beard, Charles & Mary, The Rise of American Civilization, by MacMillan, 1927, 1945.
14.   Beeching, Jack; The Chinese Opium Wars -- a Harvest/HBJ Book, 1975, ISBN 0-15-617094-9
15.   Behr, Edward; Prohibition‑‑Thirteen Years that Changed America, Little, Brown & Co., 1996.
16.   Bergreen, Lawrence; Capone, the Man and the Era, Touchstone (Simon & Schuster), 1996.
17.   Blue Flame; June, 1930.
18.   Board of Governors of the Federal Reserve System, All Bank Statistics, United States, 1896-1955.
19.   Bok, Edward, The Americanization of Edward Bok, 1920, 2000, R.R. Donnelly & Sons, Chicago.
20.   Bookstaber, Richard; A Demon of Our Own Design—Markets, Hedge Funds and the Perils of Financial Innovation, John Wiley & Sons, Inc. 2007.
21.   Bower, Lahman Forrest; The Economic Waste of Sin, The Abingdon Press, New York, Cincinnati, 1924. 
22.   Brady, William T.; "Corn Products Refining" A Half-Century of Progress and Leadership (1906-1958), The Newcomen Society, 1958.
23.   Bright, John; Hizzoner Big Bill Thompson, New York, 1930. 
24.   Britton, Nan; The President's Daughter--Elizabeth Ann Guild, Inc., New York, 1927/31.
25.   Brown, Dorothy M. Mabel Walker Willebrandt: A Study of Power, Loyalty, and Law. Knoxville: University of Tennessee Press, 1984.
26.   Buck, Pearl S.; Fighting Angel, (c) 1936, The John Day Co., Inc. 1957, Giant Cardinal Ed. 1964.
27.   Buell, James W., Pell, E.L., Boyd, J.P.; McKinley and Men of Our Times, Historical Society of America, 1901. 
28.   Busch, Francis X; Enemies of the State, An Account of the Trials of The Mary Eugenia Surratt Case, The Teapot Dome Cases, The Alphonse Capone Case, The Rosenberg Case, Bobs-Merrill, 1954. 
29.   Cable, Mary; TOP DRAWER--American High Society from the Gilded Age to the Roaring Twenties, by  Atheneum, New York, 1984--ISBN 0-689-11431-1.
30.   Calomiris, Charles W. and Mason, Joseph R.; Contagion and Bank Failures During the Great Depression, 1995 paper. 
31.   Campbell, Murray and Hatton, Harrison; Herbert H. Dow, Pioneer in Creative Chemistry, Appleton-Century-Crofts, Inc. New York, 1951. 
32.   Cantor,Eddie/ Caught Short! A Saga of Wailing Wall Street, New York, Simon and Schuster, 1929.
33.   Carley, Larry W.; How to Make Your Own Alcohol Fuels, Tab Books, 1981. 
34.   Carlton & Coclanis; Confronting Southern Poverty in the Great Depression‑‑The Report on Economic Conditions in the South, With Related Documents, Bedford Books of St. Martin's Press, 1996. 
35.   Casey, Robert J. & Douglas, W.A.S.; The Midwesterner, The Story of Dwight H. Green; Wilcox & Follett Co., 1948. $10
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37.   Chicago Tribune, various issues, 1920s & 1930s.  Footnoted as CT
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42.   Coolidge, Calvin; The Autobiography of Calvin Coolidge, Academy Books, 1929, ISBN 0-914960-02-4, LC Number 84-72055, Sharp Offset Printing Ink, Rutland Vermont, 05701, Binding.
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70.   Henstell, Bruce; Sunshine and Wealth‑‑Los Angeles in the Twenties and Thirties, Chronicle Books 1984. 
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73.   Hoover, Herbert, 1929 – Public Papers of the Presidents – Containing the Public Messages, Speeches and Statements of the President. United States Government Printing Office, Washington, 1974, Stock Number 2203-00905
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